Os melhores discos de 20 grandes bandas de Heavy Metal
Por Mateus Ribeiro
Postado em 12 de maio de 2024
Sexta-feira, 13 de fevereiro de 1970. Nessa longínquo data, que poderia ser apenas mais um dia qualquer, a música passou por uma grande transformação. Foi exatamente nesse dia, há 54 anos (e algumas semanas) que uma banda inglesa chamada Black Sabbath lançou o seu debut autointitulado, que apresentou ao mundo o que conhecemos como Heavy Metal.
Desde então, o fã de Metal, conhecido como "metaleiro" (ou "headbanger") foi presenteado com uma infinidade de álbuns que se tornaram clássicos imortais do estilo musical mais apaixonante de todos os tempos. E você pode conferir alguns desses discos nesta matéria, que apresenta os melhores discos de 20 grandes bandas de Heavy Metal.
Melhores e Maiores - Mais Listas
A seleção especial é formada por álbuns gravados por titãs do Metal, como Black Sabbath, Iron Maiden, Judas Priest, Metallica, Megadeth, Slayer, Sepultura e outras lendas da música pesada. Aperte o play e confira!
"Paranoid" - Black Sabbath (1970)
"Black Sabbath" pode ter sido o pontapé inicial do Heavy Metal, mas "Paranoid" é um álbum praticamente perfeito. Além da inconfundível faixa-título, o álbum conta com hinos do calibre de "Iron Man", "War Pigs", "Electric Funeral" e "Fairies Wear Boots".
Se existisse uma "Copa do Mundo do Metal", "Paranoid" teria garantido mais títulos para a Inglaterra do que o English Team conquistou na Copa do Mundo de Futebol.
"Rising" - Rainbow (1976)
Um time que contava com o guitarrista Ritchie Blackmore, o vocalista Ronnie James Dio e o baterista Cozy Powell tinha capacidade suficiente para gravar uma obra-prima do Metal. E eles realmente fizeram isso (contando com a colaboração do baixista Jimmy Bain e do tecladista Tony Carey). Lançado em 1976, "Rising", que tem apenas seis faixas, é uma sinfonia metálica que DEVE ser ouvida ao menos uma vez na vida.
"The Number Of The Beast" - Iron Maiden (1982)
Escolher o melhor disco do Iron Maiden é uma tarefa indigesta, porém, "The Number Of The Beast" é um trabalho inigualável. Primeiro registro da banda gravado pelo vocalista Bruce Dickinson, "The Number Of The Beast" faz parte do bê-a-bá do Heavy Metal e mostra o poderio de uma banda que se tornou uma entidade para milhões de fãs.
A emblemática faixa-título, "Run To The Hills" e "Hallowed Be Thy Name" são os destaques de um disco que ainda conta com as maravilhosas "Children Of The Damned" e "22 Acacia Avenue".
"Melissa" - Mercyful Fate (1983)
Da improvável Dinamarca, veio o Mercyful Fate, grupo que bebeu da fonte do Heavy Metal, mas influenciou centenas de bandas de Death e Black Metal (estilos que ainda engatinhavam em 1983), através de letras que falavam sobre satanismo e outros temas obscuros.
"Melissa" é uma das pedras fundamentais do Metal Extremo e um trabalho cheio de "maldade", das primeiras notas de "Evil" aos últimos segundos da faixa-título.
"Bonded By Blood" - Exodus (1985)
O Thrash Metal é um estilo que surgiu nos anos 1980, caracterizado por composições extremamente rápidas, agressivas e ofensivas. Tal descrição combina perfeitamente com "Bonded By Blood", o explosivo debut do Exodus, que foi lançado em 1985 e quase 40 anos após seu lançamento, continua sendo considerado o "manual de instruções" do Thrash.
"Master Of Puppets" - Metallica (1986)
James Hetfield, Kirk Hammett, Cliff Burton e Lars Ulrich chocaram o mundo em 1983, com o primeiro disco do Metallica ("Kill 'Em All"). Em menos de três anos, o quarteto lançou mais dois álbuns, sendo que o terceiro, "Master Of Puppets", costuma ser citado (com frequência) como uma das maiores obras não apenas do Thrash, mas do Metal como um todo.
Em seu terceiro play, o Metallica atingiu o seu ápice criativo e técnico, como pode ser ouvido nas faraônicas "Battery", "Master Of Puppets", "Welcome Home (Sanitarium)" e "Orion". Infelizmente, "Master Of Puppets" foi o último disco do Metallica gravado por Cliff Burton, que morreu em setembro de 1986.
"Reign In Blood" - Slayer (1986)
Conhecido por suas músicas brutais e controversas, o Slayer é outro baluarte do Thrash Metal. A agressividade do quarteto fundado pelos guitarristas Kerry King e Jeff Hanneman atingiu níveis absurdos em outubro de 1986, quando "Reign In Blood" foi lançado.
Guiado pelas guitarras cortantes de Kerry e Jeff, "Reign In Blood" é caótico, pesado, rápido e extremamente brutal. Duvida? Então, ouça "Angel Of Death", "Altar Of Sacrifice", "Reborn" e a dobradinha "Postmortem"/"Raining Blood".
"Among The Living" - Anthrax (1987)
O carismático quinteto liderado pelo incansável guitarrista Scott Ian é responsável por outra maravilha do Thrash Metal. Terceiro disco de estúdio do Anthrax, "Among The Living" é rápido, pesado e viciante, já que músicas como a faixa-título, "Caught In A Mosh" e "Indians" grudam na cabeça de forma instantânea. Clássico absoluto, fundamental em qualquer coleção.
"Keeper Of The Seven Keys - Part II" - Helloween (1988)
Sai o Thrash e entra o Power Metal, carinhosamente conhecido como Metal Melódico ou Metal Espadinha. Fundado na Alemanha, o Helloween é o maior expoente do Power Metal e gravou uma das obras mais cultuadas do estilo: "Keeper Of The Seven Keys", que é dividida em duas partes.
A primeira parte de "Keepers…" é maravilhosa, mas a segunda consegue ser ainda melhor. "Eagle Fly Free", "Dr. Stein", "We Got The Right", "I Want Out" e "You Always Walk Alone" mostram por quais razões o Helloween é referência máxima no universo do Power Metal.
"Painkiller" - Judas Priest (1990)
"Painkiller" é o álbum mais Heavy Metal de todos os tempos. Acho que essa descrição diz o suficiente.
[an error occurred while processing this directive]"Rust In Peace" - Megadeth (1990)
Primeiro trabalho do Megadeth registrado pela formação clássica do grupo (Dave Mustaine, Marty Friedman, David Ellefson e Nick Menza), "Rust In Peace" é uma aula de Thrash Metal.
Técnico, veloz, pesado e complexo, "Rust In Peace" merece estar nesta lista por conta das magistrais "Holy Wars…The Punishment Due", "Hangar 18" e "Tornado Of Souls" (que tem um dos solos mais bonitos da história do Metal). Ainda há espaço para outras ótimas faixas, como "Five Magics", "Take No Prisoners" e "Lucretia".
"No More Tears" - Ozzy Osbourne (1991)
Os dois primeiros plays da carreira solo de Ozzy Osbourne são maravilhosos, porém, "No More Tears" é coisa de outro mundo. A faixa-título, "Mr. Tinkertrain", a tocante "Mama I'm Coming Home", "Road To Nowhere" e a incrivelmente subestimada "Won't Be Coming Home (S.I.N.)" estão entre as músicas mais profundas cantadas pelo Madman, que gravou "No More Tears" ao lado de um time pesado.
"Images And Words" - Dream Theater (1992)
O segundo álbum do Dream Theater é sensacional e apresentou ao mundo uma banda que (ainda) é capaz de fazer um som muito técnico e repleto de feeling. "Images And Words" é a obra mais célebre do Dream Theater e emplacou até mesmo um hit radiofônico, a inesquecível "Pull Me Under", música mais conhecida do quinteto.
Outros destaques de "Images And Words" são "Metropolis - Part I: The Miracle And The Sleeper", a linda balada "Another Day", "Take The Time" e "Surrounded".
"Chaos A.D." - Sepultura (1993)
O Metal brasileiro está muito bem representado aqui pelo Sepultura, grupo que balançou o mundo da música pesada em 1993, com "Chaos A.D.". Furioso, pesado, moderno e inovador, "Chaos A.D." passeia por vários estilos, do Thrash ao Groove, passando pelo Metal Industrial e pelo Hardcore.
[an error occurred while processing this directive]"Imaginations From The Other Side" - Blind Guardian (1995)
Sem sombra de dúvidas, um dos grandes clássicos do Power Metal. "Imaginations From The Other Side" é um resumo perfeito do som classudo, pesado, pomposo e potente do Blind Guardian. A faixa-título, "I'm Alive", "The Script For My Requiem", "Bright Eyes" e "And The Story Ends" são algumas das melhores músicas do Blind e estão nos corações dos fãs até os dias atuais.
"Draconian Times" - Paradise Lost (1995)
Se existisse uma faculdade de Gothic Metal, os músicos do Paradise Lost seriam os professores. E o colossal "Draconian Times" seria tema da aula inaugural.
Lançado em junho de 1995, "Draconian Times" é um disco pesado, obscuro e melancólico, que contém algumas das melhores músicas do icônico grupo inglês. Um dos destaques do álbum é "Forever Failure", que é mais triste do que pegar ônibus em uma manhã chuvosa de segunda-feira para ir ao trabalho e rendeu uma baita dor de cabeça para a banda.
"Demanufacture" - Fear Factory (1995)
Pesado, sombrio e brutal ao extremo, "Demanufacture" é um baita clássico do Metal Industrial. As guitarras pesadíssimas de Dino Cazares e os ótimos vocais de Burton C. Bell casaram muito bem, como pode ser ouvido em "Replica", "Zero Signal", "Self Bias Resistor" e na destruidora faixa-título.
"Clayman" - In Flames (2000)
Pioneiro do Death Metal Melódico, o In Flames mudou a sua sonoridade com o passar dos anos e transitou por diferentes estilos musicais. Mas, quando se fala a respeito do melhor disco do grupo, "Clayman" é praticamente uma unanimidade, pois além de apresentar os hits "Only For The Weak" e "Pinball Map", agrada fãs de todas as fases do quinteto.
"The Blackening" - Machine Head (2007)
Depois de mergulhar de cabeça no Nu Metal e derrapar em "Supercharger" (2001), o Machine Head voltou aos trilhos em 2003, quando lançou o ótimo "Through The Ashes Of Empires". Mas a redenção completa veio mesmo com "The Blackening", segunda obra-prima da banda liderada pelo guitarrista/vocalista Robb Flynn (a primeira é "Burn My Eyes").
Com "The Blackening", o Machine Head mostrou que a melodia era o complemento que faltava para complementar o som muito pesado produzido por Robb Flynn e seus camaradas. A mistura deu muito certo, tanto que pode ser ouvida em todos os discos posteriores do quarteto.
A admirável "Halo" é o grande momento de "The Blackening", que ainda apresenta em seu tracklist as poderosas "Beautiful Morning", "Aesthetics Of Hate" e "Clenching The Fists Of Dissent".
"The Living Infinite" - Soilwork (2013)
Para finalizar a lista, o álbum mais completo do Soilwork. "The Living Infinite" é um prato cheio para quem gosta de música que reúne peso, técnica e altas doses de feeling, mistura que também conta com a versátil voz de Björn "Speed" Strid, um dos grandes vocalistas de sua geração.
Para ouvir todos os discos da lista via Spotify, acesse a playlist a seguir.
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