O melhor álbum do Kiss de todos os tempos, segundo Paul Stanley e Gene Simmons
Por Gustavo Maiato
Postado em 23 de agosto de 2025
Em meio à vasta discografia do Kiss, escolher um único álbum como o melhor não é fácil — nem mesmo para os membros da banda. Mas Paul Stanley não tem dúvidas: em entrevista ao podcast Broken Record (via Ultimate Guitar), o vocalista e guitarrista afirmou que o maior marco do grupo é o lendário álbum ao vivo "Alive!" (1975).
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"Queríamos um álbum que imergisse você. Imersão na experiência, o que significa estar cercado por pessoas, bombas explodindo em volumes ensurdecedores, corrigir erros ou uma corda quebrada. Snobs ou puristas podem ter torcido o nariz, mas a verdade é que esse álbum ainda é considerado, se não o maior, um dos maiores discos ao vivo de todos os tempos. Não porque tudo foi realmente ao vivo, mas porque capturou a experiência de um show."
Lançado como o quarto álbum da carreira, "Alive!" não só transformou o Kiss em um fenômeno global como também ajudou a redefinir o conceito de disco ao vivo. Gene Simmons, em entrevista de 1992 à revista Guitar World, destacou como o registro refletia aquele momento explosivo.

"Estávamos no auge de nossa carreira quando gravamos Alive!, e sabíamos disso. Era real, um produto de seu tempo. As pessoas estavam fartas da coisa hippie e política, só queriam se divertir. Na época, discos ao vivo não vendiam, e a indústria achava que estávamos sendo estúpidos. Mas Alive! mudou tudo. Logo depois veio Frampton Comes Alive e, de repente, todo mundo queria lançar discos ao vivo."
O melhor álbum do Kiss
Para Simmons, o impacto ultrapassou o Kiss. "Aquilo fez muito garoto pegar uma guitarra e formar uma banda. Todos os planetas se alinharam. Foi um tempo de pureza e ingenuidade, e a música refletiu isso."

Gravado majoritariamente no Cobo Hall, em Detroit, mas também em Nova Jersey e Iowa, o disco nasceu de uma turnê ousada. "Detroit Rock City", por exemplo, foi inspirada pelas três noites seguidas que a banda fez para 11 mil pessoas em Detroit — algo que muitos acharam loucura na época.
Stanley reforça que a essência do Kiss só foi devidamente registrada em "Alive!". "Nenhum dos três primeiros álbuns capturou o que éramos. Até hoje, a maioria das versões de estúdio empalidece em comparação com as do Alive!. Nosso show era como quatro pessoas liderando 12 mil numa comunhão em igreja. Todo mundo ali estava comprometido."
Com o tempo, Alive! passou a dividir espaço na prateleira dos maiores registros ao vivo da história, ao lado de clássicos como "Made in Japan’ (Deep Purple) e "Live at Leeds" (The Who). Mas, para o Kiss, mais do que um sucesso comercial, o álbum foi a consagração definitiva de sua proposta: um espetáculo de rock pensado para ser vivido como experiência total.

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