Banda feminina Ecliptic se prepara para lançar CD
Por Rafael Schoennherr
Fonte: Ecliptic fotolog
Postado em 14 de abril de 2004
Os apreciadores do rock começam a sentir mudanças na pacata Ponta Grossa, a 110 km da capital paranaense. Iniciativas de apoio a bandas e o aumento de shows em bares dão nova cara ao cenário cultural local. A sexta-feira de 02 de abril foi exemplar. No fim de tarde, houve apresentações musicais em praça pública, no centro da cidade. O Projeto Geração de Ponta (da Fundação Cultural) seleciona músicos para tocar na Concha Acústica da praça Barão do Rio Branco duas vezes por mês.
Terminada a exibição, parte do público se deslocou para o El Coco Loco Bar, onde tocaram Confusion (PG), Debutantes 99 (Curitiba) e No Break (Curitiba). O "pub" atua desde o ano passado como nova rota alternativa para as bandas paranaenses e paulistas. Já passaram pelo palco neste ano nomes como Lauras Problem e Plastic Dolls - de Curitiba - e as paulistas Wee e The M.Knox-Music. O ambiente é também ponto de encontro dos admiradores das guitarras distorcidas.
Foi lá que encontrei para uma conversa as meninas da Ecliptic e soube das novidades. A única banda feminina local pretende lançar o primeiro CD (demo) até o fim do mês. O álbum terá sete faixas e vai se chamar "Boneca" - título de uma das canções. "Escolhemos o lugar mais barato, gravamos todas as bases e agora só falta colocar o vocal", explica a guitarrista Valéria, 21. Ela reconhece no entanto que são poucas as opções de estúdio para gravar rock em Ponta Grossa (cidade com mais de 250 mil habitantes na zona urbana).
O álbum terá 50 cópias e o esquema de divulgação é independente. A aposta é em fotolog, email, cartazes, "banquinhas" de vendas durante shows e no indispensável boca-a-boca. A tomar pelo público do bar e pela freqüência de apresentações, a propaganda via internet tem dado bons resultados.
A vocalista Fernanda, 21, reconhece o domínio do heavy metal na cidade e da (famosa) preferência por cover, o que às vezes dificulta o trabalho. "Somos um grupo feminino e não feminista. Queremos fazer um som próprio e falar a verdade", dispara. Prestes a completar dois anos de vida, foi apenas em janeiro que a Ecliptic fez a primeira apresentação com repertório próprio. O local escolhido foi El Coco Loco Bar, ou apenas "Coco", como é conhecido.
As influências começaram por L7 e Hole. Hoje a banda mistura a postura Riot com a pegada hardcore. "Começamos tocando em festivais do CEFET e no Mescalito. O bar foi acompanhando a mudança do estilo", conta Fernanda.
Completam ainda a formação Ana (baixo), 16, Denise (guitarra), 18, e Larissa (bateria), 17. As meninas tocaram semana passada em Ibaiti, no norte-pioneiro do Paraná.
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