Horizon Ignited chega ao terceiro disco e acha seu lugar no concorrido cenário do death melódico
Resenha - Tides - Horizon Ignited
Por Mário Pescada
Postado em 05 de julho de 2025
Nota: 8 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Diretamente da Finlândia, o Horizon Ignited é outro bom nome dentro do concorridíssimo segmento do death metal melódico, segmento em que brotam bandas, sobretudo na Europa.
Construindo sua carreira aos poucos, com lançamentos espaçados e muitos shows pela região, o grupo chegou ao seu terceiro disco, "Tides" (2025), lançado no Brasil pela parceria Shinigami Records com a Reaper Entertainment.

O sexteto segue à risca o tripé que os fãs do estilo esperam encontrar em um disco de death metal melódico: peso, melodia e gravação impecável, tudo convivendo harmoniosamente.
Começando pelo peso. Para dar uma temperada ou mesmo como uma maneira de se diferenciar no meio desse mar de bandas, o Horizon Ignited propositadamente deixou seu som mais pesado nesse lançamento graças ao metalcore e a distorção alta e afinação baixa das guitarras, beirando o djent. Os fãs tradicionais do estilo podem ficar tranquilos: foram intervenções pontuais que não fizeram o grupo tirar os dois pés do death metal melódico.
Segundo pilar, da melodia. Os destaques ficam para o tecladista Miska Ek e o vocalista Okko Solanterä. Discreto nas suas intervenções, Miska criou boas ambientações, efeitos de fundo e intervenções curtas, porém certeiras. Já Okko, uma revelação, consegue alternar seus vocais com facilidade, seja cantando de forma limpa, rasgada ou urrada, demonstrando muita versatilidade. Se vai conseguir replicar ao vivo essas variações na voz com essa mesma desenvoltura do estúdio...
Por fim, a gravação. Com a tecnologia de gravação digital cada vez mais acessível, ter um disco bem gravado já não é um diferencial, a questão é saber gravá-lo e o resultado aqui ficou muito bom. Juho Räihä, guitarrista do Swallow The Sun, assina a gravação que durou apenas três semanas. A mixagem e masterização ficaram por conta de Chris Clancy (Amon Amarth, Machine Head, Overkill, Kataklysm).
Os quarenta minutos de "Tides" (2025) passam rápido, as faixas estão bem niveladas, mas se for para apontar destaques, eu fico com a abertura "Beneath The Dark Waters" com uma intro bem legal de sintetizadores; "Ashes", que teve a participação de Jaakko Mäntymaa (Marianas Rest, ex- ID: Exorcist) que tem baixo distorcido, bons vocais, teclados carregados, um trecho metalcore com parada bruta e peso na volta; "Welcome To This House Of Hate" (não se assustem com o começo techno/eletro) e seu refrão que vai soar bem ao vivo; "Fraction Of Eternity" que traz uma boa combinação de guitarra de metal moderno com bom refrão e a faixa título, quase um prog metal, bem agradável graças a bela voz de Okko.
Não é fácil ter um trabalho se destacando em um meio em que bandas como In Flames, Dark Tranquility, The Halo Effect lideram, mas aos poucos, o Horizon Ignited vai conquistando seu lugar no sol - ainda que lá no Norte escandinavo ele não seja tão quente assim.
Formação:
Okko Solanterä: vocais
Johannes Mäkinen: guitarra
Vili Vottonen: guitarra
Miska Ek: teclados
Jiri Vanhatalo: bateria
Jukka "jugi" Haarala: baixo
Faixas:
01 Beneath The Dark Waters
02 Ashes feat. Jaakko Mäntymaa
03 Baptism By Fire
04 Welcome To This House Of Hate
05 My Grave Shall Be The Sea (Leviathan Pt. II)
06 Prison Of My Mind
07 Fraction Of Eternity
08 Aurora’s Dance
09 Tides
10 Fragments
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Baterista quebra silêncio e explica o que houve com Ready To Be Hated, de Luis Mariutti
Os shows que podem transformar 2026 em um dos maiores anos da história do rock no Brasil
O "Big 4" do rock e do heavy metal em 2025, segundo a Loudwire
O álbum que define o heavy metal, segundo Andreas Kisser
Dio elege a melhor música de sua banda preferida; "tive que sair da estrada"
O lendário guitarrista que é o "Beethoven do rock", segundo Paul Stanley do Kiss
Para criticar Ace Frehley, Gene Simmons mente que ninguém morre devido a quedas
O primeiro supergrupo de rock da história, segundo jornalista Sérgio Martins
A opinião de Ronnie James Dio sobre Bruce Dickinson e o Iron Maiden
A canção dos Rolling Stones que, para George Harrison, era impossível superar
Como foi lidar com viúvas de Ritchie Blackmore no Deep Purple, segundo Steve Morse
Bloodbath anuncia primeira vinda ao Brasil em 2026
O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"
A banda que gravou mais de 30 discos inspirada em uma única música do The Doors
O álbum que é uma obra-prima tanto para Jimi Hendrix quanto para Kate Bush
Rita Lee e a inspiração pra "Menino Bonito": o amor por João Ricardo, do Secos & Molhados
As 10 melhores músicas instrumentais de guitarristas, segundo Joe Satriani
Lars Ulrich, do Metallica, quase saiu no tapa com Lou Reed


"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional
"Rebirth", o maior sucesso da carreira do Angra, que será homenageado em show de reunião
Metallica: "72 Seasons" é tão empolgante quanto uma partida de beach tennis
Pink Floyd: The Wall, análise e curiosidades sobre o filme



