Lothlöryen: Repaginando o passado em novo álbum
Resenha - Some Ways back Some More - Lothlöryen
Por João Carlos Abraão
Postado em 14 de fevereiro de 2014
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Apesar de 12 anos de carreira e três álbuns de estúdio gravados, o Lothlöryen passou a ganhar mais destaque na mídia após o lançamento do excelente "Raving Souls Society", em 2012. Após uma extensa agenda de shows que incluiu uma bem sucedida tour europeia em 2013, a banda volta em 2014 com o relançamento de seu segundo álbum, "Some Ways back no More", agora com o sugestivo nome de "Some Ways back SOME More".
Segundo pré release disponibilizado à imprensa, esse relançamento foi ideia da gravadora alemã Power Prog Records e contou com uma repaginada geral na mixagem e masterização que ficaram por conta dos estúdios Casanegra e Norcal, em São Paulo. Além de uma nova mix, o álbum contou com a regravação de todos os vocais pelo atual vocalista da banda Daniel Felipe, além da regravação de todos os teclados, alguns solos e violões.
Para analisar o álbum recorri à primeira versão, lançada em 2008 (confesso que não conhecia a banda antes do "Raving Souls Society") e após ouvir e comparar os dois trabalhos ficou muito claro o salto de qualidade que a banda deu nesse novo lançamento. O que temos em mãos em 2014 não se trata de forma alguma de um caça-níquel, pelo contrário. As mudanças em determinados arranjos e principalmente a inserção dos vocais de Daniel Felipe aliados a uma produção muito mais coesa do que a versão original do álbum justificam por si só a promoção de "Some Ways back SOME More" no mercado europeu.
Musicalmente falando, o álbum apresenta a banda em uma fase mais folk e melódica do que em Raving Souls Society, porém, as músicas não soam fora de contexto em 2014. Embora a atual cena do Heavy Metal Melódico (Power Metal para os íntimos) esteja saturada de bandas iguais, o que se ouve aqui é uma coleção de músicas diferenciadas e diversificadas por si só. Meus destaques vão para a abertura com a pesada e moderna (sim, moderna) "My Mind in Mordor", a diferente "A Secret Time" que possui uma dinâmica incrível ao longo de seus mais de 6 minutos e um refrão que poderia facilmente estar em um álbum do Avantasia, a bela balada "White Lies" que conta com um novo solo muito melhor do que a versão anterior e por fim, a épica e incansável "Unfinished Fairytale". Esta última mostra o auge criativo da banda por conseguirem fazer com que 12 minutos passassem em um piscar de olhos.
O único senão em relação ao álbum é a excessiva referência aos temas relacionados à J.R.R. Tolkien. Porém, analisando o contexto original do lançamento, é perfeitamente compreensivo que a banda ainda lançasse mão dessa temática à época da primeira versão. O que me alivia é saber que hoje o Lothlöryen aborda temáticas muito mais maduras e interessantes, como o que vimos no já citado "Raving Souls Society".
Com esse lançamento, o Lothlöryen dá mais um passo rumo a estabilidade de uma carreira que ainda promete vôos mais altos no futuro. E espero ansiosamente que esse futuro chegue logo!
Músicas
1 - My Mind in Mordor
2 - We'll never be the Same
3 - One Ring
4 - Hobbit's Song
5 - White Lies
6 - Some Ways back no More
7 - A Secret Time
8 - My Grimoire
9 - Unfinished Fairytale
Line - up
Daniel Felipe - Vocais
Leko Soares - Guitarras
Tim Alan - Guitarras
Marcelo Godde - Baixo
Marcelo Benelli - Bateria
Leo Godde - Teclados
Outras resenhas de Some Ways back Some More - Lothlöryen
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A farsa da falta de público: por que a indústria musical insiste em abandonar o Nordeste
Cinco músicos brasileiros que integram bandas gringas
Blaze Bayley relembra reação de Steve Harris ao ser apresentado a "Man on the Edge"
O álbum clássico do thrash metal que foi composto no violão
O vocalista que irritou James Hetfield por cantar bem demais; "ele continua me desafiando"
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Novo álbum do Linkin Park ganha disco de platina tripla no Brasil
Álbum ao vivo do Scorpions alcança o 2º lugar na parada alemã
Max Cavalera acha que escrever letras de músicas é uma tarefa entediante
Jordan Rudess comenta a turnê latino-americana do Dream Theater; "Deve ser muito emocionante"
O álbum do rock nacional dos anos 1980 que Prince ouviu e gostou muito do trabalho
Sexo ok, drogas tô fora, rock'n'roll é tudo; 5 músicos de hair metal que fogem do estereótipo
Box-set do Rainbow com 9 CDs será lançado em março de 2026
Robb Flynn defende o Bring me the Horizon da "polícia do metal"
"Mamãe eu não queria" de Raul Seixas e a oposição irônica ao exército
Axl Rose: o sábio e inteligente conselho para quem quer fazer uma tatuagem
O álbum dos 60s que Ian Anderson acha que é melhor que o "Sgt. Peppers", dos Beatles

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



