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Ian Anderson: show impecável em São Paulo com clássicos do Tull

Resenha - Ian Anderson (Teatro Bradesco, São Paulo, 10/10/2017)

Por Diego Camara
Postado em 15 de outubro de 2017

A conexão de Ian Anderson com o Teatro Bradesco tem sido longa. Já é o terceiro show seguido que ele faz na casa, com seu toque "classudo", diria até elitista para o público comum do rock, com sua plateia inteira sentada. Mas dá o tom do espetáculo que é Ian Anderson, de sua flauta mágica, sua performance excêntrica e de sua música que une muito bem elementos folk tradicionais e música clássica ao rock – e até diria, em alguns momentos, de um pré-Heavy Metal. Confiram abaixo os principais detalhes da apresentação, com as imagens de Fernando Yokota.

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O espetáculo foi em um dia complexo. Bem em dia de jogo do Brasil, exatamente ao lado do estádio onde haveria o jogo. Assim, quando estava chegando próximo da hora do show começar (21h) ainda havia muita gente na fila para entrar no Teatro Bradesco. Felizmente, isto não atrasou muito o cronograma do show, que se iniciou com 10 minutos de atraso, quando a banda subiu ao palco para fazer a abertura de "Living in the Past", sendo acompanhada em seguida por Ian Anderson, que levantou o público e o fisgou já de primeira.

O som estava ótimo, e isso se refletiu na performance dos músicas. O solo de Opahle foi na medida, e a flauta de Anderson soava mágica, como merece. O show começou com tudo. Encaixada a anterior veio "Nothing is Easy", também linda e na medida. Anderson mostrava tudo o que tinha no seu repertório, tanto na música quanto na performance. Fez seus movimentos clássicos, dançou como um louco no palco e corria de um lado para o outro, se aproximando das bordas do palco e tocando para o público.

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A banda usou muito os recursos visuais. Como nas apresentações anteriores, o telão grande ao fundo do palco do Teatro Bradesco foi muito bem utilizado para trazer o aspecto audiovisual ao show de Anderson. No geral foi tudo muito bom, de ótimo gosto, fazendo jus a carreira do Tull. Algumas performances, porém, ficaram muito ligadas ao telão, com a "participação especial" de vocalistas no telão, como no último show realizado em 2015. Em "Heavy Horses", a performance ficou muito aquém do rendimento clássico dessa música, seja pelo refrão "roubado" pelo telão, seja pelas mudanças na letra que a deixaram rebuscada e confusa, tirando o melhor desta música: sua letra simples e cativante, que transporta as pessoas para o trabalho no campo, sem firulas.

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Entre uma música e outra, Anderson ainda tecia comentários sobre as composições. Elogiou o rock progressivo, bandas como YES e EMERSON, LAKE AND PALMER, que teriam sido precursores importantes para ele basear-se na composição de "Thick as a Brick". Tocou uma versão resumida do épico, com algo em torno de 10 minutos, mas encantou o público mais uma vez com uma performance bastante crua e realista da música, em outra performance genial dos integrantes de sua banda de apoio, com destaque especial para o tecladista John O’Hara e o guitarrista Florian Opahle. Em seguida, ele alargou o disco com uma performance de "Banker Bets", do álbum solo continuação do épico.

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Em seguida, veio outro destaque do show: a imperdível versão do Tull para a "Bourrée" de Bach. A música soou linda nas flautas de Anderson e totalmente fiel a alma do Tull, com um toque de classe na apresentação da banda. Fechando a primeira parte do show, a banda sacou duas músicas totalmente díspares: primeiro a potente "Too Old to Rock ‘n’ Roll" – a cara de um roqueiro de 70 anos, como disse o próprio Anderson – e a clássica e mística "Songs from the Wood", que fez o público cantar com prazer o refrão junto com Anderson.

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Depois de 15 minutos de pausa, o show continuou em grande estilo. Retornaram com "Sweet Dream", uma raridade que esta vendo os palcos nesta turnê. Em seguida, sacaram the "Pastime With Good Company", de Henrique VIII, em rendição bastante próxima a apresentada pelo Tull na versão remasterizada do "Stormwatch". As flautas lindas, em um belo duelo com as guitarras de Opahle, que fez um solo emocionante e digno da canção. Realmente mágica!

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O show ainda teve espaço para a morte de Clive Bunker, para o qual Ian dedicou a música "Dharma for One", comentando do gosto que o baterista tinha pelo solo nesta música. O público ficou desolado por um instante, para logo em seguida Ian revelar que Clive esta muito bem, pelo menos da última vez que o viu. A música é outra surpresa muito boa no setlist, e vale dizer que Hammond fez um excelente trabalho nas baquetas, em homenagem ao "saudoso" Bunker.

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A sequência que veio em seguida é daquelas de deixar qualquer fã maluco. começando com "A New Day Yesterday". Para um dos grandes - e mais antigos sucessos - da banda, vimos que Ian não perdeu o fôlego em momento algum. O cara, depois de 70 anos de idade, continua mandando extremamente bem. Sua voz mudou, seu corpo mudou, mas sua energia no palco continua a mesma: seja na sua flauta, nos duelos que trava com os integrantes da sua banda ou como dança para o público.

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Fechando o show, vieram mais duas ótimas músicas do lendário "Aqualung". Primeiro a intro intimista de "My God", com as cordas de Ian e o teclado de O’Hara soando perfeitos. Essa música, de ar sombrio, foi extremamente bem transmitida pela banda. Em seguida, encaixada com o sucesso "Aqualung". Esta nem precisa de comentários. O som firme das guitarras foi transmitido com brilhanteza e excelência, levando o público a loucura. Potentíssima, quase em uma versão heavy metal, essa música é mostra do trabalho de excelência da banda na década de 70.

O bis, no final, foi a já batida - e sempre esperada para o final do show - "Locomotive Breath. O solo de piano já fez o público dar gritos de prazer. Muitas pessoas viram essa música de pé, não se aguentando nas cadeiras. Muitas pessoas cantando juntos e extremamente animadas, se aproximando do palco pelos corredores. Um final de show excelente para um espetáculo digno da carreira de Ian Anderson e do Jethro Tull.

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Ian Anderson é:
Ian Anderson – Vocal, flauta e outros instrumentos
Florian Opahle – Guitarra
David Goodier – Baixo
John O’Hara – Teclado
Scott Hammond – Bateria

Setlist:
Primeiro Set:
1. Living in the Past (música de Jethro Tull)
2. Nothing Is Easy (música de Jethro Tull)
3. Heavy Horses (música de Jethro Tull)
4. Thick as a Brick (música de Jethro Tull)
5. Banker Bets, Banker Wins
6. Bourrée in E minor (cover de Johann Sebastian Bach)
7. Farm on the Freeway (música de Jethro Tull)
8. Too Old to Rock 'n' Roll, Too Young to Die (música de Jethro Tull)
9. Songs From the Wood (música de Jethro Tull)
Segundo Set:
10. Sweet Dream (música de Jethro Tull)
11. Pastime With Good Company (cover de Rei Henrique VIII da Inglaterra)
12. Fruits of Frankenfield
13. Dharma for One (música de Jethro Tull)
14. A New Day Yesterday (música de Jethro Tull)
15. Toccata and Fugue in D Minor (cover de Johann Sebastian Bach)
16. My God (música de Jethro Tull)
17. Aqualung (música de Jethro Tull)
Bis:
18. Locomotive Breath (música de Jethro Tull)

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Sobre Diego Camara

Nascido em São Paulo em 1987, Diego Camara é jornalista, radialista e blogueiro. Seu amor pelo metal e rock começou há 6 anos. Um amante da nova geração, é um grande fã de Arjen Lucassen, Andre Matos e bandas como Nightwish, Hammerfall, Sonata Arctica, Edguy e Kamelot. Também não deixa de ter amor pelos clássicos, como Helloween, Gamma Ray e Iron Maiden e do Rock de bandas como Oasis, Queen e Kings of Leon. Atualmente seus textos podem ser lidos no blog OCrepusculo.com sobre assuntos diversos, além de planos para criação de um projeto totalmente voltado aos blogs de Rock e Metal.
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