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O que era a Música POP?

Por Edsão
Postado em 04 de maio de 2025

É o seguinte, Whiplashers: para esgotar este assunto (O que era a Música POP?), sim, com o verbo conjugado no pretérito imperfeito, teria que fazer uma minissérie com vários capítulos e duração similar aos documentários disponíveis nos atuais canais de streaming.

Como não é o caso, tecerei apenas breves comentários sobre o tema, pois a década de ouro da música POP no Brasil e no Mundo, para mim, foram os gloriosos anos 1970. Sim! A grande década artística de 70!

Preparados? Então, vamos lá!

Meu envolvimento com música deu-se cedo ouvindo aos discos da coleção de meu pai, e as outrora chamadas "Rádios FM" de São Paulo, que tocavam MPB de qualidade e os hits de artistas internacionais.

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Em minhas memórias mais remotas, lembro-me de colocar um dos LP’s do Roberto Carlos na vitrola e ouvir minha faixa preferida daquele disco: a canção "Negro gato", versão da música "Three Cool Cats", gravada originalmente pela banda americana "The Coasters".

Cara, eu adorava este som quando era garoto! Aliás, o The Coasters foram induzidos ao Rock and Roll Hall Of Fame, em 1987, é mole?

A segunda metade dos anos 70 trouxe a febre de "Os embalos de sábado à noite" (filme campeão de bilheteria com o John Travolta), e com ela o apogeu da chamada onda "Disco". Nesse período frequentavam assiduamente minha Eletrola, da marca Grundig, comprada no Magazine Mappin, no centro da cidade, os grooves de Kool & The Gang. Earth, Wind & Fire, Chic, KC & The Sunshine Band, Genesis, com a balada "Follow You, Follow Me", os hits dos Brothers Gibb no álbum duplo do Saturday Night Fever, além da trilha sonora de outro blockbuster, o musical cinematográfico, Grease.

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Mas você deve estar se perguntando por que eu considero o POP dos anos 1970 superior, sobretudo à atual cena popularesca mundial, certo?

Antes de explicar, é preciso dizer que a criação da alcunha "POP" na música gera muita controvérsia.

Como você sabe e, é óbvio, o termo é um diminutivo da palavra "popular"; ou seja, algo apreciado pelas massas, que é conhecido por muitos e tem a simpatia da maioria da população.

Alguns consideram que o vocábulo POP tenha sido criado no início do século 20; outros que foi inventado pelos americanos nos anos 1950, e outrem que os ingleses cunharam o epíteto na década de 60.

Bem, na minha visão, acredito que a palavra não deve ter sido invenção da mídia a partir de 1900, pois o que reinava, na época, era o Tradicional Jazz e, posteriormente, o revolucionário e fenomenal subgênero jazzístico, BeBop, com suas harmonias ultrassofisticadas, improvisações intermináveis, e de difícil assimilação pelos ouvintes "comuns".

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Acredito que o termo POP possa ter nascido nos anos 40, a reboque do sucesso e onipresença do gênero musical "Swing", capitaneado pelo músico Glenn Miller e outras Big Bands.

O Swing surgiu como um estilo de música dançante e de fácil assimilação, o que, praticamente, criou os chamados salões de baile, e amealhou multidões de pés-de-valsa cujo interesse era única e exclusivamente balançar os esqueletos e se divertir.

Outros consideram a década de 50 como começo do POP, pois ela trouxe o estouro mundial do Rock And Roll, com o sucesso estrondoso de Elvis Presley, o "The Pelvis", que até hoje é considerado o Rei do Rock, e um ícone da cultura popular.

E para muitos, o início deu-se nos idos de 1960, com o talvez, maior fenômeno POP de todos os tempos: a "Beatlemania", visto o frenesi e histeria dos fãs pelo quarteto de Liverpool, formado por John Lennon, Paul MacCartney, George Harrison, e Ringo Star.

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Mercadologicamente, é evidente que a indústria fonográfica (que morreu com a Internet, mas que durante anos foi uma das mais poderosas do mundo, junto com a cinematográfica), tinha o maior interesse em criar produtos de comercialização imediata e vendê-los o mais rápido possível.

Na minha opinião, o que definiu a chamada canção POP, foi a fórmula simples, que continha: 1 ou 2 versos com letras acessíveis ao senso comum+1refrão pegajoso+ outro verso + 1 bridge (que é uma ponte com leve mudança harmônica)+ 1 solo (em geral de guitarra, saxofone, ou, teclados), voltando ao refrão, até terminar a música.

Além disso, a obra devia ter, no máximo, 3 minutos de duração, para ser compreendida rapidamente e não tomar muito tempo dos ouvintes, tocar com frequência nas rádios, e otimizar espaço para os anunciantes e suas modorrentas peças de propaganda.

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No cenário tupiniquim, havia a chamada máfia do Jabá (Sim, Jabá, escreve-se como se fosse aquele nome das mantas de carne-seca), mas no caso, entenda, como Suborno.

Ou seja, as gravadoras tinham que pagar Propina aos donos das rádios e a Dj’s (os disques idiotas), para tocar suas músicas várias vezes ao dia, até entrar na cabeça do povo e virar um "sucesso".

É balela que iam ao ar as canções que os ouvintes destes veículos pediam por telefone. Tudo mentira! A grana suja era que mandava na programação destes dirigentes inescrupulosos.

E na programação televisiva, os infames diretores artísticos cobravam, ainda mais, para que os "produtos" das gravadoras se apresentassem nos programas de auditório em constrangedoras dublagens de suas próprias músicas.

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Uma curiosidade: Os canais de TV vendiam também o que eles apelidaram de "Semana do Artista"; ou seja, se você ficasse zapeando com seu controle remoto, veria os mesmos "artistas" em várias emissoras de segunda a domingo; Ou seja, criava-se um cartel televisivo para dividir os lucros gerados pelos numerários pagos pela indústria. Os Chacrinhas, Domingões dos Faustões e Raul Gius da vida ficaram milionários com isso!

E, para finalizar, o "prêmio" mais cobiçado por todos: ter uma canção escolhida para fazer parte de algum personagem cafona nas novelas globais. Isto era certeza de lucro com a venda de discos e agendamentos de shows. Mas neste caso, o buraco era mais em baixo: Para se ter uma faixa num LP destes, pagava-se milhões aos corruptos da Televisão.

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Mas, deixando as polêmicas e histórias de lado, voltemos ao que é, para mim, a década de ouro da música POP no Mundo: a extraordinária década de 1970.

Começa que nos 70, o Brasil sofria com a Ditadura Militar, e havia um departamento de censura exclusivamente para tolher as criações artísticas que, na opinião dos milicos ignorantes, de alguma forma, atentavam ao status quo do regime fascista vigente.

O acesso a produções estrangeiras era limitadíssimo; para se ter ideia, um disco ou filme novo, só chegava aqui cerca de 1 ano após seu lançamento no exterior.

Já tínhamos passado pelos anos dourados da Bossa Nova. E esgotara-se a irrelevante e baba-ovo Jovem Guarda com suas versões toscas e descartáveis de sucessos americanos e ingleses.

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Felizmente, nessa época, cresci ouvindo a nomes da então, relevante, MPB (bem diferente da mediocridade atual), como: Secos & Molhados, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Elis Regina, Gonzaguinha, Fagner, Alceu Valença, 14 Bis, Belchior, Benito di Paula, Roupa Nova, Raul Seixas, Rita Lee, os inimitáveis, Ivan Lins, João Bosco, e Djavan, além dos grandes hitmakers, Guilherme Arantes e Lulu Santos.

O cenário da música mundial nos 70 era fartíssimo em artistas POP espetaculares, como: Stevie Wonder, Elton John, Christopher Cross, Peter Frampton, Billy Joel, Bee Gees, Cindy Lauper, James Taylor, Tina Turner, Rod Stewart, Bruce Springsteen, Kate Bush, Lionel Richie, Chicago (com o Peter Cetera), Huey Lewis & The News, Daryl Hall & John Oates, entre outros.

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E em meados dos anos 1980, as paradas consolidariam o sucesso dos fenomenais, Michael Jackson (O Rei do POP) e Prince (compositor e multi-instrumentista extremamente talentoso), além de grandes nomes, como Madonna, Bryan Adams, George Michael, Duran Duran, Men At Work, Toto, A-ha, e muitos mais.

Nos anos seguintes, na terra Brasilis, surgiram campeões de execução radiofônica, como Richie, e boas bandas de Rock: RPM, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, e Titãs, por exemplo.

Mas o que os artistas citados (especialmente, os estrangeiros) têm em comum para serem considerados, por mim, o suprassumo do POP nos anos 70 e inícios dos 80?

Simples: Estes compositores, músicos e cantores tinha talento genuíno; Criavam melodias belas e impactantes, letras criativas e bem escritas, refrões e bridges marcantes, com arranjos refinados, tinham que cantar de verdade (pois ainda não havia softwares de afinação de voz), e suas gravações eram produzidas com esmero e proficiência técnica.

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É claro que também eram orientados para a venda de sua produção artística, pois afinal, todo autor quer que sua obra atinja o maior número de pessoas possível.

Infelizmente, a decadência da música popular brasileira começa no fim da década de 80, quando a paulistana Rádio Cidade, que só tocava música internacional, passa a veicular em sua grade, as fatídicas músicas sertanejas, lambadas, e pagodes.

O público brega deste gênero sempre foi gigantesco mas existia de forma velada; porém com a audiência esmagadora das repulsivas duplas sertanojas, invadindo até os dials das emissoras FM’s, este contingente acéfalo sentiu-se legitimado para impor sua insignificância e banalidade , como acontece até o momento.

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O resultado de todo o lixo presente hoje em dia no cenário nacional, veiculado por figuras grotescas que não tem a mínima noção do que é ser artista, é a onipresença destes personagens asquerosos e descartáveis na mídia, que professam diariamente o culto à imbecilidade, e reforçam a ignorância desejada deste público idiota.

A minoria dos brasileiros que têm bom gosto musical, definha, e é refém da ditadura do mal gosto perpetrada, sobretudo pela TV aberta, com seus funkeiros postiços, sertanojos universo otários, axézeiros histriônicos, djs imbecis, hiphopers de araque, mpbs ineptos, bossa loungers de elevador, forrozeiros cachaceiros, mcs repulsivos, pagodeiros pinguços, rappers iletrados, e bregueiros sem fim.

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Ou seja, Whiplashers, como dizia o gênio, Tom Jobim, não há para onde correr, a única saída para o Brasil é o aeroporto!

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Sobre Edsão

Edsão é Jornalista, Compositor, Músico Autodidata, Baixista de Rock, Letrista, Escritor, e Transgressor de si mesmo. Apresenta Textos, Músicas, Canções & Letras, Prosas e Poesias, Performances em Baixo Elétrico, Análises de Obras Musicais, Literárias, Cinematográficas, além de Crônicas Cotidianas.

 
 
 
 

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