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O baterista que parecia inatingível para Neil Peart; "muito além do meu alcance"

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Postado em 05 de dezembro de 2025

Em 2003, no meio da turnê de "Vapor Trails" com o Rush, Neil Peart topou escrever um texto para o site da Zildjian. A ideia era responder a um questionário sobre sua história como baterista, mas ele travou logo na primeira pergunta: quem foi o primeiro a inspirá-lo a tocar? Ao tentar responder, acabou voltando à infância, aos filmes de TV, aos discos da família e aos nomes que definiram o jeito como ele enxergaria a bateria pelo resto da vida.

O ponto de partida foi The Gene Krupa Story, cinebiografia do lendário baterista de jazz. Vendo o filme aos onze ou doze anos, Neil ficou fascinado com a maneira como a história de Krupa era apresentada: ser baterista parecia algo excitante, elegante, até perigoso. Ele começou a bater em móveis e no cercadinho da irmã com par de hashis, até que, aos 13, ganhou dos pais um bloco de treino, baquetas e aulas de bateria. Havia uma condição clara: o kit "de verdade" só viria se ele levasse aquilo a sério por pelo menos um ano. Enquanto isso, o garoto montava "baterias de fantasia" com revistas espalhadas pela cama e ia literalmente arrancando as capas no braço.

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Foto: Promo DW - Sabian
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Outra referência importante veio de dentro da família. O tio Richard, apenas um ano mais velho, tocava em uma banda chamada The Outcasts, formada por garotos brancos fazendo versões de Sam & Dave, Wilson Pickett, Otis Redding e James Brown. Para quem tinha crescido ouvindo o pop branco dos anos 50 e começo dos 60, aquilo foi um choque de realidade: um primeiro contato com um som mais quente, mais ligado ao soul, que funcionava quase como uma "música alternativa" dentro do universo em que Neil vivia no sul de Ontário.

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Quando Beatles e Rolling Stones estouraram, ele ainda era novo demais para sentir o impacto completo. A ficha começou a cair alguns anos depois, com a "segunda leva" britânica: The Who, Kinks, Yardbirds, além das bandas psicodélicas americanas que surgiam na mesma época. O grupo favorito daquele período era justamente o The Who, que vinha da mesma base de soul branco - o tal "Maximum R&B" - e ainda colocava James Brown no repertório. Na bateria, Keith Moon apareceu para Neil como uma espécie de versão rock de tudo o que o seduzira em Gene Krupa: energia exagerada, espetáculo visual, sensação de perigo constante.

Em paralelo, Neil via Buddy Rich com frequência na televisão. Mas, ao contrário de Krupa ou Moon, ali a sensação era outra: ele só conseguia balançar a cabeça, como se estivesse diante de algo impossível de alcançar. "Naqueles mesmos anos, eu via com frequência Buddy Rich tocar na televisão, no 'Tonight' show, mas eu só balançava a cabeça - ele parecia estar muito além do meu alcance. Como Gene disse sobre Buddy: 'Existem todos os grandes bateristas do mundo - e depois existe o Buddy'". Só muito tempo depois Neil começaria a entender de fato o que estava ouvindo e vendo quando Buddy tocava, a ponto de compreender por que ele era tratado quase como um ponto fora da curva entre os bateristas: "Com o tempo, eu saberia tão bem quanto qualquer um por que ele era tão reverenciado."

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Essas camadas de influência - o glamour de Krupa, a loucura controlada de Keith Moon, a sofisticação inatingível de Buddy Rich, mais o soul das bandas do tio e a explosão do rock britânico - acabariam se misturando na linguagem que Neil desenvolveu no Rush. No texto para a Zildjian, porém, ele não estava preocupado em falar de técnica ou polir a própria história. Queria apenas mostrar como, na cabeça de um garoto canadense dos anos 60, a bateria começou com um filme na TV, passou por bandas de baile da família e terminou esbarrando num cara que, durante muito tempo, pareceu simplesmente inalcançável.

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Sobre Bruce William

Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
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