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Davi Vilela: mestre da guitarra na zona da mata mineira

Por Rodrigo Gomes
Postado em 13 de setembro de 2018

Plugar uma guitarra diretamente em uma mesa de som nunca foi uma ideia muito interessante. Para obter o som clássico do instrumento de seis cordas o ideal é que se tenha um bom amplificador, próprio para este uso. Isso qualquer guitarrista iniciante sabe. De qualquer maneira, se não houver outra opção, a mesa não deixa de ser uma possibilidade. Com um bom direct box (D.I) ou com as modernas pedaleiras pode-se conseguir um resultado satisfatório. Com a mesa ainda é possível incluir efeitos externos como, por exemplo, um reverb. Se na saída houver uma caixa sem tweeter (não, não é a famigerada rede social), talvez o timbre possa soar interessante.

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O guitarrista, violonista e baixista DAVI VILELA estava ansioso em seu estúdio/lar, localizado no bairro São Francisco de Barbacena, para fazer este experimento. "Consegui satisfazer minha curiosidade. Você quer que eu lhe fale se gostei? Não! Não vou usar. A mesa mascarou muito o som da guitarra". Obviamente DAVI já sabia o que iria acontecer se ligasse sua guitarra semi-acústica diretamente na mesa, mas queria ver o resultado da combinação guitarra + mesa + reverb + caixa sem tweeter. Imaginou que poderia soar como um clássico amplificador, mas não deu muito certo.

Uma verdadeira "experience". A influência de Jimi Hendrix, o maior guitarrista de todos os tempos, transborda entre os dedos do músico de 49 anos nascido em Barroso, Minas Gerais. Qualquer equipamento que ele tenha o mínimo de contato não passa em branco. Questionado sobre possibilidades óbvias ou estranhas como o experimento em questão, DAVI é objetivo. "Não existe regra absoluta pra nada disso". Tanto é verdade que ele não se importa com os setups que estão no topo do mercado da música. Uma simples pedaleira Zoom 505 II, exorcizada pela classe, inclusive os iniciantes, foi seu objeto de trabalho durante um período significativo de tempo. Segundo o músico, conseguiu chegar bem próximo ao timbre do clássico SD-1, pedal de Super Overdrive da fabricante americana BOSS.

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Estar em sua casa, dar aulas e fazer testes com equipamentos interessantes ou estranhos é um dos maiores prazeres de DAVI. O que antes era um quarto se transformou num estúdio que grava no mínimo uma música por semana do guitarrista. Cada estudo em seus instrumentos deve acabar em uma composição totalmente estruturada, com baixo, guitarra, bateria ou o que ele achar necessário. Mas nem tudo que ele cria é aproveitado. "Eu não considero tudo como composição. São estudos. Se eu for considerar cada estudo como composição, eu vou perder a noção do meu critério de qualidade. Enquanto não aparece alguma coisa que eu ache que destaque muito no meio de tudo eu não considero uma composição".

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Conheça a neoclássica "Amazônia":

Guitarras intocáveis

Não deve ter sido fácil aprender e querer se tornar um guitarrista de rock n’ roll em uma pequena cidade que possuía apenas duas guitarras. O problema não era a baixa quantidade de instrumentos, mas as possibilidades de se ter acesso a eles. Uma das guitarras que tinha em Barroso, Minas Gerais, era de propriedade da prefeitura e tocá-la era praticamente impossível. A outra era de uma igreja protestante. Apesar da crença em uma divindade superior, DAVI não parecia estar disposto a se aproximar dos dogmas religiosos para fazer o seu rock. Situação difícil para quem estava cansado de lidar com a "galera do violão". Então, era como se não tivesse nenhuma guitarra no município. Guitarrista muito menos, porque quem as tocava faziam como um violão.

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A solução era fabricar uma. Então mãos à obra! A partir de um violão velho de braço fino, captadores também de violão e uma madeira de um móvel antigo cortada no formato de uma guitarra les paul, DAVI fez surgir a terceira guitarra de Barroso, livre de instituições. "Era uma guitarra ruim pra caralho, mas era a minha guitarra", exaltou.

O próximo passo era fazer uma distorção. Contou com a ajuda de seu amigo Lauriel - que até recentemente era baixista da banda Lado B – e ganhou de presente seu primeiro pedal. A brincadeira do rock estava armada e faltava mais um detalhe: aprender a tocar.

"Simplesmente blues"

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"Abra-te Sésamo"!

O barrosense já tocava violão desde os 13 anos de idade e apesar do estilo que o consagrou em Barbacena e região como um virtuoso na linha de Randy Rhoads e Steve Vai, suas primeiras influências não vieram de músicos estrangeiros. Raul Seixas foi quem lhe abriu as portas do rock n’ roll. O roqueiro brazuca foi uma grande fonte de inspiração. Mesmo recentemente, depois de uma trajetória high-tech, ainda sobrevivia o projeto DAVI VILELA e Banda Sociedade Alternativa, um tributo ao cantor brasileiro. Mas o pernambucano Alceu Valença possui cadeira cativa entre os maiores compositores na opinião do guitarrista. "Minha influência de rock foi o Raul e na MPB eu ia para o lado nordestino. Até hoje eu considero o Alceu o meu letrista predileto".
Durante a existência da banda Licantropo formada por DAVI (voz e guitarra), Gilson (baixo) e Pablo Soares, a música "Agalopado", de autoria de Alceu, recebeu arranjos pesados, repletos de peso e virtuosismo.

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Obra de arte ao avesso

Em 2008 um clipe da banda Licantropo chamou a atenção para músicos, alunos e críticos do trabalho de DAVI VILELA. O vídeo é de uma música que possui o nome curioso de "25 Pregas". A letra mais ainda.

"Eu vou te contar o que é que pega
Pretendo não falar pra mais ninguém
Eu vi seu pai transando com uma égua
A égua o chamava de meu bem"

Confira "25 Pregas" na íntegra:

A qualidade duvidosa dos versos é classificada pelo próprio guitarrista como uma "obra de arte ao avesso". A música, repleta de riffs pesados e virtuosismos, deu o que falar, mas a intenção de DAVI ao escrever esta bizarrice era mesmo chocar.

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A história de "25 Pregas" começou quando DAVI percebeu que o público estava concentrado na sua habilidade técnica e de seus companheiros de palco, mas não nos versos. "Todo show que eu fazia com a minha banda o pessoal olhava para o baixo, olhava pra guitarra, viajava no instrumental, viajava na presença de palco, viajava em tudo. Mas se eu perguntasse pra alguma pessoa qual a música que mais gostou, ela não sabia falar. E se eu pedisse para cantar um pedacinho de uma letra ninguém falava. Ninguém dava atenção para as letras".

A desconcentração do público era uma questão fácil de ser resolvida. Bastava fazer uma letra podre e abrir os shows com ela. Segundo o próprio guitarrista, a inspiração veio logo pela manhã, ao escovar os dentes. Como inspiração não tem hora nem lugar, em poucos minutos estava criado o "poema". DAVI reconhece a baixaria, mas enaltece que sua estratégia obteve sucesso. "É ofensiva pra qualquer pessoa que ouvir, pois está falando do pai do ouvinte que está transando com uma égua. A primeira impressão é ‘que merda é essa que o cara tá falando? ’ Depois eles prestavam a atenção no resto das letras. Então funcionou perfeitamente. Passei a abrir os shows com ela por este motivo".

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Apesar de contar sobre a estratégia de chamar a atenção dos espectadores apenas no início dos shows com uma letra muito louca, o fato é que chocar foi um estilo de DAVI durante uma fase de sua carreira. O som era pesado, sempre no limite de sua habilidade, estudado e estruturado e as letras tinham objetivo. Os assuntos sempre foram polêmicos e os versos não eram apropriados para se ouvir na sala de estar da casa da vovó.

Além de surfar nas praias do rock e do metal, DAVI é exímio violonista e domina o instrumento na execução da música brasileira. Músico profissional e professor, muito provavelmente já lecionou violão e guitarra para grande parte dos músicos profissionais de Barbacena. Atualmente se apresenta em eventos de todos os formatos executando estilos diversos da música nacional e internacional.

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