O motivo que, segundo Axl Rose, teria destruído o Guns N' Roses - mas, peralá...
Por Bruce William
Postado em 02 de junho de 2025
Na visão de Axl Rose, o Guns N' Roses tinha tudo para seguir os passos dos Rolling Stones. Bastava repetir a fórmula de "Appetite for Destruction" algumas vezes, colher os frutos e, em paralelo, experimentar outros caminhos musicais quando quisessem. Mas essa ideia, que parecia simples, jamais foi aceita pelos outros integrantes — segundo ele próprio.
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Em uma entrevista publicada em 2009 na Spinner e resgatada pela Far Out, Axl refletiu sobre os conflitos internos que levaram ao fim da formação clássica. Para ele, cada membro queria controlar a direção musical da banda, e isso inviabilizou qualquer continuidade real. "A necessidade pessoal de dominar no Guns era muito importante pra eles", afirmou. "Izzy precisa estar no controle, senão fica desconfortável. O mesmo com o Slash. E o Duff tenta se convencer de que é parceiro igual ao Slash. Cada um com o seu."
O vocalista garante que não se opunha à evolução do som da banda. O problema, segundo ele, era a falta de unidade. "Se você acha que eu não gostaria de ter feito cinco 'Appetites' e estar vivendo como os Stones naquela época, você tá maluco", declarou. "Com isso, qualquer outro caminho musical que eu quisesse seguir provavelmente teria sido possível também."

As disputas se acirraram na fase "Use Your Illusion", quando a banda ampliou o leque de estilos, arranjos e experimentações. E se já havia atritos em um disco direto como Appetite, os dois álbuns duplos deixaram claro que o Guns N' Roses não era mais uma banda em sintonia.
O curioso é que, com o tempo, foi o próprio Axl quem assumiu controle total do grupo. Com a saída de Izzy, Slash e Duff, ele passou a comandar o Guns à sua maneira, tomando todas as decisões, do som às formações, do repertório aos arranjos. Ou seja, a crítica que fez aos colegas acabou descrevendo o que ele mesmo se tornaria: o centro de gravidade de tudo.

É importante lembrar que essa fala veio em um momento de fortes tensões, quando Axl classificava Slash como "um câncer" que precisava ser "removido e evitado". Muita coisa mudou desde então. Em 2016, eles se reuniriam para retomar a parceria, e o tom público de Axl em relação aos ex-colegas ficou bem mais conciliador.
Se a banda ruiu pela disputa de egos, como Axl apontou naquela época, o fim pode ter sido menos uma tragédia inevitável e mais uma disputa vencida por ele. Só que ao custo de transformar o Guns N' Roses em algo bem distante do grupo que ele mesmo sonhava repetir "cinco vezes".

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