RECEBA NOVIDADES ROCK E METAL DO WHIPLASH.NET NO WHATSAPP

Matérias Mais Lidas


Outras Matérias em Destaque

A situação proporcionada por Lemmy Kilmister que Scott Ian não vai esquecer

Rob Halford acha que Lemmy Kilmister era um compositor brilhante

Vocalista Silje Wergeland anuncia saída do The Gathering

Como surgiu a amizade e admiração mútua entre Rita Lee e Brigitte Bardot

Max, Andreas, Fernanda e Prika falam sobre Lemmy; "Esse cara fuma 40 cigarros de uma vez?!"

O músico que Ritchie Blackmore considera "entediante e muito difícil de tocar"

O melhor guitarrista base de todos os tempos, segundo Keith Richards

O álbum "agradável" considerado o pior do Dream Theater, segundo o Loudwire

A música do Mastodon que deixou o baterista Charlie Benante intrigado

A música sombria do Machine Head que quase fez Robb Flynn chorar

Michael Sweet vê novo disco do Sweet & Lynch com ressalvas

A reação da "diva" Tarja Turunen ao ouvir o Within Temptation pela primeira vez

Tony Iommi relembra Lemmy Kilmister, que faleceu há exatos 10 anos

A faixa do Iron Maiden que ficou com 5 minutos a mais do que eles imaginaram

O estúdio onde lendas do rock gravaram discos históricos - e que vulcão destruiu


Bangers Open Air

A banda que gravou mais de 30 discos inspirada em uma única música do The Doors

Por
Postado em 06 de dezembro de 2025

Pouca gente leva a sério o Status Quo quando o assunto é "sofisticação". Durante décadas, a banda britânica carregou a fama de viver de três acordes e do mesmo andamento batido, como se tivesse gravado o mesmo disco dezenas de vezes. O curioso é que o próprio grupo sempre brincou com essa imagem: depois de quase trinta álbuns, eles lançaram em 2007 o irônico "In Search of the Fourth Chord", admitindo, na capa, o que muita gente jogava na cara há anos.

Doors - Mais Novidades

Foto: Reprodução - Rockin All Over The World
Foto: Reprodução - Rockin All Over The World
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

O começo, porém, foi bem diferente do estereótipo. No fim dos anos 60, faixas como "Pictures of Matchstick Men" colocavam o Quo mais perto da psicodelia pop do que daquele boogie pesado, repetitivo e cativante que viria depois em músicas como "Down Down" e na versão de "Rockin' All Over the World". Em algum ponto da virada para os anos setenta, a banda abandonou de vez o colorido lisérgico e mergulhou naquele 12-bar básico que marcaria tudo o que veio depois.

Mas o gatilho para essa virada não saiu de um estúdio, e sim de um sistema de som de boate. Segundo Francis Rossi, foi numa noite em Bielefeld, na Alemanha, que o Status Quo literalmente tropeçou na fórmula que levaria adiante por mais de trinta discos. Ele e Rick Parfitt estavam num clube chamado X Club, observando um casal dançar, quando entrou "Roadhouse Blues", do The Doors. "Estávamos vendo um casal dançar, e quando 'Roadhouse Blues' começou a tocar eles passaram a se mexer de um jeito totalmente diferente. Muito sexy. O andamento era tipo 'uau!'", contou Rossi à Total Guitar (via Far Out).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Aquela resposta imediata da pista acendeu uma luz que não se apagaria mais. Ali ficou claro que aquele shuffle simples, direto e arrastado na medida certa servia exatamente para o tipo de banda que eles queriam ser dali em diante. "Ficamos hipnotizados pelo jeito como o cara e a garota se mexiam", lembrou o guitarrista. "A gente se olhou e disse: 'vamos pegar um pouco disso aí!'. Foi dessa música que nasceu o nosso boogie shuffle de doze compassos." A partir daí, o Status Quo passou a construir praticamente todo o repertório em cima daquela sensação: um riff quadrado, repetitivo, cheio de peso, pensando muito mais na reação das pessoas na frente do palco do que em agradar crítico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - CLI
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Nos álbuns seguintes, especialmente a partir de "Piledriver" (1972), a banda começou a engrossar o som dobrando guitarras em estúdio e refinando o encaixe entre Rossi e Parfitt. O próprio Francis explicou o segredo da parceria: "Fundamentalmente, o que fazia funcionar era o Rick tocando aquele ritmo e eu tocando por cima disso. Ele tocava muito no ataque para baixo e eu vinha com a batida mais solta, e as duas coisas funcionavam muito bem juntas". Ou seja, o "Quo boogie" era menos sobre inventar acordes novos e mais sobre um motor rítmico que parecia não cansar nunca.

Com o tempo, o grupo passou a ser acusado de repetir a mesma ideia à exaustão, mas nunca se mostrou muito preocupado em rebater isso. A lógica era justamente manter tudo simples o bastante para que a engrenagem funcionasse noite após noite, turnê após turnê, disco após disco. Enquanto bandas mais complexas se enroscavam em mudanças de direção, o Status Quo seguiu empilhando álbuns calcados no mesmo impulso que viu naquela pista de dança na Alemanha.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE - GOO
Anunciar no Whiplash.Net Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

No fim das contas, o que muita gente enxerga como limitação é, na prática, uma decisão consciente de apostar em um único terreno: um terreno descoberto quando "Roadhouse Blues" começou a tocar e dois guitarristas ingleses perceberam que dava para construir uma carreira inteira em cima daquele tipo específico de balanço.

Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsAppCompartilhar no Twitter

Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps


Stamp


publicidadeLuis Alberto Braga Rodrigues | Rogerio Antonio dos Anjos | Everton Gracindo | Thiago Feltes Marques | Efrem Maranhao Filho | Geraldo Fonseca | Gustavo Anunciação Lenza | Richard Malheiros | Vinicius Maciel | Adriano Lourenço Barbosa | Airton Lopes | Alexandre Faria Abelleira | Alexandre Sampaio | André Frederico | Ary César Coelho Luz Silva | Assuires Vieira da Silva Junior | Bergrock Ferreira | Bruno Franca Passamani | Caio Livio de Lacerda Augusto | Carlos Alexandre da Silva Neto | Carlos Gomes Cabral | Cesar Tadeu Lopes | Cláudia Falci | Danilo Melo | Dymm Productions and Management | Eudes Limeira | Fabiano Forte Martins Cordeiro | Fabio Henrique Lopes Collet e Silva | Filipe Matzembacher | Flávio dos Santos Cardoso | Frederico Holanda | Gabriel Fenili | George Morcerf | Henrique Haag Ribacki | Jorge Alexandre Nogueira Santos | Jose Patrick de Souza | João Alexandre Dantas | João Orlando Arantes Santana | Leonardo Felipe Amorim | Marcello da Silva Azevedo | Marcelo Franklin da Silva | Marcio Augusto Von Kriiger Santos | Marcos Donizeti Dos Santos | Marcus Vieira | Mauricio Nuno Santos | Maurício Gioachini | Odair de Abreu Lima | Pedro Fortunato | Rafael Wambier Dos Santos | Regina Laura Pinheiro | Ricardo Cunha | Sergio Luis Anaga | Silvia Gomes de Lima | Thiago Cardim | Tiago Andrade | Victor Adriel | Victor Jose Camara | Vinicius Valter de Lemos | Walter Armellei Junior | Williams Ricardo Almeida de Oliveira | Yria Freitas Tandel |
Siga Whiplash.Net pelo WhatsApp
Anunciar bandas e shows de Rock e Heavy Metal

Sobre Bruce William

Quando Socram chegou no Whiplash.net era tudo mato, JPA lhe entregou uma foice e disse "go ahead!". Usou vários nomes, chegou a hora do "verdadeiro". Nunca teve pretensão de se dizer jornalista, no máximo historiador do rock, já que é formado na área. Continua apaixonado por uma Fuchsbau, que fica mais linda a cada dia que passa ♥. Na foto com a Melody, que já virou estrelinha...
Mais matérias de Bruce William.

 
 
 
 

RECEBA NOVIDADES SOBRE
ROCK E HEAVY METAL
NO WHATSAPP
ANUNCIE NESTE SITE COM
MAIS DE 4 MILHÕES DE
VIEWS POR MÊS