Gotthard: banda apresenta novo álbum em show em Zurique
Resenha - Gotthard (Volkshaus, Zurique, 11/04/2004)
Por Juliana Mourisca
Postado em 13 de abril de 2014
No dia 11 de Abril os suíços do Gotthard apresentaram seu novo álbum Bang com um show em Zurique na casa de show Volkshaus.
Depois de ter visto o Gotthard em 3 shows, onde em nenhum era headliner (Live in Louder, ainda com Steve Lee em 2006, com Unisonic em SP e no Hellfest - França em 2012), vê-los tocar um show completo em sua terra natal foi interessante.
Antes de ir ao show, me preparei ouvindo o novo álbum várias vezes (graças ao Spotify) e confesso que a primeira vez que ouvi (ou segunda, terceira) quase nada me chamou a atenção. Não sabia muito o que esperar daquelas músicas ao vivo. Algumas deram certo outras não.
O show começou com 15 minutos de atraso. A casa estava lotada de pessoas de todas as idades. Desde a criança de 12 anos com os pais (todos com camisetas do Wacken) até o "gerente da empresa". Imagino que o Gotthard seja para a Suíça o que o Angra é para o Brasil.
A casa de shows é do mesmo tamanho do Carioca Club em São Paulo. Cerca de 1200 pessoas presentes. O palco é um pouco maior e tinha como fundo um telão de leds com imagens relativas as músicas passando o tempo todo.
O show começou com a intro do novo álbum "Let Me in Katie" e a música título "Bang!". Essa música foi uma das que queria muito ver ao vivo e ela deu muito certo. O refrão fica na cabeça e você sai do show cantando "Bang Bang Bangin’ around Bangin’ around the world".
Em seguida veio "Get Up ’N’ Move On" e "Feel What I Feel" também do novo álbum. A primeira não é a mais criativas das músicas. Tirando o refrão, parece que eu já ouvi a mesma música com outras bandas de Hard Rock. Já "Feel What I Feel" é um pouco mais criativa mas não tem aquela animação bacana. Não é uma música pra pular e curtir loucamente mas também não é balada. Ela fica no limbo.
Logo depois veio a tradicionalíssima Hush, que até hoje eu achava ser um cover de Deep Purple (para os desavisados como eu, a do Deep Purple já é cover; a original é de Billy Joe Royal). Essa todo mundo sabia cantar e levantou o público um pouco.
As duas seguintes são do álbum anterior e de estreia do vocalista Nic Maeder que substituiu Steve Lee (1963-2010): "Right On" e "Remember It’s Me". A próxima foi outra balada do álbum Homerun "Heaven".
Antes de apresentarem a próxima música, Leo Leoni entra com um acordeom no palco e tenta tocar alguma coisa. Nada sai e isso me assusta um pouco. Logo entra o músico original (que infelizmente não sei o nome) pega o acordeom de volta e senta ao lado de Nic Maeder. Não fazia idéia do que viria, quando começa a nova balada "C’est la Vie". Ficou linda e foi uma apresentação maravilhosa.
Seguindo vem "Mountain Mama" do álbum Dial Hard e "Spread Your Wings" de Bang. Essa última não deu muito certo ao vivo. Por mais que eu goste de ouvi-la, no show ficou faltando algo. Não animou.
Vem então as clássicas "Lift You Up" e "Anytime Anywhere". Se o show tivesse sido no Brasil, provavelmente o local teria ido abaixo com essas duas, mas o público suíço é comportado até demais. O público só "canta" junto. Eles não "gritam" junto, que é o que faz dos shows brasileiros serem muito mais divertidos.
Pensei que esse fosse o fim do show e estava desapontada por não terem tocado "One Life, One Soul". Eu deveria ter mais fé. Logo voltam para o primeiro bis e começam com ELA: "One Life, One Soul". Lindíssima como sempre. Esta foi então seguida por "Sister Moon" e "Starlight".
Achei estranho terminarem com "Starlight". Ela é relativamente nova, longe de ser uma clássica, mas eles voltam para o segundo bis com "Top of the World" e finalizam, depois de quase duas horas com o terceiro bis e outro cover: "The Mighty Quinn".
Foi um bom show. O som começou meio estranho pois a voz de Nic Maeder estava muito baixa. Em princípio achei que ele estava "fraco", mas depois deram um jeito no som e a voz dele melhorou consideravelmente e apesar de não ser um Steve Lee, ele dá conta do recado.
Setlist:
1. Let Me in Katie
(Intro)
2. Bang!
3. Get Up 'n' Move on
4. Feel What I Feel
5. Hush
(Billy Joe Royal cover)
6. Right On
7. Remember It's Me
8. Heaven
9. C'est La Vie
10. Mountain Mama
11. Spread Your Wings
12. Lift U Up
13. Anytime Anywhere
Bis:
14. One Life, One Soul
15. Sister Moon
16. Starlight
Bis 2:
17. Top of the World
Bis 3:
18. Quinn the Eskimo (The Mighty Quinn)
(Bob Dylan cover)
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A única banda de rock brasileira dos anos 80 que Raul Seixas gostava
3 gigantes do rock figuram entre os mais ouvidos pelos brasileiros no Spotify
Graham Bonnet lembra de quando Cozy Powell deu uma surra em Michael Schenker
Regis Tadeu elege os melhores discos internacionais lançados em 2025
O fenômeno do rock nacional dos anos 1970 que cometeu erros nos anos 1980
O álbum dos Rolling Stones que é melhor do que o "Sgt. Peppers", segundo Frank Zappa
Ritchie Blackmore aponta os piores músicos para trabalhar; "sempre alto demais"
Fabio Lione anuncia turnê pelo Brasil com 25 shows
Shows não pagam as contas? "Vendemos camisetas para sobreviver", conta Gary Holt
A primeira e a última grande banda de rock da história, segundo Bob Dylan
O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"
Os 50 melhores álbuns de 2025 segundo a Metal Hammer
O baterista que ameaçou encher Ronnie James Dio de porrada caso ele lhe dirigisse a palavra
Desmistificando algumas "verdades absolutas" sobre o Dream Theater - que não são tão verdadeiras
O clássico absoluto do Black Sabbath que o jovem Steve Harris tinha dificuldade para tocar
Quando Neil Peart teria segurado uma moeda na parede apenas tocando com as baquetas
O álbum que fez Dave Mustaine perder interesse no Led Zeppelin: "Não estão tocando bem"
A capa rejeitada pelo Black Sabbath que foi parar em um álbum do Rainbow

O último grito na Fundição Progresso: Planet Hemp e o barulho que vira eternidade
Pierce the Veil - banda dá um grande passo com o público brasileiro
Tiamat - aquele gótico com uma pegada sueca
Boris - casa lotada e público dos mais diversos para ver única apresentação no Brasil
Molchat Doma retorna ao Brasil com seu novo álbum Belaya Polosa
Metallica: Quem viu pela TV viu um show completamente diferente



