Howling Giant: A saga continua
Resenha - Black Hole Space Wizard; Part 2 - Howling Giant
Por Ricardo Cunha
Postado em 27 de outubro de 2017
Continuando a saga conceitual que teve sua Parte 1 publicada a pouco, os nerds de Nashville (USA), seguem sua narrativa insólita sobre viagens espaciais, marinheiros condenados e um inferno android numa cruzada de morte, etc. e tals. Lançado em agosto deste ano (2017) esta segunda parte se mostra numa sequência lógica relativamente à primeira. Executando riffs elaborados, "Black Hole Space Wizard: Part 2" foi novamente produzido por Chris Frasco com ajuda da banda, e mixado por Kim Wheeler. Lançado quase que um ano depois do seu antecessor, suas seis faixas que totalizam 31 minutos levam o trio formado pelo guitarrista/vocalista Tom Polzine, o baixista/vocalista Roger Marks e o baterista/vocalista Zach Wheeler a um níveil mais alto de execução do próprio material. O disco, repleto de harmonias e vocais justapostos, causa uma sensação de "clássico" que pode virar "épico". A sonoridade é densa mas, em virtude da habilidade dos músicos, parece tão fácil tocar quanto mover uma determinada peça de um quebra-cabeças e, dessa forma, mudar a música de direção.
"Henry Tate", com seus vocais falados trás a primeira de muitas contribuições de Drew Harakal, que participou do disco como convidado. "The Pioneer" trás solos com a marca de Polzine: início suave e ápice galopante que enfatiza pontos marcantes da história contada. Em "Visions", é possível perceber as camadas de efeitos no estilo redemoinho e os arranjos elaborados com uso de teclado/sintetizador (novamente por Harakal). The "Forest Speaks", é uma instrumental curta que se destaca pelo uso elegante do violão clássico. Em "Circle of Druids", assim como em harmonias anteriores, a sensação que fica é a de uma história projetada em três partes, sendo porém, executada de uma única vez. Em "Earth Wizard", a última canção, se introduz de forma quase letárgica, mas, vai ganhando corpo até, atingir, em seu ápice, massa e peso dignos de super produções do cinema.
Flertando com bandas de rock progressivo, a banda, nesta parte da história, apresenta composições mais longas do que a primeira. Em "Black Hole Space Wizard: Parte 2″, parece estabelecer uma espécie de compromisso tácito para desenvolver e assumir uma abordagem própria e cheia de personalidade. O que possibilita concretizar um maior alcance estilístico diante de seu público que encontra-se em estágio de formação. Por fim, sendo este, um capítulo de uma série, os caras demonstram maturidade ao se preocupar com a coerência entre as parte e com a consistência da obra como um todo.
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