O influente guitarrista de rock psicodélico inglês comparado a Hendrix por Jimmy Page
Por André Garcia
Postado em 17 de setembro de 2024
O ano de 1967 ficou marcado na história da cultura pop do século passado como o ano do rock psicodélico. Enquanto nos Estados Unidos lançavam seus discos de estreia Velvet Underground, The Doors e Janis Joplin, na Inglaterra debutavam Jimi Hendrix e Pink Floyd, enquanto os Beatles mudavam o mundo com o "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band".
Na cena psicodélica londrina, uma das figuras mais descoladas era o carismático e enigmático Syd Barrett: compositor, vocalista, guitarrista e líder visionário do Pink Floyd. Foi dele a visão de misturar rock psicodélico com art rock, espetáculo de luzes e longas sessões de improviso: o que serviu de fundação para tudo que a banda viria a fazer.
Em entrevista para a Guitar World dada a Brad Tolinski, publicada em 2012 no livro Light & Shade: Conversations With Jimmy Page, Page comparou Syd Barrett a Jimi Hendrix.
"A composição de Syd Barrett no começo do Pink Floyd foi inspiradora, nada soava como ele antes do primeiro álbum do Pink Floyd. Era tanta ideia e tanta afirmação positiva que você podia realmente sentir que ali estava um gênio. Foi trágico que ele tenha se desintegrado. Tanto ele quanto Jimi Hendrix tinham uma visão futurista, de certa forma."
Conforme publicado pela Classic Rock, em entrevista ao jornalista musical Phil Alexander em 2017 Page tornou a exaltar Barrett:
"Para a gente, aquilo [que o Pink Floyd com Syd Barrett fazia] ia muito além de só ficar chapado tocando um acorde só [a música inteira, como diziam os críticos na época]. Eu ouvia muito eles na época. [Um dia desses] assisti algumas filmagens que todos temos acesso agora [no YouTube]. Syd Barrett era absolutamente inacreditável em termos do que estava fazendo; deu um passo para fora da caixinha e canalizou todas aquelas coisas incríveis. A versão deles da música psicodélica era muito, muito legal."
"[Naquela época] tinha coisas rotuladas como psicodelia que, não quero citar nomes, mas que eram horríveis! Mas o que eles [Syd Barrett e o Pink Floyd] estavam fazendo era seriamente experimental, e marcou muito", concluiu.
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