RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

O músico considerado por Eric Clapton "mistura de Little Richard, James Brown e Jimi Hendrix"

A canção do Nirvana que Kurt Cobain mais amava e por ela queria ser lembrado para sempre

A música emocionante do After Forever que Floor Jansen não consegue mais ouvir

O clássico absoluto do Megadeth inspirado em relação amorosa frustrada de Dave Mustaine

O dia que Rolling Stones convidou guitarrista e ele recusou por achar simples demais

Mike Mangini reafirma ter compreendido volta de Mike Portnoy ao Dream Theater

Axl Rose leva 50% de tudo que o Guns N' Roses ganha atualmente, diz ex-empresário

O melhor álbum do Van Halen com Sammy Hagar segundo Eddie Van Halen

O motivo pelo qual John Lennon e Bob Dylan desprezavam "Yesterday", dos Beatles

Como acidente ajudou Megadeth a definir seu som: "Conseguia ver o osso do meu dedo"

Zak Starkey se manifesta sobre demissão do The Who

Mike Portnoy afirma que ter deixado o Dream Theater em 2010 foi uma decisão egoísta

Vocalista do Opeth conta como foi tocar um violão de Kurt Cobain que dizem ser assombrado

Green Day troca letra em apoio à Palestina e cantor do Disturbed pró-Israel rebate

O inusitado motivo que levou Nando Reis a querer pintar o cabelo de preto na infância


Stamp

Ian Anderson: Competente no estúdio, constrangedor ao vivo

Resenha - Homo Erraticus - Ian Anderson

Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 13 de abril de 2015

Pra quem diversas vezes alfinetou álbuns conceituais, IAN ANDERSON tem se valido da forma mais do que seria coerente. Em 2012, lançou continuação do clássico Thick as a Brick (resenhado aqui no Whiplash no endereço ao final e em abril do ano passado Homo Erraticus, onde em 50+ minutos historiciza a Inglaterra desde a Pré-História até o holocausto zumbi de meados do século XXI. Gerald Bostock – o menino-prodígio de Thick As a Brick e o homem de meia-idade com diversos destinos de TAAB2 – é o narrador da odisseia. Ele descobriu inéditos e subestimados manuscritos dum historiador amador num velho sebo de província e a partir deles escreveu as letras. Inter/intraconceitual e Anderson zoa o formato?!

Jethro Tull - Mais Novidades

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 1

Apresentando eu-líricos tão distintos quanto um ferreiro medieval ou o consorte da Rainha Vitória, Albert, Homo Erraticus é muito mais focado nas letras do que em longas passagens de virtuosidade prog. Isso não significa que a música seja desleixada, pelo contrário, a produção é límpida e os mais cínicos dirão que polida demais a ponto de tornar muita coisa parecida. Realmente, alguns trechos soam indistintos mais pro final, mas Homo Erraticus comprova que o escocês ainda domina seu ofício de menestrel.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 2

Doggerland, abertura e clímax, sintetiza a sonoridade do trabalho: é como se um grupo de músicos medievais achasse uma guitarra e botasse pra quebrar. Medievo encontra hard-rock, prog rock início dos 70’s com solado de teclado analógico e folk. IAN ANDERSON abandonou o nome JETHRO TULL (mentira, ele usa sempre que lhe convém!), mas Homo Erraticus poderia tranquilamente ser catalogado como álbum da banda. E se fosse, seria o melhor em décadas.

The Turnpike Inn é outra faixa forte com grande trabalho de guitarra, acordeão e flauta, esta última, marca registrada de Anderson, presente em diversos solos ao longo do álbum.

Enter Metals, a canção do ferreiro, atesta sua perícia em compor fantasias folk-medievais. Madrigal delicado e com barulhinho representando suavemente o malhar na bigorna, ela também tem o insidioso poder de botar minhoca na cabeça: imagine que instigante se Anderson tivesse acompanhado a mudança dos tempos com alterações no ritmo das canções. Seria muito mais conceitual, mas daria mais trabalho pro sessentão, que faz o tipo de música de Homo Erraticus com o pé nas costas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 3

Trabalho de qualidade; prova de que IAN ANDERSON ainda bate um bolão no estúdio.

Assistir vídeo no YouTube

Ao vivo as coisas deterioram. Em agosto, o músico lançou Thick As a Brick – Live in Iceland. Louvável a garra pra lançar material, promover e excursionar. Com competentes músicos e criativo uso da tecnologia – participação de violinista via Skype (claro que pré-gravado) – a proposta era reproduzir o clássico de 1972 e a continuação de 2012 na íntegra o mais fidedignamente possível.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 4

Instrumentalmente dá tudo certo, Thick As a Brick está mais longa que a original e tirando uns minutos tediosos de solo de bateria as passagens pastorais estão a contento e os diversos momentos de fúria flamejam. Anderson toca uma flauta louca; dá vontade de botar roupona medieval e segui-lo numa Cruzada. Considerando-se a faixa etária do roqueiro e da maioria de seus supostos fãs, o interlúdio incentivando o exame de próstata é compreensível, ainda que constrangedor.

A tarefa de executar ambos álbuns em sua completude seria desgastante pra qualquer vocalista, mesmo no topo de sua habilidade vocal. Imagine prum homem berrando rock and roll há 50 anos, portanto, com a voz devastada. É o próprio IAN ANDERSON.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 5

A relativa calma e maleabilidade de TAAB2 (composto na sexagenaridade de Ian) disfarçam um pouco, mas a performance em Thick As a Brick desanima. Voz rouca, desafinada, quebradiça, que por vezes declama a letra, sempre auxiliada por um companheiro de banda (que nem canta bem). Tira todo o tesão do álbum.

IAN ANDERSON funciona bem com a mágica de estúdio; ao vivo não dá pra segurar a vibração dum monumento como Thick As a Brick.

Assistir vídeo no YouTube

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - TAB 6
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Bangers Open Air


publicidadeMarcelo Matos Medeiros | Glasir Machado Lima Neto | Felipe Pablo Lescura | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Roberto Rillo Bíscaro

Roberto Rillo Bíscaro é professor universitário e edita o Blog do Albino Incoerente desde 2009.
Mais matérias de Roberto Rillo Bíscaro.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS