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Resenha - Strange New Flesh (Expanded Edition) - Colosseum II

Por Rodrigo Werneck
Postado em 21 de novembro de 2006

Nota: 10 starstarstarstarstarstarstarstarstarstar

Após lançar excelentes discos com as bandas Colosseum (entre o final dos anos 60 e o início dos 70) e Tempest (no início dos 70), o baterista Jon Hiseman se viu defronte a novo desafio em meados da década de 70: juntar os cacos e montar mais um projeto. O resultado de tal esforço foi mais um supergrupo, o Colosseum II, que apresentou uma série de discos sensacionais, sendo que o de estréia foi recentemente relançado com farto material extra pela Sanctuary.

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Para seu mais novo projeto, Hiseman convocou logo de cara um músico de primeira categoria: o guitarrista Gary Moore, egresso de uma primeira e rápida passagem pelo Thin Lizzy, para onde retornaria mais tarde, e tendo passado anteriormente pelo Skid Row (banda irlandesa homônima mas obviamente não a mesma que a norte-americana, surgida anos mais tarde). Juntos, saíram à cata de outros músicos com pedigree similar. Acabaram por encontrar o vocalista Mike Starrs, que já havia trabalhado com Rick Wakeman antes desse se juntar ao Yes, o tecladista Don Airey e o baixista Neil Murray. Os 2 últimos vinham da banda Hammer, capitaneada pelo baterista Cozy Powell, e eram ainda ilustres desconhecidos (hoje em dia apresentam um currículo conjunto invejável, tendo tocado com Rainbow, Black Sabbath, Deep Purple, Whitesnake, Ozzy Osbourne, Peter Green, Brian May, entre vários outros).

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Banda montada, nome escolhido: Ghosts. Saíram em busca de uma gravadora interessada no som fusion pesado que faziam, com influências assumidas de Weather Report, Mahavishnu Orchestra e Return To Forever. Jon Hiseman eventualmente chegou a Gerry Bron, o todo poderoso dono da Bronze Records, e ofereceu-lhe a banda para seu catálogo. Após ouvi-los num ensaio, Bron topou, mas com uma condição: que mudassem o nome para Colosseum. Como o estilo era bem diferente, Hiseman aceitou desde que a chamassem de Colosseum II.

Nesta edição dupla ora lançada, estão incluídas justamente as 3 demos iniciais que foram mostradas a Gerry Bron. Chama a atenção logo de cara a versão nova para o clássico "Walking In The Park", do Colosseum original, com excelente participação de Mike Starrs, não deixando nada a dever aos vocais originais do grande Chris Farlowe. "Gary’s Lament" é obviamente uma contribuição de Gary Moore, uma pungente faixa com espaço para sua guitarra chorosa brilhar. E, por fim, uma versão incipiente de "Castles", que viria somente a integrar o terceiro disco do grupo, "Wardance".

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Para o disco debut "Strange New Flesh" em si, foram selecionadas 6 excelentes faixas. A abertura é com a ótima instrumental "Dark Side Of The Moog", uma óbvia referência a "Dark Side Of The Moon" misturada ao uso constante dos sintetizadores Moog, uma coqueluche na época. Logo de cara via-se as principais características desse grupo que surgia: os duelos e duetos de guitarra e baixo, com uma cama rítmica intensa por trás, que não se limitava a acompanhar os instrumentos solistas (característica de todas as bandas lideradas por Hiseman). Segue-se, sem deixar o pique cair e mantendo uma dinâmica bem variada, a faixa "Down To You", composição de Joni Mitchell, mas com a adição de uma longa seção instrumental no seu meio, onde mais uma vez Airey e Moore brilham respectivamente no piano e no violão. Num estilo mais "swingado", jazz/funk, estão as 2 músicas seguintes, "Gemini And Leo" e "Secret Place", ambas compostas pela dupla Moore/Hiseman. Mais uma faixa progressiva está presente, "On Second Thoughts", com mais uma interpretação magistral de Starrs no vocal principal. E, por fim, a que talvez seja a maior obra-prima desse disco de estréia: a longa suíte "Winds". Começando com um genial solo-relâmpago de bateria de menos de 1 minuto, essa faixa de mais de 10 minutos de duração possui tudo o que um fã de rock progressivo e fusion pode desejar. Bateria e baixo extremamente variados, ritmos quebrados, mudanças de andamento, vocais pomposos e emotivos, e solos de guitarra e teclado em profusão. Um fecho com chave de ouro.

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Fecho para o disco original, mas definitivamente não para este novo lançamento. Um segundo CD recheado de material inédito foi incluído, e o melhor: ele é totalmente relevante e de excelente qualidade. Em meio à turnê de promoção do disco de estréia, se viram tocando no programa "In Concert", da rádio BBC inglesa. Nos 40 minutos que tiveram à sua disposição ao vivo, conseguiram inserir apenas 3 longas músicas, para deleite dos fãs. Uma versão prolongada de "Dark Side Of The Moog" (indispensável dizer que é ainda melhor que a original de estúdio!), mais 2 novas: "Siren Song" (com o uso intenso de um talkbox por Moore) e "The Awakening".

Além disso, estão incluídas aqui 4 músicas demo preparatórias para o planejado segundo disco do grupo. São elas: uma nova versão para "Castles", versões de estúdio para "Siren Song" e "The Awakening", e ainda "Night Creeper". Embora no encarte do disco seja informado que a formação original gravou essas demos, é de se duvidar que isso seja verdade tendo em vista que os vocais não são cantados por Starrs, mas sim por Moore. A Bronze Records não estava satisfeita com o rumo que as coisas estavam tomando (sob o ponto de vista comercial, é lógico), e exigiu que a banda seguisse por um caminho diferente, mais instrumental (estranhamente). Com isso, Mike Starrs foi convidado a se retirar, e na leva Neil Murray saiu junto do barco. Starrs se juntou à banda alemã Lucifer’s Friend, substituindo John Lawton (que havia sido então convidado a entrar no Uriah Heep), enquanto Murray foi para o National Health, um pouco antes de se alistar ao Whitesnake, com quem possui longa história.

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Com isso, o baixista John Mole foi agregado ao Colosseum II, e o posto de vocalista foi assumido por Gary Moore, que se não apresentava a mesma destreza de Starrs, pelo menos segurava bem a barra e, afinal de contas, a idéia era mesmo que as partes vocais fossem reduzidas a um mínimo. Com essa formação, retornaram ao estúdio e gravaram 3 faixas: "The Scorch", "Rivers" (com vocal de Moore) e "Interplanetary Slut". Apesar dessas mudanças, a Bronze acabou optando por não prosseguir com o grupo em seu catálogo, e eles acabaram assinando com a MCA, por onde os 2 discos seguintes foram lançados: "Electric Savage" (1977) e "Wardance" (1978). As 3 faixas originalmente gravadas para a Bronze foram regravadas para o primeiro lançamento pela MCA, ou seja, as versões aqui presentes são inéditas e anteriores às já disponíveis no segundo disco. Além disso, a música "Interplanetary Slut" teve seu nome alterado para "Intergalactic Strut".

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Uma carreira de 3 discos vibrantes e muitos e aclamados shows. Em 1978 a banda eventualmente acabaria, com Hiseman e Mole se dedicando por anos a tocar nos discos dos musicais de Andrew Lloyd Webber, Moore se reencontrando com o Thin Lizzy de Phil Lynott, e Airey passando brevemente pelo Sabbath antes de se encastelar no Rainbow de Ritchie Blackmore.

Finalizando, um último comentário: este "Strange New Flesh" é uma lição aos músicos que exaltam a técnica acima de tudo. Esse timaço composto por Hiseman, Moore, Airey, Murray e Starrs nos demonstra que é possível se tocar com técnica apuradíssima, porém mantendo a emoção e o sentimento, componentes imprescindíveis a qualquer forma de arte que se preze, e a música nessa categoria se inclui (ou pelo menos deveria).

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CD 1
1. Dark Side Of The Moog
2. Down To You
3. Gemini And Leo
4. Secret Places
5. On Second Thoughts
6. Winds
7. Castles (version 1) *
8. Gary’s Lament *
9. Walking In The Park *

CD 2
1. Night Creeper *
2. The Awakening *
3. Siren Song *
4. Castles (version 2) *
5. The Scorch *
6. Rivers *
7. Interplanetary Slut *
8. Dark Side Of The Moog (live) *
9. Siren Song (live) *
10. The Awakening (live) *

* Faixas não lançadas anteriormente

CD 1 (faixas 1-6): original album (abril/1976)
CD 1 (faixas 7-9): demos (agosto/1975)
CD 2 (faixas 1-4): demos (meados de 1976)
CD 2 (faixas 5-7): demos (julho/1976)
CD 2 (faixas 8-10): "In Concert", BBC Sessions, junho/1976

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Sobre Rodrigo Werneck

Carioca nascido em 1969, engenheiro por formação e empresário do ramo musical por opção, sendo sócio da D'Alegria Custom Made (www.dalegria.com). Foi co-editor da extinta revista Musical Box e atualmente é co-editor do site Just About Music (JAM), além de colaborar eventualmente com as revistas Rock Brigade e Poeira Zine (Brasil), Times! (Alemanha) e InRock (Rússia), além dos sites Whiplash! e Rock Progressivo Brasil (RPB). Webmaster dos sites oficiais do Uriah Heep e Ken Hensley, o que lhe garante um bocado de trabalho sem remuneração, mais a possibilidade de receber alguns CDs por mês e a certeza de receber toneladas de e-mails por dia.
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