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Patrulha do Espaço: Um manifesto silencioso e lúdico

Resenha - Dormindo em Cama de Pregos - Patrulha do Espaço

Por Luiz Carlos Barata Cichetto
Postado em 13 de abril de 2012

A palavra "faquir" é de origem árabe e significa "pobreza" e designava uma pessoa dedicada a exercícios que exigiam alto poder de controle sobre sua própria mente a fim de executar feitos como engolir fogo ou dormir sobre camas de pregos. Os faquires viviam da esmola ou de pagamentos feitos em troca da recitação de escrituras, versos ou nomes santos. Na Índia, os faquires eram confundidos com mendigos.

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Agora, o que tem isso a ver com Patrulha do Espaço? "Dormindo em Cama de Pregos", mais recente CD, em realidade um EP que contem quatro faixas inéditas e duas "bônus", é o 20º disco da banda capitaneada pelo baterista Rolando Castello Junior, que desde 2004 não lançava material inédito. Depois de "Missão na Área 13", último de estúdio e penúltimo com a formação anterior que incluía Marcelo Schevano, Luiz Domingues e Rodrigo Hid, a Patrulha lançou apenas um disco ao vivo, "Capturados ao Vivo", gravado no Centro Cultural São Paulo. A atual tripulação que conta com Rolando Castello Jr. (bateria), Marta Benevolo (vocais), Paulo Carvalho (baixo) e Danilo Zenite (guitarra e voz) nunca tinha lançado um disco, mas agora nos brinda com "Dormindo..." que apesar das poucas faixas é uma coleção de musicas absolutamente essenciais.

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"Rolando Rock", é uma espécie de autobiografia de Rolando Castello Junior e "Riff Matador" soa como uma declaração de propósitos da banda. "Maquina do Tempo" e "Estrelas Dirão", uma balada e um Rock básico são as outras faixas inéditas do disco. Quanto às bônus: "Quatro Cordas e Um Vocal", gravada com Schevano na guitarra e vocal e o baixista René Seabra, é uma belíssima e emocionante homenagem ao baixista Oswaldo Gennari, o Kokinho, e Débora Carvalho, vocalista da banda Made In Brazil, que faleceram em 2008/2009. "Rock Com Roll" é uma faixa ao vivo ainda da formação antiga.

Mas a grande sacada de "Dormindo..." é que ele é um CD-Ingresso, ou seja, a compra do CD dá direito ao ingresso em qualquer show da turnê 2012 da banda. Uma idéia que poderia muito bem ser copiada por outras bandas e artistas que reclamam da falta de venda de CDs e da falta de público em shows, pois uma coisa alimentaria a outra.

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"Dormindo Em Cama de Pregos" tem apenas cerca 30 minutos, mas carrega a história de 35 anos desta que é uma das mais importantes bandas de Rock do Brasil, surgida no fim dos anos 1970, uma das épocas mais explosivas e criativas da música mundial, na esteira de festivais históricos, piração e sonho coletivo. A Patrulha do Espaço abrigou músicos do calibre de Percy Weiss, Sérgio Santana, Dudu Chermont, o argentino Pappo, além do citado Kokinho. Todos esses, com exceção de Percy, já falecidos. São 20 discos lançados desde 1979, dezenas de músicos e nenhuma música nas "paradas de sucesso", nenhuma grande exposição na media, nenhuma venda estrondosa de nenhum de seus discos. Muita batalha, pouco dinheiro; muito talento e um reconhecimento limitado aos fãs mais rigorosos e conhecedores mais profundos. A abertura do show do Van Halen no Brasil em 1983 a convite de Eddie Van Halen e mais nada... Muito, muito pouco!

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Seriam então estes os fatos que nortearam a criação do nome do disco atual? Provavelmente sim, pois as pessoas que, a exemplo de Rolando, que acreditam e trabalham em nome do santo espírito do Rock no Brasil são mesmo autênticos faquires, necessitando de um enorme controle mental a fim de poder sobreviver executando seus exercícios de engolir sapos e dormir sobre camas de pregos. Vivendo praticamente das sobras da mídia e sobrevivendo da "recitação" de suas músicas em lugares cada vez menores. E que no Brasil são confundidos com bandidos...

Portanto, o nome do disco da Patrulha do Espaço é muito mais que o nome de um CD de uma banda de Rock "feita no Brasil só pra tocar Rock'n'Roll", é um manifesto silencioso, lúdico e penetrante. Entenda quem quiser. E acorde quem não dorme o sono eterno da ingenuidade.

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Nota adicional: tive a honra de, bem antes do lançamento desse disco, escutar as músicas e apreciar o belíssimo trabalho de capa do argentino Adrián Arellano. Uma honraria concedida pelo comandante da Patrulha do Espaço baseado em uma longa história que começou na primeira apresentação da banda em 1977, um show em 79 em que eu quebrei a clavícula, uma vivência como manager de 4 anos à bordo do ônibus Mercedes Benz 1976, o "Azulão" , onde também escrevia o Diário de Bordo daquelas viagens alucinantes, e que acabou gerando uma amizade pessoal com Rolando e uma participação ativa no lançamento do ".ComPactO". Recentemente declarado como "Patrulheiro Emérito" e "semi-brother", nas palavras desse autêntico Herói do Brasil.

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PATRULHA DO ESPAÇO
Dormindo Em Cama de Pregos
2012 – Independente
Produzido por Rolando Castello Junior

1 – Rolando Rock
2 – Riff Matador
3 – Máquina do Tempo
4 – Estrelas Dirão
Bônus:
1 - Quatro Cordas e Um Vocal
2 - Rock Com Roll

Line Up:
Rolando Castello Jr. (Bateria e Voz), Marta Benevolo (Voz), Paulo Carvalho (Baixo) e Danilo Zanite (Guitarra e Voz)


Outras resenhas de Dormindo em Cama de Pregos - Patrulha do Espaço

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Sobre Luiz Carlos Barata Cichetto

Sou Barata, nascido Luiz Carlos, no dia do Anti-Natal, do ano da Graça do nascimento de Madonna, Michael Jackson, Bruce Dickinson, Cazuza e Tim Burton. Sou poeta, escritor, produtor e apresentador de Webradio, produtor de eventos e procuro pagar as contas trabalhando com criação de sites. Crescí escutando Beatles, Black Sabbath, Pink Floyd e Led Zeppelin. Participei da geração mimeógrafo nos anos 1970, mas quando chegaram os filhos, deixei de ser poeta e fui tentar ser homem, o que no entender de Bukowiski é bem mais difícil. Escrevo poemas desde que comecei a criar pêlos.... nas mãos. Trabalhei como office-boy, bancário, projetista de brinquedos e analista de qualidade. No final do século XX, acordei certo dia de sonhos intranquilos e, transformado em um ser kafkiano, criei um projeto cultural na Internet nos moldes dos antigos panfletos mimeográficos. Mesmo antes de meu processo de metamorfose, nunca deixei de cometer poemas, contos e crônicas. E embora tenha passado dos três dígitos o numero de textos escritos, nunca ganhei um prêmio literário. Fui apaixonado por Varda de Perdidos no Espaço, Janis Joplin, Grace Slick e Sonja Kristina; casei quatro vezes e tenho dois filhos, Raul e Ian. Atualmente sou também editor, costureiro e colador de livros, num projeto de editora artesanal.
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