Livros reacendem rivalidade entre Beatles e Stones
Fonte: Terra Música
Postado em 05 de novembro de 2003
Beatles ou Rolling Stones? Dois livros ilustrados que acabam de chegar às livrarias dos Estados Unidos vão ajudar mais uma vez na reflexão dessa antiga questão, que perdura há décadas.
Lennon Legend: An Illustrated Life of John Lennon adiciona à biografia do ex-Beatle cerca de 40 reproduções removíveis de artefatos relacionados a ele, como um boletim escolar, programas de teatro e manuscritos de letras de músicas.
According to the Rolling Stones traz novas, extensas e francas entrevistas com o vocalista Mick Jagger, o guitarrista Keith Richards, o baterista Charlie Watts e o guitarrista Ronnie Wood, e, assim como o livro sobre Lennon, inclui diversas fotos raras.
Apesar do tom franco, ambos os livros são produtos oficiais e autorizados. A viúva de Lennon, Yoko Ono, abriu seus arquivos para ajudar a criar Lennon Legend, enquanto o lacônico Charlie Watts é citado como editor-consultor de According to the Rolling Stones.
Diferenças e semelhanças
Os dois livros contam histórias semelhantes. Mais de 40 anos atrás, em Liverpool e Londres, alguns rapazes loucos por música americana se reuniram para formar bandas, aprenderam a compor canções e transformaram o mundo. Tudo isso com o acréscimo de algumas drogas, desavenças e mortes ao longo do caminho.
A grande diferença entre suas histórias é que os Beatles se separaram em 1969 e, desde então, dois deles morreram, enquanto os Stones continuam firmes até hoje - uma força poderosa em turnês e merchandising, mesmo que as vendas de discos já não tenham tanto poder.
A rebeldia deles também era díspar. Os Stones eram vistos como mais sombrios e ameaçadores. Havia ainda uma discordância sobre uma nova visão do pop e um gênero recém-criado, o rock.
E, para uma certa geração do pós-guerra, identificar-se com uma banda ou outra era algo que dizia muito sobre as pessoas.
Ambos os livros são publicados pela Chronicle Books, que lançou The Beatles Anthology em 2000 - a obra serviu de modelo para According to the Rolling Stones.
Segundo a co-editora Dora Loewenstein, Bill Wyman, baixista original dos Stones, estava adiantado demais com seu próprio livro, lançado no ano passado, e não pôde contribuir com According to the Rolling Stones.
Porém, filha do administrador da banda e bem informada sobre os Stones há muitos anos, Loewenstein disse que até mesmo ela descobriu com o livro algumas coisas novas sobre.
Como a opinião pouco elogiosa de Jagger sobre Exile on Main Street, visto por alguns críticos como o melhor álbum dos Stones.
O livro também discute acaloradamente a perda de vários membros da banda, inclusive o falecido Brian Jones. Mas os comentários mais apaixonados dizem respeito à música que amavam e à música bastante diferente que fizeram.
Os Stones, e especialmente Jagger, falam muito no livro sobre as técnicas que utilizam nos shows e com as quais criaram os espetáculos extravagantes que montam em estádios até hoje. Foi uma direção que John Lennon se negou a tomar.
"Acho que poderíamos colocar no palco quatro bonecos de cera de nós mesmos e as multidões ficariam satisfeitas. Os shows dos Beatles já não têm nada a ver com música. São ritos tribais, nada mais", disse ele.
Briga antiga
Para quem ainda acompanha a rivalidade entre Beatles e Rolling Stones, vale notar que o livro sobre Lennon faz apenas uma menção passageira aos Stones, mas que quase todos os colaboradores do livro sobre os Stones - incluindo os músicos Peter Wolf e Sheryl Crow, o executivo de gravadora Ahmet Ertegun e o fotógrafo de moda David Bailey - fazem referências aos Beatles.
E Keith Richards revela que, longe de competir, as duas bandas se consultavam, "em telefonemas escondidos", para coordenar o lançamento de seus discos.
"Todo o mundo falava em Beatles versus Stones e essa baboseira toda, mas nós mesmos combinávamos: Vocês lançam primeiro e a gente espera duas semanas para lançar o nosso".
"Nunca entrávamos em conflito; havia espaço bastante para as duas bandas", disse Richards.
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