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Pomba

Em 1969, Jim Morrison explicou como o rock morreu — e como ressurgiria

Por André Garcia
Postado em 26 de janeiro de 2023

Em sua primeira metade de século de trajetória, o rock seguiu em altos e baixos cíclicos, assim como qualquer outra trajetória. Com isso, desde o final dos anos 50, cada um desses pontos baixos chegaram acompanhados daquele papo de que o rock morreu.

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Bruce Dickinson

Até hoje, o assunto rende muito bate-boca em redes sociais e em mesas de bar, mas ainda na década de 60 Jim Morrison já falava sobre isso. Uma dessas ocasiões foi em entrevista de 1969 para a Rolling Stone.

"Estávamos precisando de mais uma música para o álbum ['The Soft Parade']. Estávamos quebrando a cabeça tentando fazer uma música. Lá estávamos no estúdio, mandando todas aquelas músicas antigas: viagens de blues, clássicos do rock… Finalmente, começamos a tocar, e tocamos por uma hora, passamos por toda a história do rock — partindo do blues, passando pelo rock and roll, surf music, música latina, a coisa toda. Eu chamei aquilo de 'Rock is Dead', mas duvido que alguém vai ouvir."

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Ao ser questionado se realmente acreditava na morte do rock, o vocalista respondeu:

"É como o que estávamos falando anteriormente, o movimento de volta às raízes. Aquele brilho inicial acabou. O que eles chamam de rock, antes era chamado de rock n roll, aquilo ficou decadente. E então houve um renascimento provocado pelos ingleses. Aquilo chegou muito longe, era articulado, [mas] se tornou autoconsciente — o que, para mim, é a morte para qualquer movimento. Aquilo ficou autoconsciente, estagnado, incestuoso. A energia acabou. Não havia mais uma crença."

"Acredito que, para que qualquer geração se afirme como uma entidade humana consciente, é preciso romper com o passado. Então, obviamente, a garotada que vai vir não terá muito em comum com o que temos. Eles vão criar seu próprio estilo. Coisas como guerras e ciclos econômicos também mudam. O rock and roll provavelmente poderia ser explicado pelo [período] após o fim da Guerra da Coreia — houve um expurgo psíquico. Parecia haver uma necessidade de uma explosão subterrânea, como uma erupção."

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A seguir, Morrison pareceu premonizar o surgimento do punk na segunda metade da década de 70: "Então, depois que a Guerra do Vietnã acabar, o que provavelmente levará alguns anos, talvez; é difícil dizer… mas é possível que as mortes acabem em alguns anos, e então haja novamente a necessidade de uma força vital se expressar, se afirmar."

Ao ser perguntado se sentia que faria parte daquilo, ele disse que "Sim, mas provavelmente estarei fazendo outra coisa até lá. É difícil dizer. Talvez eu seja um executivo de uma corporação..."

Jim Morrison morreu no começo da década de 70, anos antes do surgimento das primeiras bandas punk. No entanto, ele fez parte da cena como uma das maiores influências de bandas como Ramones e figuras como Iggy Pop.

The Doors

O The Doors foi formado em 1965 em Los Angeles, pelo vocalista Jim Morrison, o tecladista Ray Manzarek, o guitarrista Robby Krieger e o baterista John Densmore. Eles se destacaram por criar músicas que exploravam temas como a liberdade, o amor livre, experimentações e a rebeldia, incorporando elementos de rock, blues, jazz, psicodelia e poesia.

Em sua carreira, o The Doors lançou álbuns clássicos como seu autointitulado debut de 1967 e "Strange Days" (1968), que conquistaram uma legião de fãs. Mas era ao vivo que a banda realmente brilhava, com o magnético carisma de seu vocalista em incendiárias apresentações performáticas para lá de provocativas e imprevisíveis.

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A partir de 1968, por outro lado, as frustrações de Jim com a vida de rockstar e sua falta de reconhecimento como um escritor sério o levaram a afundar no alcoolismo. Para piorar, problemas na justiça contribuíram para que ele perdesse o interesse na música e caísse na depressão.

Após terminar sua parte na gravação de "L.A. Woman" (1971), Morrison partiu em retiro para a França, em busca de se recuperar física e mentalmente. Infelizmente, ele jamais retornaria daquela viagem. Poucos meses após o lançamento do álbum, ele foi encontrado morto na banheira aos 27 anos.

Os membros remanescentes ainda tentaram seguir em frente sem seu frontman, mas, após fracassarem com "Other Voices" (1971) e "Full Circle" (1972), não restou a eles outra alternativa se não o fim da banda.

Bruce Dickinson

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Sobre André Garcia

Sou redator e tradutor freelancer e escritor, autor do livro de contos Liber IMP. Ouço rock desde pequeno, leio coisas sobre bandas desde sempre e escrevo sobre ela já tem anos. Cresci como fã de Iron Maiden e paladino do rock, mas já me tratei. Hoje sou fã de nomes como Beatles, David Bowie, The Cure, Kraftwerk e Velvet Underground, e de cenas como a Londres psicodélica, a Nova Iorque proto-punk e a Manchester pós-punk. Escrevo notas e notícias rápidas para o Whiplash.Net visando compartilhar conteúdo relevante sobre música e cultura pop.
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