Angra: A saída de alguns integrantes não foi problema
Resenha - Angra (Via Funchal, São Paulo, 15/12/2001)
Por Rodrigo Vinhas e Nati Oliveira
Postado em 15 de dezembro de 2001
Atenção: em breve mais fotos do show do ANGRA em SP
A chuva que caía em São Paulo não foi nenhum obstáculo para o público que lotou o Via Funchal com cerca de 5.000 pessoas. Quem abriu a noite foram os paulistanos Karma, banda que vem se consolidando como a maior dentro do estilo prog metal no Brasil após sua bem sucedida abertura para o Shaman e sua participação no Brazil Metal Union.
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Mais uma vez a banda Karma provou que sabe cativar a galera e fazer um ótimo show. Por volta das 21:30h entraram no palco Thiago Bianchi (vocais), Chico Dehira (guitarra) Fabrizio Di Sarno (teclados) Fernando Giovannetti (baixo) e Marcell Cardoso (bateria), abriram o show com a música "In The Name Of Gods" do Cd "Inside The Eyes", o público recebeu muito bem a banda, a não ser por algumas pessoas que faziam parte da grade e começaram a arremessar papeis para o palco. Porém, mais uma vez Thiago Bainchi mostrou que carisma e tem profissionalismo de sobra, na segunda música "Sarcastic Waver" essas mesmas pessoas estavam agitando ao ver Marcell Cardoso simplesmente dar um show a parte em sua bateria.
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Seguindo o ritmo da apresentação, que neste momento já estava ótimo, veio a música "The Speech", sem dúvida o maior momento do show, o público acompanhou a música em um coro só. Em seguida a veio a "Slandering" que foi de arrepiar, uma total sincronia entre o baixo de Fernando Giovannetti e a bateria de Marcell Cardoso.
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Para o encerramento, nada mais nada menos que a música "Cawboys From Hell" (Pantera), a apresentação foi fechada com chave de ouro. O Karma mostrou que mesmo tendo ocorrido algumas mudanças recentes em seu line-up a qualidade musical e determinação da banda continuam as mesmas, e dessa vez acho que o público entendeu isso muito bem!
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Por volta de pouco mais das 10 da noite começa uma introdução gigante que foi interligada na intro do álbum "Rebirth", "In Excelsis" e, logo em seguida, "Nova Era". A banda estava muito enérgica no palco. Vale destacar a performance de Edu Falaschi nessa música que, devido a sua presença de palco ganhou a galera de primeira. Além disso, a produção estava impecável com um belo cenário e a imensa quantidade de efeitos pirotécnicos.
Na seqüência veio o peso da "Acid Rain" e foram alteradas algumas músicas mais antigas e outras novas como "Heroes of Sand", "Millenium Sun", "Metal Icarus", "Time" e "Angels Cry", diga-se de passagem que essas músicas foram muito bem escolhidas pra voz de Edu, a não ser "Make Believe" que poderia ter sido cortada do set list e no seu lugar deveriam ter incluído alguma outra que ficasse melhor na voz de Edu.
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Outro ponto que vale ser destacado foram os teclados executados com maestria e perfeição por Fábio Laguna provando que a escolha para o cargo foi perfeita. Também, pudera, levando em conta que Fábio Laguna é um dos melhores tecladistas do Brasil.
Tivemos o solo de Aquiles Priester que contou com a intro de "Painkiller" do Judas, muitos ritmos afro onde todos puderam perceber a sua técnica apurada. Técnica essa que já era comprovada por outros trabalhos e por sua performance ao vivo tocando a maior parte do tempo com metrônomo e não deixando de tocar nenhuma das convenções presentes nas músicas, tudo foi reproduzido perfeitamente ao vivo.
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Nesse show houve um fato inusitado para um show de heavy metal: uma mulher e um cara que, não sei de onde, entraram no palco pra entregar o disco de ouro pra banda. Detalhe: o álbum foi lançado a menos de dois meses e já alcançou essa marca de 100 mil cópias vendidas. Foi algo que impressionou a todos.
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Ainda tocaram "Unholy Wars", "Rebirth" e a destruidora "Running Alone" após deixarem o palco começa a intro "Crossing" que deu seqüência a "Nothing to Say" e depois "Unfished Alegro" e "Carry On", que ficaram diferentes na voz do Edu mas ele adaptou-as e a aceitação do público foi 100%.
Depois disso tivemos um duelo muito bom entre o guitarrista Kiko Loureiro e o baixista Felipe Andreoli que agitou o tempo todo e tocou com muito peso e precisão. Ainda no bis tivemos o hino "The Number of the Beast" do Maiden.
Concluindo: o show foi maravilhoso e está aí pra comprovar que a saída de alguns integrantes do Angra resultou na formação de duas bandas muito boas para o mundo e quem saiu ganhando com isso foi o público.
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