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Machine Head: "The Blackening" nasceu clássico?

Resenha - Blackening - Machine Head

Por Gustavo Silva
Postado em 12 de maio de 2007

"The Blackening" é uma das obras fundamentais da música pesada desta década. Precipitando a conclusão, dispo-me de toda e qualquer vaidade de ter meu texto lido até sua última linha. Não há a necessidade. O álbum, o último lançamento do resistente Machine Head, é daqueles que as palavras são incapazes para conter sua urgência de audição.

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Há cerca de três anos, quando colocou no mercado "Through the Ashes of Empires", Robert Flynn expressava a angustia daquilo que poderia ser o canto do cisne de seu grupo. Caso o trabalho fosse um fracasso, o futuro seria severo com o Machine Head, assim como vinha sendo o passado desde 2001, com o lamentável "Supercharger", que mesmo com destaques isolados, é praticamente vazio em termos de inspiração musical.

O público gostou do lançamento. A crítica idem. Mas a quase unanimidade de opiniões encontrava-se na faixa de abertura de "Through the Ashes", e naquilo que de fato ela representava à carreira do Machine Head. Em seus quase sete minutos, "Imperium" é o momento que Flynn anuncia, em meio a uma fúria rítmica que vinha adormecida há anos: "Foda-se essas correntes / Não mais um escravo / Eu serei diferente".

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Flynn não é mais um escravo do mercado, como fora na época áurea do nu-metal. E "The Blackening" mostra como o Machine Head tornou-se diferente. As correntes que limitavam a criatividade do conjunto foram quebradas, e seu único elo com a história se resume à experiência dos bons resultados, sejam eles os da estréia longínqua com o seminal "Burn My Eyes" ou até mesmo àqueles encontrados no indeciso "The Burning Red".

Nesse caldeirão de referências é que uma canção como "Now I Lay Thee Down" cria seus alicerces: partindo de bases em que a cadência se funde ao groove, surgem temas distintos, ora privilegiando uma melodia melhor elaborada, quase sutil, ora dando ênfase à pura e simples agressividade, de forma gratuita. E este é o grande trunfo de "The Blackening": não se limitar a uma equação simples, de poucas incógnitas.

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Quanto a isso, não há nada mais emblemático do que "Wolves". "Clenching the Fists of Dissent" e "Halo" também poderiam carregar consigo essa carga significativa. Mas é em "Wolves" que o conjunto é tomado por seus instintos primais, o que fornece matéria prima para criar uma das sucessões de riffs mais selvagens não só de sua carreira, mas da história recente do heavy metal.

A musicalidade do Machine Head despertou e precisa se manifestar em cada verso, em cada nota executada. A extensa duração de 50% das faixas do disco, próximas ou superiores a 10 minutos, não é mero detalhe. Contudo, quando opta por condensar seus desejos em momentos mais diretos, dá origem a uma de suas pérolas mais brilhantes – ou obscuras, dependendo do tipo de análise feita.

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"Aesthetics of Hate" é um manifesto de Flynn contra William Grim, escritor que publicou um artigo no site conservador Iconoclast sob o título "Aesthetics of Hate: R.I.P. Dimebag Abbott, & Good Riddance". O recado de Grim foi simples: Dimebag Darrell era "um ignorante, bárbaro, que mais se assemelha a um símio do que um ser humano" e seu assassinato foi apenas resultado daquilo que o guitarrista plantou em vida.

O líder do Machine Head é ainda mais direto em sua mensagem: canta suas sensações ("As palavras que li na tela me deixaram puto / Senti o ódio subindo, seu filho da puta") envoltas no diálogo travado entre sua guitarra e a de seu companheiro, Phil Demmel, em riffs que traduzem a mesma expressão do ódio lírico, para depois dar uma resposta que dispensa comentário no refrão: "Pelo amor de nosso irmão, vou dizer essas palavras / Não ao silêncio contra a ignorância / Iconoclast, espero que você queime no inferno".

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Com a conclusão apresentada logo nas primeiras linhas, vale fechar o texto com um dado elucidativo: nos tempos árduos da cada vez mais moribunda indústria fonográfica, "The Blackening" rendeu ao Machine Head a melhor estréia de sua história no celebrado mercado norte-americano, alcançando em sua primeira semana a 54° posição com aproximadas 15 mil cópias vendidas.

O mercado e os números irão fazer de "The Blackening" um clássico ou "The Blackening" já nasceu clássico e as vendagens são mera conseqüência disso? Levando em conta o fato de o álbum ter vazado na rede quase dois meses antes de seu lançamento, e, por tabela, o público já estar consciente daquilo que iria chegar às prateleiras, a discussão é meramente provocativa: a resposta já está dada.

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Machine Head - The Blackening
(2007 / Roadrunner Records - Importado)

01. Clenching the Fists of Dissent
02. Beautiful Mourning
03. Aesthetics of Hate
04. Now I Lay Thee Down
05. Slanderous
06. Halo
07. Wolves
08. A Farewell to Arms

Homepage: www.machinehead1.com

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Sobre Gustavo Silva

Mineiro radicado em São Paulo, Gustavo Silva é curioso por vocação, o que o levou a tentar a carreira de jornalista. Rockstar frustrado, trocou parte do poder emanado de uma guitarra em alto e bom som por palavras, as quais, sem distorção, devem também provocar algum barulho.
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