Evergrey: um álbum perfeito para quem ainda não conhece a banda
Resenha - Atlantic - Evergrey
Por Junior Ferreira e Henrique Haag Ribacki
Postado em 06 de fevereiro de 2019
Lançado em 25 de Janeiro de 2019 o 11º álbum de estúdio do Evergrey traz uma grande diversidade dentro do que a banda veio nos oferecendo nesses mais de 20 anos de carreira. Mesmo com menos recursos como corais e participações especiais e até mesmo em fotografia em relação aos videoclipes se comparado com o seu antecessor "The Storm Within" (2016), o novo álbum não fica nem um pouco atrás em qualidade musical em que a banda compensa na própria "cozinha" trazendo riffs e solos simplesmente estonteantes.
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"A Silent Arc" inicia com um som de um submarino, e em seguida nos presenteia com um dos riffs mais agressivos que a banda já criou nos últimos anos, parecendo que ondas gigantescas estão em colisão com a sua cabeça! A música tem uma atmosfera bem variada, que é uma das características mais marcantes da banda e que os fãs gostam muito, combinando muito peso e melodia. O vocal menos agressivo e mais dramático de Tom é um destaque na abertura deste álbum. Os teclados de Rikard, desde o último álbum "The Storm Within", parece ter um destaque maior ainda, com arranjos simplesmente inacreditáveis. Foi o primeiro single que a banda soltou antes do lançamento do álbum, mostrando perfeitamente qual é o direcionamento desse novo álbum.
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"Weightless" começa com o peso da bateria de Jonas e o riff pesado de Henrik, sem dúvida é uma das músicas mais comerciais que a banda já lançou, lançar um videoclipe para ela foi uma boa sacada! Tom leva o vocal pra um linha mais pop, a música é repetitiva, mas nem por isso é ruim, talvez seja a mais fácil de "digerir" para aqueles que ainda não conhecem ou ainda estão começando. O baixo de Johan se ouve mais do que nunca, timbre, peso, simplesmente perfeitos para o que a banda vem fazendo nos últimos anos. O solo de guitarra tem bastante destaque, marcando a entrada para uma parte instrumental bem pesada!
"All I Have" começa mais misteriosa, com riffs de guitarra bem diferentes do que estamos costumamos. A impressão que temos é que Tom se entrega quando canta, como se estivesse julgando a si próprio por não poder oferecer mais do que tem, música muito profunda. O baixo de Johan e a bateria de Jonas marcam o tempo, enquanto o refrão é um dos mais tristes da banda nos últimos anos. O solo de guitarra de Tom mostra um lado bem melodioso e triste, enquanto o solo final da música de Henrik marca de uma forma diferenciada as melodias principais da música, parecido com a "Black Undertow" do álbum "Hymns for the Broken" (2014).
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"A Secret Atlantis" começa bem pesada, tem vocais levemente rasgados, diferente das músicas anteriores, mas sem forçar muito a barra. O refrão é muito marcante começando com vocal forte passando em seguida por uma linha mais melódica e finalmente terminando de forma um pouco mais agressiva. Essa música lembra um pouco o álbum "Torn" (2008) pelo peso das guitarras. A única do álbum que tem um solo de teclado de Rikard que se mistura com os riffs de guitarra perfeitamente, marcando muito bem o meio da música de forma diferenciada antes do solo de guitarra.
"The Tidal", faixa instrumental que traz o clima do título do álbum como se fosse a reprodução de algo relacionado ao oceano, serve perfeitamente de introdução para a música seguinte "End Of Silence", que também teve um videoclipe lançado com cenas do show da banda na sua terra natal, Gotemburgo.
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"End of Silence" poderia ser muito bem uma faixa do "The Storm Within"! Lembra inclusive a faixa título do álbum anterior, mais lenta, diferenciada, progressiva, começando devagar e crescendo com o refrão bem melódico. O solo de guitarra não é virtuoso, é uma mistura de teclado bem diferente do restante do álbum, mas que combina muito com a música.
"Currents" é uma música Evergrey "raiz", lembra canções como "Nosferatu" ou "More Than Ever", mas sem corais, o que aliás ficou faltando nesse álbum. É uma música pesada, com refrão forte, destaque novamente para o baixo de Johan e o teclado de Rikard no refrão! Destaque para o solo de Tom "à la" David Gilmore do Pink Floyd.
"Departure¨ é um casamento lindo entre baixo, teclado e bateria, música que arrepia e até faz chorar os mais sentimentais. O som da guitarra limpa e do violão são perfeitos. A melodia principal de teclado que se repete ao decorrer da música, parecido com o que podemos ouvir durante o álbum anterior ¨The Storm Within¨. Mesmo se tratando de uma balada, a música mostra o seu peso em várias partes que é a principal característica desse álbum como um todo, porém de forma mais simples com melodias mais tristes, com a presença de todos os instrumentos. Em baladas como ¨...and the Distance...¨ (Glorious Collision, 2011), por exemplo, vemos também a combinação entre peso e melodia, mas evoluindo de uma forma mais rápida e menos dramática. Outras também conhecidas como "Waking Up Blind" (The Inner Circle, 2004) e "Closure" (Monday Morning Apocalypse, 2006) em que durante a música inteira a guitarra aparece em um solo muito discreto ou a música segue praticamente só com piano e voz vemos "Departure" se destacando como uma das baladas mais diferentes em estrutura musical do que os exemplos apresentados e como as outras que já estamos acostumados, com certeza uma música de grande destaque.
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"The Beacon" durante a introdução ouvimos conversas ao fundo, lembrando os álbuns anteriores com partes faladas que certamente tem referência com o conceito central desse e dos últimos dois trabalhos da banda. Além disso temos a referência ao oceano com som de pássaros e ondas, mais uma vez uma música que nos lembra da temática adotada para o álbum. E como não poderia faltar, o peso das guitarras e do baixo é muito presente e ganha muito destaque juntamente com os teclados de Rikard que a todo momento nos traz a referência do oceano. Ao final temos o fechamento com uma bela melodia de violão.
"This Ocean" é uma das músicas mais pesadas do álbum e que traz muitos elementos de power metal, mais agitada com riffs mais frenéticos. Guitarras e bateria agressivas, o ótimo refrão que repete bastante. Uma música ótima para fechar o álbum com chave de ouro e deixar com a aquela vontade de repetir todas as músicas por diversas vezes.
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Tracklist:
01. A Silent Arc
02. Weightless
03. All I Have
04. A Secret Atlantis
05. The Tidal
06. End Of Silence
07. Currents
08. Departure
09. The Beacon
10. This Ocean
Lançamento AFM Records com distribuição no Brasil pela Valhall Music e Urubuz Records.
A página Evergrey Brazil vem trabalhando arduamente para retomar o sucesso da banda no Brasil realizando sorteios e gerando conteúdo para os seus fãs. De o seu like na página e ajude a trazê-los na turnê do novo álbum!
Mais informações:
https://www.facebook.com/evergreybrazil/
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