Max Cavalera ficou incomodado com a fama alcançada na época de "Roots"
Por Mateus Ribeiro
Postado em 15 de dezembro de 2024
Max Cavalera iniciou sua trajetória musical na década de 1980, quando fundou o Sepultura. Por mais de uma década, o guitarrista/vocalista foi a figura central do grupo que se tornou o maior nome da história do Metal brasileiro e sul-americano.
O Sepultura atingiu o ápice de sua carreira em 1996, quando "Roots" foi lançado. Sexto registro de estúdio do quarteto, o disco é marcado por uma interessante e curiosa mistura de guitarras pesadas com ritmos brasileiros, que rendeu pedradas como "Roots Bloody Roots", "Attitude" e "Ratamahatta".
Depois do lançamento de "Roots", o Sepultura virou um nome conhecido até mesmo entre quem não era fã de Metal. Isso não deixou Max Cavalera muito feliz, como ele contou à Metal Hammer em 2015.
"Quando ‘Roots’ foi lançado, ficamos muito famosos, especialmente no Brasil. Eu fiquei irritado porque 70% das pessoas não eram fãs; era só uma moda passageira. Era legal gostar de Sepultura [na época]. Eu ia a um shopping, era cercado por 40 pessoas, e metade delas eram garotas adolescentes que não eram fãs de metal. Não gostei desse período."
Dez meses após o lançamento de "Roots", Max deixou o Sepultura e fundou o Soulfly. O músico comentou que ficou confortável por ter saído dos "holofotes".
"Quando comecei com o Soulfly, me senti mais confortável tocando em clubes pequenos. Pensava: ‘É aqui que eu pertenço’. Prefiro minha vida agora, podendo fazer as coisas em meus próprios termos, tocar a música que gosto. Não sou um grande nome, mas tenho minhas raízes e um bom nome na música, e isso é mais importante do que ser super famoso."
O Soulfly continua na ativa, e seu trabalho mais recente é "Totem", de 2022. Segundo Max, o próximo álbum do grupo é uma espécie de volta às origens.
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