Dynahead e Seventh Seal: estreando álbuns para bom público em SP
Resenha - Dynahead e Seventh Seal (Manifesto Bar, São Paulo, 15/02/2014)
Por Diego Camara
Postado em 19 de fevereiro de 2014
Em um mês com poucos shows internacionais, o DYNAHEAD e o SEVENTH SEAL escolheram uma boa data para lançar seus respectivos álbuns em São Paulo. Se comumente vemos artistas brasileiros tocando no mesmo dia de estrangeiros, não foi o caso desta vez. Mesmo assim, um público humilde aguardava na porta 30 minutos antes. Mesmo vencendo as dificuldades, quem foi ao Manifesto não poderia sair mais satisfeito com a performance das bandas Confiram abaixo os principais detalhes dos shows.
Fotos: Fernando Yokota
Set completo neste link.
SEVENTH SEAL
Quando o SEVENTH SEAL subiu ao palco, pouco após as 19 horas, um público modesto mas bastante contente recepcionou a banda. Com uma técnica impecável abriram o show com "Beyond the Sun", música que também abre o novo álbum "Mechanical Souls". Uma bela pancada e ótimos solos de guitarra para um público razoável, dada à dificuldade das bandas nacionais atualmente de atrair os fãs.
A sequencia foi com "Back to the Game", também do novo álbum. O novo lançamento é sem dúvidas um ótimo metal progressivo, pregando especialmente a velocidade e uma técnica impecável das guitarras e estão esplêndidas ao vivo. Apesar dos problemas de garganta do vocalista Leandro Caçoilo, que fez inclusive com que o show tivesse músicas cortadas, há de se admirar que o vocalista não sofreu nas músicas e mandou o mesmo ritmo já conhecido pelos fãs.
Outro grande destaque foi a homenagem ao mestre Ronnie James Dio, com a performance de "Stand Up and Shout". A banda escolheu um cover menos comum do artista – afinal sempre estamos acostumados a ver, especialmente se tratando de "Holy Diver", cover de músicas como "Rainbow in the Dark" e a música título – e soube imprimir com qualidade seu próprio estilo ao sucesso do mestre, com especial destaque a Leandro Caçoilo que levantou o público saudosista do grande mestre.
Um super destaque do show, e uma das minhas favoritas do novo álbum, "Sleepless" também não faltou no setlist. Bastante sombria, com uma levada arrastada pelas guitarras de Thiago Oliveira e Tiago Claro, trouxe um estilo um pouco mais sludge para o som da banda. Vale deixar claro que foram alguns fãs, presentes na plateia, que inclusive gritaram pelo nome da música.
A banda terminou o show mais cedo, cortando algumas músicas do repertório, mas ainda teve tempo para presentear os fãs com outras ótimas músicas do novo álbum. "Dreams of Green" tem uma toada extremamente power speed, com solos impressionantes em sinergia perfeita com a cadência do resto da música, além de um vocal extremamente pra cima. "Mechanical Souls", música título do novo álbum, também se revela ótima ao vivo, com uma introdução melodiosa e um progressivo bastante agressivo.
DYNAHEAD
A maioria do público esperava mesmo pelo DYNAHEAD. Banda de Brasília que está chegando ao seu décimo ano de estrada, não é fácil vê-los por São Paulo. A banda subiu ao palco próximo das 21 horas com uma intro extremamente cadenciada. "Abiogenesis" e "Collective Skin" mostram bem o estilo da banda: bastante centralizada sobre a voz de Caio Duarte, a banda tem um mix muito bem feito entre as partes mais agressivas e as melódicas. Um som bastante incomum para o metal nacional, extremamente centrado em gêneros. O gênero sludge é muito firme na agressividade, o que traz um ar extremamente moderno ao "Chordata".
Não faltaram também músicas mais antigas da banda. "Ylem", do "Youniverse" de 2011 e "Layers of Days" do "Antigen", foram as seguintes, também muito bem tocadas e mantendo o nível da abertura do espetáculo. O vocalista Caio Duarte, extremamente educado, agradeceu a todos os que vieram para o show, especialmente um público que veio de longe – "sei quem são vocês!", disse o vocalista – para curtir o show. Aproveitou também para frisar que os álbuns são gratuitos no site da banda e que, para quem gosta de CD, a banda tem disponível também na loja do site – além obviamente de ter levado ao local do show.
Outro grande destaque do show foi a música "My Replicator", que me fez lembrar muito bandas progressivas como os alemães do THE OCEAN, com uma costura inteligente da melodia calma com os vocais mais agressivos e gritados. Sem dúvidas o Dynahead não perde em nada para os gringos, com um som extremamente maduro e cheio de naturalidade, que fica também muito claro em "Jugis", música do "Chordata II" que seguiu.
O show foi fechado com duas músicas do "Antigen", primeiro álbum da banda, e sem dúvidas foram as melhores da noite. Primeiramente a ótima "Join and Surrender", com guitarras firmes que arrancaram aplausos fervorosos dos fãs do Dynahead. É impressionante a banda como um conjunto, mas é impossível não se render as excelentes guitarras de Diogo Mafra e Pablo Vilela, que não perdem nenhuma chance de encantar os ouvidos.
"Bloodish Eyes", que fechou o show, tem uma puxada inicial com muita cara do peso do Alice in Chains. Os instrumentistas tomaram a frente e animaram o público, sendo ovacionados pelos fãs que olhavam atentos para o palco. Os gritos de Dynahead se seguiram ao final da música, e a banda não podia conter a alegria de levantar os fãs paulistas.
Setlist Seventh Seal:
1. Beyond The Sun
2. Back To The Game
3. Time To Go
4. Stand up and Shout (cover do Dio)
5. Seventh Seal
6. Sleepless
7. Pleasure of Sin
8. Dreams of Green
9. Mechanical Souls
10. Dark Chant
Setlist Dynahead:
1. Abiogenesis
2. Collective Skin
3. Ylem
4. Layers of Days
5. Foster
6. My Replicator
7. Inevitable
8. Jugis
9. Dawn Mirrored in Me
10. Eventide
11. Join and Surrender
12. Bloodish Eyes





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