Max Cavalera aparentemente não está nem aí para o fim do Sepultura

Por Mateus Ribeiro
Postado em 12 de abril de 2025

Maior nome do metal sul-americano, o Sepultura está prestes a encerrar sua trajetória. Anunciada em dezembro de 2023 e iniciada três meses depois, a turnê "Celebrating Life Through Death" marca o ponto final na carreira do grupo responsável por clássicos do calibre de "Arise" (1991), "Chaos A.D." (1993) e "Roots" (1996).

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"Depois de 40 anos de altos e baixos, 80 países visitados de diferentes culturas, de diferentes visões políticas e religiosas, levando as cores e ritmos brasileiros para o mundo, mostrando um Brasil mais realista e menos caricato, mais pesado e agressivo.

Depois de lançar o ‘Quadra’, um dos melhores álbuns da nossa história. Sobreviver a uma indesejável e insana pandemia através da SepulQuarta, uma experiência maravilhosa que virou um álbum e que nos manteve unidos e fortes seguindo em frente. Depois de mudanças e aprendizados, nós vamos parar", diz o anúncio da "Celebrating Life Through Death", publicado no site oficial do Sepultura.

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É seguro dizer que o anúncio da tour mexeu com as emoções de muitos fãs da banda. Por outro lado, há quem aparentemente não deu a mínima para a notícia. Esse parece ser o caso de Max Cavalera, fundador e ex-guitarrista/vocalista da banda.

Durante recente participação no programa Full Metal Jackie, Max falou de forma breve (via Blabbermouth) a respeito da última tour do Sepultura. Pelo visto, o frontman não ficou tocado com o fim da banda que integrou ao longo de 12 anos.

"Eles ainda a chamam de Sepultura, mas todo mundo sabe que não é a mesma coisa e nunca será a mesma coisa. E eu não tenho nada a ver com o que eles estão fazendo, com a dissolução da banda."

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A exemplo de Max, seu irmão, o baterista Iggor, não faz mais parte do Sepultura. O frontman afirmou que eles ainda carregam o espírito da banda.

"Para mim, eu sinto — e não estou dizendo isso só por mim — acho que muitos fãs sentem que eu e o Iggor meio que carregamos o espírito do Sepultura conosco em tudo o que fazemos (...).

Eu e o Iggor estamos em nosso próprio caminho, estamos revisitando esses materiais antigos em nosso próprio tempo (...). Para nós, é muito especial preservar isso. Acho que é como aquele coração jovem, o coração adolescente que vive dentro de você (...). Não importa o que aconteça nos negócios ou na política da música, tento não deixar que isso afete minha mente e alma jovens que carrego comigo o tempo todo. É assim que me sinto quando falo do Sepultura. Foi uma banda especial, de uma época especial, e nós celebramos isso. Eu tenho a chance de celebrar isso com o Igor, independentemente do que os outros caras estejam fazendo."

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Em 2007, Max e Iggor Cavalera uniram forças novamente e fundaram o Cavalera Conspiracy. A discografia da banda conta com quatro álbuns de músicas próprias, além de regravações dos primeiros trabalhos do Sepultura.