A canção do The Who que John Entwistle odiava tocar; "eu quase durmo"
Por Bruce William
Postado em 04 de junho de 2025
Em uma banda conhecida por exageros, ruídos e destruição, John Entwistle sempre foi o elemento de contenção. Silencioso no palco e fora dele, deixava para o baixo a responsabilidade de se impor. Mesmo assim, ele conseguia se destacar sem competir com Keith Moon, Pete Townshend ou Roger Daltrey, o que, por si só, já é uma façanha.
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Talvez por isso, fosse difícil saber o que ele realmente achava de algumas músicas. Entwistle raramente comentava os bastidores das composições do The Who. Não participava das provocações nem das críticas públicas que Townshend e Daltrey costumavam fazer às próprias obras. Mas quando o assunto foi "Magic Bus", ele não disfarçou.
"Eu realmente odiava tocar 'Magic Bus'", disse Entwistle em entrevista incluída no box Thirty Years of Maximum R&B Live, com transcrição da Far Out. "Às vezes, era tipo oito minutos em Lá." O baixo praticamente não saía da nota fundamental, o que fazia da experiência algo entediante para ele. "Tem gravações em que eu quase durmo", completou.

A banda costumava estender a música ao vivo — há versões com mais de 15 minutos — e o arranjo era construído sobre o mesmo padrão rítmico repetido. Pete Townshend adorava isso, especialmente por conta do ritmo inspirado em Bo Diddley. Mas para Entwistle, a execução beirava o automático, como se o tempo não passasse.
Ao longo dos anos, o baixista contribuiu com faixas como "Boris the Spider" e "My Wife", além de linhas memoráveis em "My Generation" e "Who Are You". Mas no caso de "Magic Bus", nem a química da banda no palco era suficiente para disfarçar o tédio. Segundo ele, não havia "magia" que justificasse tanto esforço em manter os olhos abertos.

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