Ítalo Disco: outro subgênero influenciado por David Bowie
Por Roberto Rillo Bíscaro
Postado em 15 de janeiro de 2016
Há quem não saiba que muito do que se ouvia em inglês nos sintetizados anos 1980 era produzido na Itália, por nativos cantando em inglês, com sotaque sofrível, às vezes.
Algumas imagens dos videoclipes bem de araque desse tipo de música eletrônica nem eram dos reais cantantes. Manequins e modelos dublavam quem sabia cantar. Quando era assim o público podia se considerar sortudo. Quantos vocais podres e falta total de talento vieram da Ítalo Disco!
Ítalo disco surgiu na península da bota em fins dos anos 70 e nos 80’s espalhou-se pelo globo. Dominado por sintetizadores e influenciado por disco music, Bowie, Kraftwerk, Giorgio Moroder e synth pop, esse subgênero da electronica é razoavelmente discutido no documentário Italo Disco – the Sound of Spaghetti Dance.
Através de fragmentos de depoimentos de produtores e artistas como Gazebo e Dan Harrow (brincadeira fonética com a pronúncia ítala que aproxima o nome ao termo denaro, dinheiro), percebe-se certa vontade de inovar e fazer arte – pelo menos em nível discursivo – e muita de ganhar denaro. Essa segunda motivação convence muito mais.
Importante produto da década das ombreiras e cabelões gelificados, a sonoridade da Ítalo Disco impregnou os ouvidos de FM nos 7 primeiros anos 80istas, até ser superado pelo Ítalo House (Black Box botando modelo para dublar as vozes de Martha Wash e Loleatta Haloway). Algumas canções são parte da trilha sonora do decênio, como Tarzan Boy, dum irlandês que gravou com o pseudônimo Baltimora.
Pecando por ser machista demais – não há uma entrevistada, o que significa a ausência de Spagna! – Italo Disco – the Sound of Spaghetti Dance pode ser visto no You Tube. Italiano com legendas em inglês.
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