Machine Head: em 2007, a perfeita junção entre peso e melodia
Resenha - Blackening - Machine Head
Por Mateus Ribeiro
Postado em 04 de agosto de 2019
O Machine Head chocou o mundo quando lançou o poderoso "Burn My Eyes", em 1994. Posteriormente, a banda lançou discos que mesmo com qualidade, não conseguiram atingir o mesmo sucesso do primeiro. Porém, 13 anos depois, a espera acabou, já que "The Blackening" mostrou porque o Machine Head é uma das maiores bandas de sua geração.
O sexto disco de estúdio a banda é a junção perfeita entre o peso absurdo dos primeiros anos de banda com a melodia que passou a fazer parte dos álbuns posteriores. As canções são longas, trabalhadas e mostram toda a capacidade técnica dos integrantes. Um trabalho formidável, que ajudou o Machine Head a cravar seu nome na historia do metal.
A extensa "Clenching the Fists of Dissent" abre o disco e dá uma prova da versatilidade que predomina durante todo o álbum. Repleta de climas, riffs furiosos e letra ácida, é uma faixa empolgante que se mostra um perfeito cartão de visitas. Na sequência, a ótima "Beautiful Morning" remete aos tempos de "The Burning Red", com um sonoro "FUCK YOU ALL" logo no início, mostrando que a veia moderna e alternativa continuava pulsando, porém, com mais maturidade.
"Aesthetics of Hate" aposta de maneira certeira na velocidade, enquanto "Now I Lay Thee Down" é um pouco mais cadenciada, com destaque para a voz de Robb Flynn, que canta como nunca em "The Blackening".
A quinta faixa, "Slanderous", tem um riff inicial fantástico e virtuoso, mas sem deixar o peso de lado. A próxima música, "Halo", se tornou um dos maiores sucessos do Machine Head, por conta de sua ótima estrutura, clima épico e refrão marcante. O tipo de canção que já nasce clássica.
As duas últimas faixas do disco, "Wolves" e "A Farewell to Arms", resumem bem a proposta do álbum: músicas longas que não se perdem no meio do caminho e conseguem prender a atenção do ouvinte do primeiro ao último acorde. Passeando entre partes furiosas e outras mais calmas, o disco é encerrado com chave de ouro.
Convenhamos que é muito difícil que composições tão longas façam a cabeça dos fãs de metal moderno, mas o Machine Head conseguiu isso, até porque antes a banda já tinha mostrado que era capaz disso, mas com o disco de 2007 a coisa foi além. Obviamente, isso só aconteceu por conta da qualidade dos músicos envolvidos.
Não há dúvidas que "The Blackening" foi o principal responsável por fazer o Machine Head voltar a fazer barulho no cenário musical. Se você tem alguma dúvida sobre o trabalho dos caras, essa obra prima lançada 12 anos atrás é uma ótima maneira de se tornar um ouvinte assíduo.
Pesado, intrincado e fundamental!
Nota: 10
Ano de lançamento: 2007
Faixas:
"Clenching the Fists of Dissent"
"Beautiful Mourning"
"Aesthetics of Hate"
"Now I Lay Thee Down"
"Slanderous"
"Halo"
"Wolves"
"A Farewell to Arms"
Formação:
Robb Flynn: guitarra e vocal
Phil Demmel: guitarra
Adam Duce: baixo
Dave McClain: bateria
Outras resenhas de Blackening - Machine Head
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