In Flames: um dos maiores nomes da cena Death Metal
Resenha - Lunar Strain - In Flames
Por Leandro Peroni
Postado em 05 de novembro de 2012
Nota: 7 ![]()
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O In Flames é definitivamente o maior expoente e principal nome da cena Death Metal de Gothenburg. Mesmo deixando de lado vários de seus elementos clássicos, ou adicionando vários elementos mais modernos e "americanizados", o grupo continua vendendo horrores e se firmando cada vez mais como um dos maiores nomes da cena.
Mas nem sempre o In Flames foi o gigante que é hoje. Lançado em 1994, Lunar Strain mostra o quanto a banda mudou... e pode soar irreconhecível para os fãs que conheceram a banda pelos trabalhos mais novos, sobretudo os da fase "pós Reroute to Remain".
O Line Up (também muito diferente) era composto por Mikael Stanne (Vocal), Johan Larsson (Baixo), Glenn Ljungströn (Guitarra), Carl Naslund (Guitarra) e Jesper Strönblad (Bateria), e praticavam um Death Metal Melódico de raiz, movido a esporro musical na linha do At the Gates, sobretudo pelos vocais urrados de Stanne, bem diferente dos gemidinhos que Anders Fridén se acostumou a dar nos últimos discos. Elementos Folk também se fazem presentes (Hargalaten inclusive é uma música tradicional sueca) e demonstram a vontade de músicos jovens em fazer música inovadora.
1- Behind Space
Riff cortante, bateria rapida, vocal ríspido… Tudo aqui lembra um pouco as bandas do inicio da cena de Gothenburg que o próprio In Flames ajudou a popularizar. Mudanças de ritmo acontecem o tempo todo. Algumas passagens me lembram até o Amorphis... ou o que o Dark Tranquility viria a fazer no fenomenal The Gallery (lembrando que Mikael Stanne sairia do In Flames para se juntar ao Dark Tranquilty). Os solos são muito interessantes (e até viajantes), com quebras de ritmo fantásticas e guitarras gêmeas de dar orgulho a Iron Maiden, Judas Priest, e (por que não?) Carcass. O trecho tocado ao violão no fim da música da um ar todo especial e "classudo" à música que sem duvida é o grande destaque do disco, inclusive ganhando uma nova roupagem no álbum Colony (1999) com o nome "Behind Space 99".
2- Lunar Strain
Outro riff fenomenal, aqui num ritmo mais cadenciado. Os vocais de Stanne continuam brutalmente agressivos numa mescla de Death/Black Metal. O andamento lembra demais o Metal Tradicional típico de Iron Maiden e Judas Priest, e os riffs dobrados acabam se tornando a maior característica da banda (sendo que aqui se encontram pela música inteira). As mudanças de ritmo e atmosfera acontecem em segundos e acabam deixando a música bem diversificada e "diferente". Belíssima composição.
3- Starforsaken
A introdução de violino que lembrou demais o que Skyclad fazia na época logo da lugar ao timbre "sujo e podrão" da guitarra e um urro de Stanne (e como urra esse cara!). Essa já tem uma veia mais Death Metal tradicional, lógico que sem perder a melodia, mas é sim mais Old School do que as demais. O solo do final é baseado no tapping (técnica que eu admiro demais) e deu uma quebrada linda na música. Mais uma vez fica claro que a cena de Gothenburg nessa época era bem unida nessa época, já que o som é bem na cola do que At The Gates fazia.
4- Dreamspace
Instrumental que tem início com um riff ultra-melódico e ritmo bem cadenciado (mais uma vez lembrando o Skyclad), mostra claramente que uma faixa instrumental não significa "fritação absoluta", já que nenhum instrumento se destaca, primando pelo trabalho conjunto que rendeu um ótimo resultado.
5- Everlost (Part I)
Doom Metal. A primeira parte de Everlost nada mais é do que uma bela música de Doom Metal, mostrando claramente que além de estar criando algo original, o In Flames estava por dentro de todas as tendências do metal (Nessa época o Death/Doom estava no auge). Considerando que as bandas de metal sempre têm uma balada em seus discos, bem, essa era a "balada" do In Flames em 1994.
6- Everlost (Part II)
Balada Folk e com voz feminina (com um timbre a lá Simone Simons?) que certamente influencio o Therion para criar a super produzida The Siren of the Woods. A Música quebra totalmente o clima apocalíptico do álbum, já que a música tem uma melodia bastante agradável (mas triste). O solo do final com influências claras de Flamenco e Pink Floyd.
7 – Hargalaten
Violinos! Instrumentos Típicos! Melodia Alegre! Nada de berros, urros ou guitarras estridentes. Hargalaten é uma música tradicional sueca, e eu nem sei por que está no disco, mas enfim...
8- In Flames
Música que deu nome à banda, já começa com mais um grande riff e um ritmo totalmente Thrash para depois descambar em um Death Metal cadenciado e cheio de riffs dobrados. A música passa um bom tempo estagnada mas depois dos dois minutos da uma acelerada e rende boas pogadas no mosh. Logo após a pancadaria de cerca de meio minuto entra uma parte cadenciada novamente, agora envolta numa atmosfera de teclado, que termina rapidamente dando lugar a um solo muito do simplório. Retorno ao trecho acelerado que não dura nem dez segundos e a música volta para se ritmo cadenciado e termina com um solo cheio de alavancas malucas a lá Morbid Angel e uma seção de urros doentios de Stanne. Apesar de parecer muito, a música peca justamente por ser muito repetitiva.
9- Upon An Oaken
Riff brutal (talvez o melhor do álbum), bateria que é puro Thrash Metal (lembrando até o Pantera em seus momentos mais acelerados). A música é pura violência, sobretudo nos vocais de Mikael Stanne que aqui parece estar possuído pelo ódio em pessoa. O trabalho de riffs é maravilhoso durante toda a música... Empolgante até dizer chega. Definitivamente uma das melhores do álbum.
10 – Clad in Shadows
Mais uma faixa cadenciada, desta vez com guitarras bem rápidas. Segue o mesmo padrão da maioria do álbum, com o diferencial nas guitarras que ganham a cena destilando tappings pelo meio do música dando uma quebrada na seqüência de riffs. Não muda muito seu ritmo também, sempre cadenciado, talvez pela curta duração. O Fade Out da fim ao primeiro passo do In Flames na cena metal.
Obscuro, irregular, sinistro... Assim foi o inicio do In Flames. Nada de samplers, barulhinhos esquisitos ou vocais gemidos. O In Flames de Lunar Strain é totalmente europeu, totalmente vintage... Totalmente e puramente Death Metal.
01- Behind Space
02- Lunar Strain
03- Starforsaken
04- Dreamspace
05- Everlost (Part I)
06- Everlost (Part II)
07- Hargalaten
08- In Flames
09- Upon An Oaken
10- Clad in Shadows
Produção: Fredrik Nordström
Luis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
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