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In Flames: Não é uma unanimidade entre os fãs mas é um bom álbum

Resenha - Reroute To Remain - In Flames

Por Giales Pontes
Postado em 10 de outubro de 2015

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Lá pelos idos do início do milênio este quinteto sueco se consolidava como uma das poucas bandas inovadoras da época. Após o reconhecimento de público e crítica com a santa trindade ‘Whoracle’ (1997), ‘Colony’ (1999) e o irretocável ‘Clayman’ (2000), o In Flames resolveu que era hora de expandir horizontes. E foi assim, com essa atitude de chutar o comodismo para as alturas, que o polêmico ‘Reroute To Remain - Fourteen Songs Of Conscious Insanity’ (2002) veio ao mundo.

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Acusados de terem "se vendido"(O velho mimimi de sempre vindo do pessoal "troo"), choveram críticas nos ouvidos da banda sobre a sensível "americanização" de seu som, com os já tradicionais elementos eletrônicos aparecendo em maior evidência na gravação. O fato inegável é que em ‘Reroute..’ a banda manteve todos os seus pormenores característicos, apenas adicionando toques mais modernos ao seu estilo tradicional. Estão lá as melodias discretas e quase etéreas, um tanto confusas no meio da carregadíssima distorção tradicional do In Flames, mas que apesar disso fazem toda a diferença. Estão lá os vocais agonizantes/ urrados/ berrados/ gemidos de Anders Friden. Estão lá as guitarras pesadas e recheadas de estática, dando a impressão de que estamos escutando as músicas através de uma estação de rádio mal sintonizada. A cozinha estupidamente precisa de Peter Iwers(baixo) e Daniel Svensson(bateria) tambem diz presente.

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A faixa título pode ter chocado alguns fás das antigas com suas nuances eletrônicas, mas o poder de fogo das guitarras de Björne Gelotte e Jesper Strömblad colocam abaixo toda a tese de que o som tinha sido descaracterizado. ‘System’, a segunda faixa, é um daqueles arrasa-quarteirão que entra arrebentando com tudo o que aparece pela frente. Rápida, frenética, pesada, cativante, e que tem sua euforia interrompida apenas durante alguns segundos por uma bela passagem mais cadenciada e melódica, onde Friden canta alguns versos em tom de cansaço, naquele estilo meio declamado. O final é apoteótico, com Anders berrando a plenos pulmões o refrão "Slow i go and the wait seems to be over...."

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‘Drifter’ segue mais ou menos a mesma linha de "System". "Trigger" foi uma das escolhidas para ganhar videoclipe, e este trazia uma curiosidade: contava uma historinha de uma suposta rixa entre o In Flames e outra banda sueca, o Soilwork. Sendo que o próprio Soilwork tinha um videoclipe(Da música ‘Rejection Role’) filmado nas mesmas seções de ‘Trigger’ contando a "versão Soilwork" da treta. Claro que era apenas uma piada, já que a tal treta entre as duas bandas nunca existiu. Criativo, para dizer o mínimo.

"Cloud Connected" tambem ganhou um videoclipe bem aos moldes da época, com truques de câmera bem legais e que se encaixavam bem com o clima soturno e melancólico da canção.

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‘Transparent’, assim como todas as demais faixas do álbum, traz um dos elementos que me parecem ter gerado a maior parte das críticas quanto a esse "Novo In Flames": as melodias passaram a seguir uma linha mais "alternative metal", se é que podemos chamar assim. O refrão dessa música em particular me trouxe essa sensação, com Friden cantando entre ‘backings’ eletronicamente distorcidos, lembrando um discurso feito em algum megafone mal regulado. Mas essa característica, essa "mania" que o In Flames sempre teve de entupir a gravação com estática, isso sempre foi um dos maiores "baratos" no som da banda. Um dos elementos que os tornam únicos. Olhando por esse prisma, podemos dizer então que a "turminha das chamas" não havia mudado tanto assim.

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Demais músicas como ‘Egonomic’, ‘Minus’, ‘Dismiss The Cynics’, ‘Dark Signs’ e ‘Black & White’ não precisam ser comentadas em detalhes, bastando dizer que são todas ótimas e que dificilmente desagradariam fãs de um bom metal pesado.

Mas há três números que eu não poderia deixar passar. Um deles é essa belezura chamada ‘Free Fall’: cara, que porrada! A introdução com um teclado no melhor estilo "caixinha-de-música", os riffs logo depois atropelando a tal caixinha, os vocais sussurrados nas estrofes, o refrão sorumbático e melodioso com backings "rosnando" ao fundo, caceta! Uma obra prima!

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Outra que merece destaque é a estranha porem elegante ‘Dawn Of A New Day’. Esta é bem diferente do estilo usual encontrado nos trabalhos da banda até então, trazendo o som de violões em destaque e um refrão estupendo, misturando uma melodia belíssima, triste e carregada, com partes vocais mais agressivas. E apesar do clima sombrio, temos aqui uma bonita letra, falando sobre superação, sobre deixar para trás os momentos ruins e olhar para o futuro trazendo consigo apenas as coisas positivas.

E por último, ‘Metaphor’, que tambem segue quase a mesma linha. Com a diferença de trazer uma letra que é justamente o oposto de ‘Dawn Of A New Day’. Pessimista, ressentida, onde o personagem protesta contra alguém que supostamente o fez sofrer durante toda a sua vida. Enfim, ‘Reroute To Remain’ pode não ser ainda uma quase unanimidade entre os fãs da banda, mas certamente é um "baita" álbum, e o tempo está provando isso.

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Line-up:

Anders Fridén (Vocais & mixagem)
Jesper Strömblad (Guitarra)
Björn Gelotte (Guitarra)
Peter Iwers (Baixo)
Daniel Svensson (Bateria)

Track-list:

1. Reroute To Remain
2. System
3. Drifter
4. Trigger
5. Cloud Connected
6. Transparent
7. Dawn Of A New Day
8. Egonomic
9. Minus
10.Dismiss The Cynics
11.Free Fall
12.Dark Signs
13.Metaphor
14.Black & White

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