O Rockstar para o qual Ritchie Blackmore torcia o nariz, mas admitiu ter sido inspiração
Por Bruce William
Postado em 13 de agosto de 2024
Ritchie Blackmore esteve na criação de duas das bandas mais influentes do Rock: Deep Purple e Rainbow. O primeiro, o Deep Purple, formado em 1968, se tornou um dos pilares do Hard Rock, enquanto o segundo, o Rainbow, fundado em 1975, trouxe uma abordagem mais melódica e épica ao Heavy Metal, sendo ambos grupos que ajudaram a moldar o Rock como o conhecemos hoje.
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Musicalmente falando, o estilo de Blackmore é uma fusão de Rock e música clássica, algo que poucos guitarristas conseguiram fazer com tanto êxito. Ele é famoso por suas composições complexas e solos que exploram diferentes escalas e técnicas. Seu talento para misturar a agressividade do Rock com a sofisticação da música erudita fez com que ele se tornasse um dos guitarristas mais lembrados e influentes de todos os tempos.
Embora trabalhos como o "In Rock", um dos álbuns mais famosos do Deep Purple, sejam recheados de riffs e solos intensos, isso não define a banda. Muitas de suas composições foram inspiradas na música clássica, e a melodia que Blackmore utilizou em grande parte do trabalho do Deep Purple pode ser atribuída a essa influência, já que ele começou a tocar guitarra aprendendo música clássica, e só depois descobriu o Blues, o R&B e o Rock. "Meu interesse pela música clássica em geral foi o que me direcionou a tentar combinar ideias de blues, rock e música clássica em um estilo próprio", disse Ritchie em declaração dos anos setenta resgatada pela Far Out.
O guitarrista clássico que Ritchie Blackmore considerava superestimado
Em outra entrevista dos anos setenta, Ritchie Blackmore fez uma polêmica afirmação, dizendo que Pete Townshend é um músico superestimado, embora reconheça que o guitarrista do The Who foi pioneiro em uma série de coisas que foram apropriadas por outros: "Ele é superestimado na Inglaterra. Mas, ao mesmo tempo, você encontra muitas pessoas como Jeff Beck e Hendrix recebendo créditos por coisas que ele começou. Townshend foi o primeiro a quebrar sua guitarra. Ele foi o primeiro a fazer muitas coisas. Ele é muito bom na cena de acordes dele também".
E curiosamente há um trabalho de Townshend que virou uma chave na cabeça de Ritchie, que até então fazia um som relativamente limpo, já que a música clássica é calcada na sonoridade cristalina e até mesmo o Blues e R&B não costumam resvalar muito para o lado mais "sujo", enquanto dentro do Rock é que vamos encontrar coisas como o uso do feedback como música.
Descrito basicamente como um ruído, o feedback, dentro do contexto da guitarra, refere-se a um fenômeno sonoro que ocorre quando o som produzido pelo instrumento é captado pelo próprio sistema de amplificação da guitarra e, em seguida, retransmitido de volta à guitarra. Esse ciclo contínuo pode resultar em um som distorcido e prolongado, muitas vezes descrito como um "uivo" ou "zumbido".
"Pete Townshend foi definitivamente o primeiro a usar feedback. Mas, por não ser um guitarrista tão bom, ele costumava apenas tocar acordes e deixar a guitarra dar feedback. Ele só começou a mexer nos botões do amplificador muito depois", disse Blackmore, que, ao mesmo tempo, admite ter sido aquilo um dos pontos de virada de suas obras, pois foi a partir dali que nasceu a mistura que ele implementaria nas suas criações.
"Quando ouvi 'My Generation', com aquele feedback, achei maravilhoso. Um guitarrista fazia um solo e incluía uma parte de feedback. Enquanto eu costumava fazer sessões, e, se por acaso gerasse algum feedback, era expulso do estúdio", conclui, revelando que foi ali que ele achou a cereja do bolo que faltava para os discos que ele gravaria ao longo de sua carreira no Deep Purple e no Rainbow.
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