Megadeth: Um digno sucessor de Super Collider
Resenha - Dystopia - Megadeth
Por Tony Velho
Postado em 25 de janeiro de 2016
Nota: 6
O novo álbum do MEGADETH, "Dystopia", contou com Dave Mustaine nas guitarras e vocal e David Ellefson no baixo, além de Kiko Loureiro (Angra) nas guitarras e Chris Adler (Lamb Of God) bateria.
Foi o primeiro álbum depois do criticado "Super Collider", de 2013.
O disco abre com a faixa "The Threat Is Real", que teve o seu (péssimo) video liberado meses atrás. Faixa que trás riffs simples e bons solos de guitarra.
A faixa seguinte, "Dystopia", apresenta um mix da influência melódica de Mustaine (o riff principal consiste basicamente numa junção das músicas "The Hardest Part Of Letting Go... " e "Forget To Remember") com a influência power metal de Kiko Loureiro. Nada demais referente ao baixo e a bateria.
"Fatall Illusion", primeira música liberada, tem um começo um pouco mais pesado e sombrio, aqui temos um David Ellefson mais inspirado no baixo (talvez pela primeira vez desde o seu retorno à banda, em 2010) e alguns riffs que nos lembram vagamente o Megadeth dos anos 80. Ponto também para Chris Adler que acertou na medida o groove necessário para a faixa.
Combine afinações baixas, produção moderna e backing vocal melódico e o resultado é "Death From Within", quarta faixa do álbum. "Super Collider" vem a cabeça assim que a música começa.
Em "Bullet To The Brain" nada parece mudar. Riffs pesados porém com uma sonoridade moderna que com certeza irá perturbar os fãs vanguardistas. Tanto Mustaine quanto Kiko definitivamente não acertaram nos solos.
"Post American World" é uma das mais pesadad do disco. O riff no estilo "Symphony Of Destruction" encaixou bem com a bateria de Chris Adler. Mustaine e Kiko acertaram bons solos no final. Mesmo assim a música se torna um tanto quanto tediosa.
A faixa seguinte, "Poisonous Shadows", começa acústica. Logo que entram as guitarras fica evidente a influência power metal de Kiko (que inclusive tocou piano na faixa, o que acabou deixando a mesma com ainda mais cara de power... )
Na instrumental "Conquer... Or Die" outro começo acústico. Começam as guitarras e de repente nos lembramos do Megadeth de álbuns como "The World Needs A Hero". Riffs alternativos e repetitivos. Solos legais. Nada demais. Nada mesmo...
"Lying In State" começa rápida e dá uma sombra de esperança até que... de novo o excesso de melodia e influência power metal arruinam tudo.
"The Emperor" definitivamente foi uma sobra de "Super Collider". Riff que tentou soar punk misturado com muita produção. Acertaram bons solos pelo menos...
A faixa final trata-se de um cover da banda punk FEAR, "Foreign Policy" fecha o álbum com pouca energia.
Esse é um bom álbum para quem gosta de power metal ou curte grandes e modernas produções. O álbum tem bons riffs, alguns bons solos. Nada que deixe o ouvinte com cara de espanto e o faça dizer: "Puta merda! Que álbum!".
Um digno sucessor de "Super Collider"...
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