Resenha - Aborto Elétrico - Capital Inicial
Por Rafael Carnovale
Postado em 23 de novembro de 2005
Nota: 10 ![]()
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Confesso que não havia como mudar esta nota. Ou eu dava 10 ou zero. E explico o porquê: o Aborto Elétrico foi uma das bandas fundamentais do movimento rock brasileiro, junto com Plebe Rude e outras, fortalecendo o cenário de Brasília, mostrando que nos meandros dos prédios da capital da nação existia mais do que eco e frio. E também foi responsável por trazer ao mundo o talento de Renato Russo. A banda, que contava com os irmãos Fê e Flávio Lemos além de Renato, nunca chegou a gravar algo oficialmente, mas como os irmãos se juntaram a Dinho Ouro Preto e mais recentemente a Yves Passarel (ex-Viper), o Capital Inicial seria a banda certa para este tipo de projeto. E como a MTV está apoiando o mesmo, esperem por forte repercussão, um DVD (já prometido) e grandes vendas.
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O resultado é o melhor CD já gravado pelo Capital Inicial, sem conter uma música originalmente concebida para a banda. "Tédio (Com um T Bem Grande Pra Você" e "Love Song One" são pérolas punks, executadas com competência pelo quarteto. "Fátima" e "Veraneio Vascaína" já faziam parte do repertório do Capital, enquanto que "Que País É Este", "Química" e "Geração Coca-Cola" já eram conhecidas dos fãs da Legião Urbana. Aqui aparecem em versões mais cruas e simplificadas, mas não menos empolgantes.
Outras pérolas incluem "Helicópteros no Céu", "Ficção Científica" (bem punk anos 80), "Submissa" e "Heroína" (que parecia uma despedida precoce de Renato Russo, embora tenha sido escrita juntamente com Fé, Flávio Lemos e Ércole Fortuna). Todas as músicas ressaltavam o lado punk do Aborto Elétrico, além das letras engajadas e repletas de críticas ("Despertar dos Críticos" e "Construção Civil" são bons exemplos). A banda ainda teve a manha de gravar o instrumental "Benzina", deixando claro que a letra fora censurada no auge da ditadura (no encarte você verá um "CENSURADO" gigante no local disponível para a letra). Um retrato do começo do rock anos 80, que daria frutos nos anos 90 com bandas como Raimundos, Rappa e Charlie Brown Jr.
Alguém duvida que vai ser sucesso de vendas? Não mesmo... mas antes de tudo é um tributo feito com muito respeito e bem executado por uma banda competente, embora Dinho não seja Renato Russo, e não faça a menor questão de imitá-lo. Vale a pena, se você tem mais de 30 anos (para relembrar os tempos áureos do rock) ou se você tem menos (para conhecer o começo, as raízes...).
Sony – 2005 (Nacional)
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