I: força suficiente para se firmar no cenário
Resenha - Between Two Worlds - I
Por Ben Ami Scopinho
Postado em 24 de maio de 2007
Nota: 9 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
O que o leitor pensaria de um grupo que tem em sua formação veteranos do porte de Abbath (voz e guitarra, Immortal), Ice Dale (guitarra, Enslaved), TC King (baixo, Gorgoroth) e Armagedda (bateria, Immortal)? Pois é... A combinação destes músicos resultou no "I", um nome de batismo simples, mas com força mais do que suficiente para se firmar no cenário da música underground.

O quarteto está debutando com "Between Two Worlds", um discaço que tem tudo para agradar aqueles que apreciam os primórdios do Black Metal, quando este era executado em sua forma mais pura. Enquanto há reclamações generalizadas de que muitos grupos deste gênero parecem cada vez mais obcecados em alcançar o mainstream, o I vai no sentido oposto. Esqueça qualquer sinfonia, nada de velocidade absurda, corpse paint ou outras características do Black Metal contemporâneo. Tudo aqui geralmente é obscuro e procura resgatar aquele sentimento básico e oitentista, tão saudoso para inúmeros headbangers.
Os músicos são naturalmente excelentes. As vocalizações cruas e a seção rítmica são de primeira, mas as atenções se voltam mesmo é para a simplicidade das guitarras. Os riffs são praticamente hipnóticos, sujos e totalmente eficazes em passar uma forte emoção épica ao ouvinte, além de em algumas poucas ocasiões se insinuar pelos lados do rock n´roll. E os solos? O I mostra melodias belíssimas neste quesito, que devem servir de exemplo a várias bandas da atualidade, que vem negligenciando esta parte tão importante do Heavy Metal.
Dar ênfase a apenas algumas faixas seria injustiça para com as outras. Com algo de Venom e Motorhead e muita influência do legendário Bathory - ouçam "Warriors" e "Far Beyond The Quiet". E o bacana é que a versão brasileira vem com três faixas a mais, tendo a capa prateada, enquanto em outros países a capa é dourada.
Vale citar que as letras foram escritas pelo ex-Immortal Demonaz (ele não toca no disco), que admite que tentou escrever como o mestre Quorton e, como se percebe, os títulos das canções já mostram claramente sua temática. A produção é poderosa e, mesmo moderna, mantém cuidadosamente a rispidez proposta pelo conjunto.
"Between Two Worlds" é um disco que, além de agradar os amantes do Black Metal da velha escola, tem tudo para atrair quem aprecia o bom e velho Heavy Metal tradicional, destes sem rótulos mesmo. Indicadíssimo aos fãs de Bathory, Motörhead e a quem curtiu o derradeiro trabalho do Immortal.
I - Between Two Worlds
(2006 / Nuclear Blast – 2007 / Rock Brigade Records – nacional)
01. The Storm I Ride
02. Warriors
03. Between Two Worlds
04. Battalions
05. Mountains
06. Days Of North Winds
07. Far Beyond The Quiet
08. Cursed We Are
09. Bridges Of Fire
10. Outro (instrumental)
11. Shadowed Realm
Homepage: www.i-metal.net
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
Kiko Loureiro diz o que o levou a aceitar convite para reunião do Angra no Bangers Open Air
O grupo psicodélico que cativou Plant; "Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos"
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
Músicos se demitem e abandonam dono da banda em um posto de gasolina
A melhor banda de rock progressivo de todos os tempos, segundo Geddy Lee
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
Bangers Open Air acerta a mão mais uma vez e apresenta line-up repleto de opções
Quem é Alírio Netto, o novo vocalista do Angra que substituiu Fabio Lione
Guns N' Roses anuncia lançamento dos singles "Nothin" e "Atlas" para 2 de dezembro
O que pode ter motivado a saída abrupta de Fabio Lione do Angra?
10 álbuns incríveis dos anos 90 de bandas dos anos 80, segundo Metal Injection
O inacreditável diálogo em que Engenheiros do Hawaii comunicou demissão para guitarrista
Rush: a atração principal que fez Geddy Lee ir embora após abertura do Genesis
A ótima música que foi gravada por Adrian Smith e Michael Kiske
"Ascension" mantém Paradise Lost como a maior e mais relevante banda de gothic/doom metal
Trio punk feminino Agravo estreia muito bem em seu EP "Persona Non Grata"
Svnth - Uma viagem diametral por extremos musicais e seus intermédios
Scorpions - A humanidade em contagem regressiva



