Reunido com sua formação original, Pelican lança o brilhante "Flickering Resonance"
Resenha - Flickering Resonance - Pelican
Por Mário Pescada
Postado em 14 de agosto de 2025
Nota: 9
"Flickering Resonance" (2025), novo disco do quarteto de post-metal/sludge/alternativo Pelican, quebra o hiato de seis anos sem novidades do grupo de Chicago/EUA e marca o primeiro lançamento reunindo sua formação original desde o retorno do guitarrista Laurent Schroeder-Lebec, em 2022.
O último material que Laurent havia gravado com o grupo foi "What We All Come To Need" (2009). Em 2012, por questões pessoais, ele deixava a banda que não ficou parada e seguiu em frente com "Forever Becoming" (2013) e "Nighttime Stories" (2019), com Dallas Thomas em seu lugar. Foram discos ruins? Não, mas faltava alguma coisa ali.

E foi somente em 2024, quando saiu o EP "Adrift/Tending The Embers", que pudemos ter uma ideia do que viria agora em "Flickering Resonance" (2025), lançamento da Run For Cover Records.

O Pelican é desses grupos que dependem da união dos seus membros originais para fazer trabalhos marcantes. Não importa quem fique de fora, as coisas não funcionam da mesma forma sem alguma das peças originais, há uma química ali difícil de explicar, mas fácil de ser sentida. "Para mim, o disco é sobre a amizade de nós quatro. Talvez esse seja um tema um pouco óbvio, mas é como uma redescoberta da alegria dessa parceria e todas as experiências que temos vivenciado e o fato de que temos sido perseverantes", cravou Laurent.

"Flickering Resonance" (2025) marca, além do recomeço, a resolução de questões internas da banda. "Eu sinto como se qualquer um da banda pudesse sair desse disco sentindo que ele é a melhor versão de nós mesmos e a melhor versão do que nós queríamos ser".
Contando com uma ótima gravação de Sanford Parker (Brutal Truth, Darkthrone, Eyehategod e velho conhecido do grupo), mesmo sem colocar vocais em suas músicas, o Pelican ainda assim é capaz de transmitir mais sentimentos do que muito grupo por aí. "Flickering Resonance" (2025) tem peso, uma certa melancolia, alegria, camadas de guitarras estridentes com algumas distorções, baixo poderoso, bateria guiando. É rock com instrumentos vivos, barulhentos, algo que deveria ser básico, mas que anda em falta hoje em dia em meio a produções tão rebuscadas.

Espero que meus vizinhos tenham aproveitado e gostado do disco da mesma maneira que eu. Música feita dessa forma vai além de ser ouvida, é para ser sentida.
Formação:
Bryan Herweg: baixo
Larry Herweg: bateria
Laurent Schroeder-Lebec: guitarra
Trevor Shelley de Brauw: guitarra
Faixas:
01 Gulch
02 Evergreen
03 Indelible
04 Specific Resonance
05 Cascading Crescent
06 Pining For Ever
07 Flickering Stillness
08 Wandering Mind

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