Rock: Falência musical e o último respiro do gênero
Por Gabriel Santini
Fonte: Phouse, Wikipedia, Billboard
Postado em 04 de fevereiro de 2018
Hoje é bem comum você encontrar, seja em top 100 de algum serviço de streaming ou até mesmo nas rádios uma grande quantidade de musicas eletrônicas; o gênero, basicamente, aparecendo nas músicas da atual discografia dos principais artistas pop da atualidade. Gênero que se alçou ao grande público a partir de 2000 contando a explosão do europop com djs/produtores como Eric Prydz, Gigi DiAgustino & Benny Benassi, logo foi incorporado por grandes artistas e hoje conta com djs superastros e mega festivais como o Ultra Music Festival, Tomorrowland, EDC (Electric Daisy Carnival) para citar alguns; o que antes era House ou Progressive House se tornou EDM - Electronic Dance Music - para poder incorporar outros estilos de eletrônica como o Dubstep de Skrillex, tornando-se assim, a maneira de se chamar qualquer música eletrônica de cunho popular.
Apesar de cativantes e contar com produtores especializados no gênero atrás de grandes gravadoras como o sueco Max Martin, responsável por hits de Backstreets Boys a Katy Perry, o gênero contém limitações e armadilhas capazes que limitar a expressão musical. Composto normalmente em 128 bpm - batidas por minuto, - (a não ser o Tropical House ou Deep House que ficam em torno de 120 bpm) e em um compasso de 4/4, as musicas repetem o mesmo padrão, basta olhar as musicas de Marshmello a Hardwell, eles tem uma introdução similar, Drop, break, e começa tudo de novo 2x mais longo só que agora com "explosão" no refrão para dar mais emoção, esquema que empobrece as composições, sem contar que o fato de serem "radio-frendly" o que as mantém na margem de 3 minutos. Pesquisas mostram que as músicas estão cada vez menor e o resultado disso é uma deficiência criativa.
Mais o que, de fato, é um problema é que a música agora precisa de intermediário entre o artista e a sonoridade que ele busca, o afastando das possibilidades que apenas um instrumento musical proporciona. Os computadores e a nova maneira de compor colocam a escrita em um meio estéril, limpando das características que a guitarra, por exemplo, proporciona, como as técnicas de bends, tapping; inclusive, a intensidade que as cordas são tocadas são relevantes.
É um gênero extremamente limitado, diferentemente do rock que vive em função da constante transformação, jamais perdendo a quintessência do gênero; no final da década de 70 nasce o Heavy Metal com o Black Sabbath, no início da NWOBHM vem o Black Metal com o segundo disco do Venom, em 88 o Power metal com o Halloween, isso em uma década marcado pelo Glam Rock e dois continentes sendo os expoentes musicais. A década de 90 desbanca tudo com o Grunge, com bandas como Alice in Chains e Soundgarden servido como ponte do Metal Clássico ao Slugde que viria de bandas na New Wave of American Metal, a exemplo do Mastodon.
Como contrapartida e com maior destaque por causa do Lollapalooza se torna popular o Indie Rock antes do fim da primeira década do século XXI sem contar o Revival do Garage Rock com bandas como: The White Stripes e The Black Eyes.
Tantas transformações em um gênero que se debate se já não morreu!
Ao perdemos o instrumento como forma de expressão música vamos perder a capacidade de compor músicas que retratem o nosso momento histórico como: "Wind of Change" do Scorpions, a música mais vendida por um artista alemão sendo responsável por retratar a necessidade de bons ventos em um pais divididos, por um muro e uma ideologia.
Vamos perder a capacidade de transmitir nosso estado emocional, algo que o Blues com o seu som melancólico fez, a escala pentatônica (presente nos instrumentos de percussão africanos) foi usada para expressar como era triste o histórico/condição do seu povo.
Vamos perder a capacidade de ouvir música que nos emocione. E isso, não podemos permitir.
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