Lobão explica quando foi "a época de ouro do rock", e qual o último grande disco lançado
Por Bruce William
Postado em 21 de dezembro de 2023
Este corte da participação de Lobão no podcast Ticaracaticast mostra o músico explicando por qual motivo ele afirma que os anos setenta são a "época de ouro do rock".
Lobão - Mais Novidades
"O 'zeitgeist' é o pensamento, é o espírito de uma época, né? Por exemplo, por incrível que pareça, logo no início dos anos 2000, eu comecei a ver na minha família, nosso sobrinho, quando tinha 8, 9 anos, começou a se interessar por música dos anos setenta, Humble Pie, Yes, Emerson Lake & Palmer. O Yohan, que é filho do Andreas Kisser, também tem a mesma idade, é um pouco mais novo. A onda é os anos setenta no início. Mas da onde surge essa loucura?".
Ele então tece uma explicação: "Isso é o 'zeitgeist' de uma época. Então, as pessoas vão procurar aquilo que era a época de ouro do rock. Agora que já tem um distanciamento a gente sabe que aquilo é o filé mignon. Então, quem gosta de música vai pro filé mignon. Aí vai ouvir Raul Seixas, quer ouvir Mountain, Cactus, Humble Pie, Atomic Rooster, essas coisas que a galera gosta. Grand Funk Railroad, Led Zeppelin, Deep Purple, isso tudo é o clássico, como se fosse o século XVIII e século XIX, onde nós temos a época áurea da Música Clássica. E a época clássica do rock é final dos anos sessenta, início dos setenta, até 1974".
Neste ponto, ele conta que há um disco que, para ele, marca o final daquela época: "Depois de 74, você não tem mais, a produção se esvai, o 'zeitgeist' muda. O último disco de rock, inclusive, a maior ópera rock de todos os tempos é a do Genesis, 'The Lamb Lies Down on Broadway'. E o próprio Peter Gabriel já vaticina o punk porque o personagem do disco é um punk em Nova York que tira todo o paradigma de contos de fadas do Genesis, que era totalmente Elizabetano, medieval e renascentista. O Jethro Tull, o Renaissance, todas essas bandas, o rock inglês, foram para coisas celtas, o próprio Led Zeppelin misturando blues com celta, etc. Então, isso era o último paradigma, o último suspiro, a última volta no ponteiro foi o 'Lamb Lies' de 1974. Brian Eno era o produtor, foi o último disco do Peter Gabriel no Genesis. E assim, eles conseguiram ultrapassar, como ópera rock, o 'Tommy' do The who, que também é sensacional, um cara cego, surdo e mudo, que é campeão de fliperama, sensacional, não é mesmo?"
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Bruno Sutter aposta alto e aluga o Carioca Club para celebrar 50 anos de Iron Maiden em São Paulo
Os quatro clássicos pesados que já encheram o saco (mas merecem segunda chance)
"Estou muito feliz pela banda e por tudo que conquistamos", afirma Fabio Lione
A melhor banda de rock progressivo de todos os tempos, segundo Geddy Lee
As cinco melhores bandas brasileiras da história, segundo Regis Tadeu
Guns N' Roses fará 9 shows no Brasil em 2026; confira datas e locais
Sweden Rock Festival anuncia line-up com Iron Maiden e Volbeat entre os headliners
Kiko Loureiro diz o que o levou a aceitar convite para reunião do Angra no Bangers Open Air
A maior canção já escrita de todos os tempos, segundo o lendário Bob Dylan
O grupo psicodélico que cativou Plant; "Uma das minhas bandas favoritas de todos os tempos"
Com mais de 160 shows, Welcome to Rockville anuncia cast para 2026
Quem é Alírio Netto, o novo vocalista do Angra que substituiu Fabio Lione
Músicos se demitem e abandonam dono da banda em um posto de gasolina
O guitarrista dito "rival" de Robert Fripp que ganhou elogios do líder do King Crimson
Guns N' Roses anuncia lançamento dos singles "Nothin" e "Atlas" para 2 de dezembro
Regis Tadeu toma partido na briga entre Iron Maiden e Lobão: "Cafona para muitos"
Lobão comenta sobre o "abuso de poder" na MPB
A inacreditável forma que Lobão soube da morte do presidente Tancredo Neves
A façanha mercadológica que Legião Urbana conseguiu emplacar, segundo Lobão


