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Guns N' Roses: O som da guitarra no Appetite for Destruction P.1

Por Filipe Zanella
Fonte: Vamos Falar de Guitarra
Postado em 23 de abril de 2014

Acredito que atualmente não seja necessário fazer uma apresentação para este álbum, pois as músicas são executadas exaustivamente em rádios, programas de tv, festas, propagandas, filmes. Já é um clássico e ponto. Porém é incrível como podemos nos surpreender onde menos esperamos. Talvez seja isso que torne determinadas obras tão impactantes. Deixe-me explicar melhor o que quero dizer. Eu ouço este álbum há mais de 10 anos, talvez seja o álbum que mais ouvi até hoje, portanto foi uma escolha natural para o início desta sessão no blog, e para minha surpresa, depois que comecei a pesquisar sobre ele, descobri histórias e ouvi coisas que ainda não tinha ouvido. É incrível como ele ainda tem elementos que são novos pra mim; talvez essa seja a profundidade que pode tornar uma obra à prova do tempo, que pode ser sempre revisitada sem nunca se tornar datada. Enfim, vamos à história.

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A guitarra do Slash

Como este é um assunto extenso decidi dividir as postagens em alguns capítulos, e o primeiro deles não poderia ser outro: as guitarras utilizadas por Slash na gravação do álbum.

Após a explosão do Guns n' Roses no final da década de 80, num período da música em que a guitarra tinha se tornado pasteurizada devido à extensa utilização de efeitos, Slash chamou a atenção do público e da mídia por trazer de volta um estilo clássico, baseado nos grandes guitar heroes dos anos 70. Era a velha combinação de Gibson Les Paul e Marshall.

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Porém, o que torna essa história interessante é que a guitarra que ficou famosa junto com Slash não era uma Gibson! Vocês podem argumentar que nos clipes iniciais vemos sem dúvida nenhuma o logotipo da Gibson no headstock da guitarra, e vocês estão certos quanto a isso. Porém esse logo está ali pois a guitarra é uma réplica que segue precisamente os padrões da Les Paul Gibson.

Gravando o Appetite

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Atualmente estão disponíveis na internet e em revistas dezenas de matérias (a maioria em inglês) dos ex integrantes do Guns n' Roses nas quais qualquer assunto ligado ao Appetite é discutido. E a história que é contada por Slash e Alan Nieven (produtor do Guns na época da gravação do Appetite) é muito similar.

No período em que a banda ia gravar, os membros do Guns n' Roses estavam afundados até a cabeça em festas, festas, mulheres, drogas e festas. E em uma delas a banda teria destruído seu apartamento, tendo um prejuízo de aproximadamente 20 mil dólares. Somando isto ao fato de heroína ser algo bem caro, temos Slash prestes a gravar o que viria a ser um dos álbuns mais importantes da história do rock "recente" e sem ter uma boa guitarra. Devido ao vicio em drogas ele havia vendido sua melhor guitarra, uma Les Paul, ficando apenas com uma Jackson Strat barata, que segundo ele ela soava muito mal , uma B.C. Rich Mockingbird.

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Slash diz é que você não conhece o som real de uma guitarra até começar a gravar com ela. Sim, isso mesmo, ele acreditava que o som dessa guitarra era bom, mas quando começaram as gravações, viu que estava em apuros. Tanto a Mockingbird quanto a Jackson não estavam fazendo com que ele conseguisse aquele som que já havia conseguido em outros tempos utilizando uma Les Paul. Estou me referindo principalmente ao som de guitarra solo. Nesta época Slash já havia se desfeito de uma Les Paul e tinha ficado obcecado em conseguir aquele som novamente.

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Alan Niven conta também que as cordas da Jackson estavam podres, ele disse para o guitarrista "Slash, suas cordas estão mortas". Então Slash foi trocar as cordas, e as tirou todas de uma vez, fazendo com que o braço empenasse. Segundo Niven, "a afinação daquela guitarra nunca mais foi a mesma".

Por coincidência minha primeira guitarra foi também uma Jackson, no meu caso uma Jackson Dinky. Essas guitarras são bem legais, e eu tenho a minha até hoje. Porém o timbre é totalmente diferente da Les Paul, acho que o que Slash queria era um som específico de Les Paul e com um cabelinho a mais de médios pra guitarra aparecer mais no mix final. Mas vamos parar a história neste ponto e voltar a ela depois.

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Kris Derrig

Kris Derrig foi um excelente Luthier norte americano, infelizmente já falecido. O cara morreu novo, em 1987, com apenas 33 anos, e muitos dizem que sua morte foi consequência de horas construindo guitarras sem proteção nenhuma contra os elementos químicos utilizados na construção e acabamento do material.

Kris era um rapaz muito focado, apaixonado por carros, The Allman Brothers e guitarras, além de ser cabeleireiro. Os mais próximos contam que quando ele se interessava por algo, ele era muito intenso, chegando a ser até meio bitolado, obcecado, etc... Bom, posso dizer que entendo esse cara...

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Esse fascínio e obsessão por guitarras foi o que o permitiu atingir um nível de excelência na construção do instrumento. E tal qualidade chamou a atenção de Jim Foote, um negociante de instrumentos.

Kris conheceu Jim Foote em 83, quando tentava vender a ele uma guitarra na qual ele havia refeito o acabamento. Impressionado, Jim contratou Kris para trabalhar na finalização de guitarras na Redondo Shop (California). Em 86, Jim Foot e Kris Derrig conseguiram a madeira que utilizaram para fabricação de diversas guitarras, incluido a Les Paul que viria a ser de Slash. Antes de ir parar nas mão de Slash em 22/12/1986, esta guitarra ficou cerca de 6 meses parada na loja.

Kris fez essa guitarra para arrecadar mais fundos que iria utilizar na personalização de um de seus carros.

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Voltando a Slash e Alan Niven...

Decidido então a encontrar uma boa guitarra para Slash gravar o álbum , Niven contata Jim Foote, da Redondo Shop. Não preciso dizer que a Les Paul réplica feita por Derrig vai parar nas mãos de Slash. Jim Foot concorda em deixar Alan Niven levar a guitarra para Slash tocar e no dia seguinte ele é fotografado usando a guitarra na Cat House, num show de lançamento do EP Live Like a Suicide.

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Essa guitarra traduziu em som o que Slash procurava e chegou em tempo de ser utilizada para as gravações dos solos do disco, as bases já haviam sido gravadas, segundo o guitarrista, ela foi utilizada em todos os seus solos no disco Appetite for Destruction.

A guitarra feita por Derrig é uma burst, réplica da Gibson Les Paul 59, porém com captadores Seymour Duncan Alnico Pro II e o braço similar ao da Gibson 58, um pouco mais grosso, que segundo alguns confere um som especial à guitarra.

Os captadores foram uma sugestão de Jim Foote; aparentemente estes eram seus preferidos, e é incrível como isso foi importante para fundamentar o timbre do Slash definitivamente.

Entrando para a história

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O que Slash não imaginava é que aquele som gravado no Appetite for Destruction se tornaria icônico e não poderia nunca mais ser reproduzido, nem mesmo por ele em outros discos (vamos discutir isso mais a fundo em outros posts).

A combinação das caraterísticas da réplica feita por Derrig somadas à utilização de um captador que não vinha de fábrica com a original resultou num timbre particular e que se tornou referência.

A morte de Kris Derrig tornou essa guitarra ainda mais valiosa, pois acredita-se que ele tenha feito apenas 24 Les Pauls em toda sua vida. E acredite, elas valem muito dinheiro e há muitos colecionadores interessados.

O próprio Slash comprou mais uma Les Paul feita por Derrig, em 1996, de Jim Foote.

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A réplica da réplica

Recentemente a Gibson lançou uma réplica da guitarra de Slash. Muitos criticam por ser a réplica da réplica, mas eu acredito que é um instrumento especial, com características únicas e que foi totalmente baseado na Gibson, o que não deixa de ser uma homenagem à marca. Devido a isso acho válida a inciativa deste lançamento. A versão da Gibson vem com os captadores Signature do Slash, feitos pela Seymour Duncan e baseados nos caps da guitarra do Derrig.

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A Seymour Duncan afirma que os captadores novos do Slash foram criados para dar mais saída, deixando o som mais agressivo, assim como o som do Appetite for Destruction. Honestamente eu não tenho uma opinião muito clara sobre estes captadores (nem os Signature e nem os Alnico Pro II da guitarra feita pelo Derrig), pois nunca toquei com nenhum deles, porém fiquei interessado.

Pessoalmente eu gosto de captadores mais agressivos na ponte, mas isso é conversa pra outro post.

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Publicado originalmente no Vamos Falar de Guitarra:
http://vamosfalardeguitarra.blogspot.com.br/2013/10/como-eles-conseguiram-aquele-som.html

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Sobre Filipe Zanella

Filipe Zanella é músico. Nasceu e vive em São Paulo e gosta de falar de guitarra, por isso criou o blog Vamos Falar de Guitarra, onde analisa álbuns, comenta sobre equipamentos e fala sobre suas experiências no mundo da música.
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