O megahit do AC/DC que Angus Young acha muito difícil de tocar ao vivo
Por Gustavo Maiato
Postado em 18 de setembro de 2023
As músicas do AC/DC sempre defenderam a simplicidade e clássicos como "TNT" e "You Shook Me All Night Long" são diretos ao ponto. Embora o guitarrista Angus Young seja famoso por seus solos, há uma música que ele acha bem difícil.
A década de 1980 marcou um período desafiador para a banda, tendo perdido seu vocalista, Bon Scott, por envenenamento por álcool. Apesar do golpe, Malcolm Young acreditou em seguir em frente. Eles recrutaram Brian Johnson da banda Geordie e produziram o icônico álbum "Back in Black".
O público abraçou a homenagem do AC/DC a Bon Scott. Nos anos seguintes, a banda viu uma mistura de sucessos monumentais e álbuns que mantiveram seu estilo característico. Após o aclamado "For Those About to Rock", foi "The Razor's Edge" no início dos anos 1990, com o sucesso "Thunderstruck", que os levou de volta ao estrelato global.
"Thunderstruck" mostra a técnica de guitarra de Angus, com um riff rápido que percorre toda a música, desafiando até mesmo seu criador. Curiosamente, essa passagem de guitarra começou como uma rotina de aquecimento de Angus. Foi Malcolm quem viu seu potencial, transformando-o no riff .
Angus reconhece a complexidade de "Thunderstruck". Em uma entrevista (via Kark Post), ele admitiu precisar de uma hora de aquecimento para garantir uma execução impecável. A melodia parece simples, mas exige precisão, especialmente com os pull-offs.
AC/DC, Angus Young e a música que ele detesta
Em entrevista para a Vulture, com transcrição de André Garcia, Angus Young comentou sobre a música do AC/DC que ele não curte.
"No nosso primeiro álbum, 'High Voltage', fizemos uma balada chamada 'Love Song'. Aquilo foi muito estranho para nós. Eu não sabia se estávamos tentando parodiar as canções de amor da época, porque foi Bon [Scott] que escreveu a letra. Nem me lembro como era a letra. Lembro dessa música porque o cara que trabalhava para nós na gravadora nos disse que era aquilo que estava tocando nas rádios locais na época: soft rock. Ele achou que deveríamos lançar essa música, porque provavelmente teria alguma execução no rádio. Lembro de pensar: 'Quem em sã consciência iria querer lançar isso?’
Ainda bem que tivemos a sorte de que todas as rádios já tinham nos visto ao vivo", acrescentou, " então sabiam que aquilo não era a gente. As estações começaram a virar o disco e tocar a outra música, um clássico do blues chamado 'Baby, Please Don’t Go'. Na verdade, conseguimos algum sucesso foi com o lado B! Foi só para isso que aquela música prestou mesmo".
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