Machine Head: Um "Master Of Puppets" da nova era
Resenha - Blackening - Machine Head
Por Rodrigo Noé de Souza
Postado em 21 de abril de 2016
Nota: 10
Se existe um disco que definiu a década do século 21, com certeza foi o The Blackening. Vamos aos fatos: o Machine Head vivia numa fase bem decadente da sua carrreira, quando lançou o Supercharger (2001). Era pra ser o começo do fim. Porém, Robb Flynn e seus companheiros resolveram relembrar seus tempos em que tocavam com grupos, como Sepultura, Biohazard e Pantera e compuseram Through The Ashes of Empire (2004).
Com esse disco, a banda que, além do Robb, contavam com Adam Duce (baixo/vocal), Dave McClain (bateria) e Phil Dammel (guitarra), estavam mais confiantes e inspirados. É aí que a coisa ficou mais séria para o Machine Head. Inspirados por tudo o que acontecia na época, como a estúpida guerra no Iraque e da morte trágica de Dimebag Darrell, foram para o estúdio e conceberam The Blackening.
Com a produção de Robb Flynn e a mixagem de Colin Richardson, o disco possui oito faixas de tirar o fôlego. A começar pela faixa Clenching The Fists Of Dissent, com uma introdução acústica belíssima, para a partir daí a pancadaria comer solta. Bealtiful Morning possui riffs animalescos e um refrão melódico. Aesthetics Of Hate é um protesto contra o jornalista William Grim, que fez um artigo criminoso contra o Dimebag. Essa faixa bem que poderia ser dedicada ao Arnaldo Jabor e William Waack.
Em se tratando de groove e melodia, Now I Lay Thee Down não fica atrás, com direito a duelos de solos e as quebradas de bateria. Slanderous tem riffs que os levam à estratosfera. Já a Halo tem elementos progressivos de cair o queixo. Vale destacar a técnica absurda dos integrantes, especialmente os guitarristas Robb Flynn e Phil Dammel, relembrando seus tempos do Vio-Lence.
Wolves bem que poderia ser tocada pelo Metallica, pois a rifferama é impressionante. E pra fechar com chave de Metal, A Farewell To Arms cospe ódio contra o governo Bush. Um épico em forma de música.
Considero The Blackening um Master Of Puppets da nova era. Até James Hetfield disse em uma entrevista que adorou o disco. Durante a turnê das duas bandas, James foi até o camarim do Machine Head e fez uma jam com os integrantes tocando Aesthetics Of Hate (com Hetfield na bateria).
Isso sim é o que podemos classificar como um trabalho Clássico. E o Machine Head continua crescendo mais ainda no cenário metálico.
Formação:
Robb Flynn – vocal/guitarra
Phil Dammel – guitarra
Adam Duce – baixo/vocal
Dave McClain – bateria
Tracklist:
1. Clenching The Fists Of Dissent
2. Beautiful Mourning
3. Aesthetics Of Hate
4. Now I Lay Thee Down
5. Slanderous
6. Halo
7. Wolves
8. A Farewell To Arms
Confiram os vídeos abaixo.
Aesthetics Of Hate:
Halo:
Now I Lay Thee Down:
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