Marcus D'Angelo, vocalista do Claustrofobia, posta texto emocionante sobre o Sepultura
Por Mateus Ribeiro
Postado em 04 de janeiro de 2024
O músico brasileiro Marcus D'Angelo, guitarrista e vocalista da banda Claustrofobia, compartilhou um emocionado depoimento em seu perfil do Instagram na noite desta quarta-feira (3 de janeiro). Marcus falou sobre o Sepultura, maior nome da história do Metal brasileiro (e sul-americano), que em breve, vai encerrar suas atividades.
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"Desde o anúncio da tour de despedida, não tive tempo para manifestar alguma reação, fui pego de surpresa e tive que dar um tempo para assimilar o significado disso. Me sinto na obrigação de dizer algo, afinal pra mim é a maior banda de todos os tempos e uma das razões do meu viver.
O Sepultura nos deu coragem, e mostrou que através dos nossos próprios motivos temos a capacidade de chegar junto. Eu amo o ‘Bestial’ e o ‘Morbid Vision’...do ‘Schizo’ ao ‘Roots’, são minhas eternas fontes de inspiração. O show da turnê do ‘Roots’ em SP em 1996 foi um divisor de águas em minha vida", escreveu Marcus, que também abordou as outras formações do Sepultura em seu texto.
"O Andreas e o Paulo recomeçaram essa banda do zero, lançaram grandes álbuns como ‘Against’, ‘Nation’, ‘Dante XXI’, e depois de várias voltas ao mundo nos entregam duas obras-primas: ‘Machine Messiah’ e ‘Quadra’.
Paulo, Andreas, Max e Iggor são ídolos. Muita admiração pelo Derrick músico e ser humano, respeito pela fase do Jean, e pelo Eloy que trouxe a excelência ao Sepultura moderno.
Todos os projetos desses caras são frutos da mesma raiz e eu gosto de todos eles com seus erros e acertos.
Não acho justo julgar o que é certo ou errado, existem bandas que fazem a mesma coisa durante toda vida e são geniais, como Ramones, AC/DC, Iron, mas o Sepultura nunca foi isso. A cada álbum foram sendo agregados novos elementos, e assim alcançaram o topo novamente."
O frontman do Claustrofobia também relembrou momentos que vivenciou ao lado de Andreas Kisser, guitarrista que é integrante do Sepultura há mais de 35 anos.
"Me sinto privilegiado de ter participado de alguns momentos dessa história, abrimos vários shows, escrevemos uma música com o Andreas Kisser chamada ‘Curva’. O Andreas faz muito pelo Metal Brasileiro, no mainstream ele nos representa, indicou o Claustro e o Torture pra tocar no Rock In Rio 2019, tem um programa de Metal na 89FM, a Rádio de maior expressão de São Paulo, onde ele toca TODAS as bandas do underground, inclusive aquelas bandas ruins que falam mal dele."
Por fim, Marcus agradeceu o Sepultura e afirmou que não gostaria que o grupo colocasse um ponto final em sua história.
"É muito difícil descrever a importância do Sepultura em um post. Honestamente, eu não gostaria que o Sepultura parasse, porém, confio em suas decisões. Um verdadeiro líder sabe o que faz.
Enfim, no meu entendimento a morte não existe, então, o Sepultura vai parar, mas jamais morrer, então só posso dizer meu: MUITO OBRIGADO.
Sepultura sempre nos provocando a sermos melhores. Sua obra é eterna. Respeito."
O Sepultura iniciou suas atividades no início dos anos 1980 e lançou discos muito importantes, como "Arise", "Chaos A.D." e "Roots". Leia mais sobre a turnê de despedida do grupo na nota abaixo.
Sepultura anuncia turnê de despedida
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