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Por Mateus Ribeiro
Postado em 21 de maio de 2025
Alcançar fama e sucesso é o objetivo de muitos artistas. No entanto, para Max Cavalera — guitarrista, vocalista e compositor brasileiro, conhecido por seu trabalho no Soulfly, Cavalera Conspiracy, Killer Be Killed e Go Ahead And Die — esse reconhecimento pode ter um lado sombrio.
O músico ganhou notoriedade nos anos 1990 como líder do Sepultura, banda que fundou ao lado do irmão, o baterista Iggor Cavalera. O auge da carreira veio com "Roots", sexto álbum do grupo, lançado em fevereiro de 1996. Com sua fusão de metal e elementos tribais, o disco consolidou a posição da banda entre os grandes nomes do gênero. Apesar disso, o sucesso incomodou o frontman.
Em 2020, Max Cavalera concedeu entrevista à Kerrang. Max revelou a pressão que sentiu durante a gravação de "Roots". Ele mencionou um comentário feito por Sharon Osbourne, empresária e esposa de Ozzy Osbourne e fez comentários sobre o Metallica:
"Sim. Quando você tem Sharon Osbourne dizendo coisas como: ‘Eles estão prestes a se tornar o próximo Metallica’... Mas quando penso no Metallica, fico feliz por nunca termos nos tornado isso. Gosto dos quatro primeiros discos deles, mas depois disso, não gosto de nada. O material inicial deles - ‘Ride The Lightning’, especialmente - é o que esse tipo de música era e nunca mais foi."
Na sequência, Max afirmou que se tivesse continuado no Sepultura, a banda poderia sair dos trilhos. Ele também fez uma reflexão sobre o lado ruim que o sucesso pode trazer:
"Se eu tivesse ficado com o Sepultura, talvez tivesse virado uma merda. O sucesso pode destruir as pessoas. Você não fica mais com raiva, porque é muito rico e não tem do que reclamar. Você não tem nada contra o que se rebelar. Contra o que você vai se rebelar - ter muito dinheiro para contar? Isso é muito estúpido."
Dez meses após o lançamento de "Roots", Max deixou o Sepultura — de forma pouco amigável.
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