Flea explica seu fascínio pela carreira de Neil Young: "Nunca é falso; sempre é verdadeiro"
Por André Garcia
Postado em 23 de agosto de 2025
Entre 1968 e 1972, Neil Young se tornou um astro do folk rock — tanto em carreira solo quanto como membro do supergrupo Crosby Nash Stills & Young. Após chegar ao topo das paradas e vender milhões de cópias com "Harvest", ele se viu em um impasse: desiludido com a fama, não queria seguir aquele caminho.
Desde então, ele faz o que lhe dá na telha, o que quer que represente o momento que vive. Essa decisão, obviamente, nem sempre agradou aos fãs ou à gravadora, mas foi o que fez com que o canadense fosse amado por nomes como Flea — baixista do Red Hot Chili Peppers.
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Conforme publicado pela Far Out Magazine, Flea certa vez refletiu sobre o motivo de seu fascínio pela carreira de Neil Young como todo: "Há uma rara contradição no trabalho de Neil Young: ele trabalha muito duro como compositor, tanto que escreveu uma quantidade fenomenal de músicas perfeitas; mas, ao mesmo tempo, ele estava pouco se f*dendo. [Em seus álbuns] pode ter coisas desafinadas, soando cru… não era meticulosamente gravado."
"E ele não se importa. Ele fez álbuns inteiros que não são bons, e em vez de voltar a uma fórmula que ele sabia que funcionaria — prefere representar onde ele está naquele momento. Isso é o que é incrível: assistir sua carreira crescer e diminuir de acordo com a verdade de seu caráter no momento. Nunca é falso. Sempre é real. E a realidade nem sempre é perfeita."

Ouvir o vasto e rico catálogo de Neil Young foi por anos algo que nem Flea e nem ninguém podia fazer no Spotify. Na época da pandemia o canadense retirou todo o seu catálogo da plataforma em protesto contra sua conivência com o podcast de Joe Rogan disseminando fake news sobre a covid-19.
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