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Pop Javali: Excelente em todos os aspectos

Resenha - Resilient - Pop Javali

Por Victor Freire
Fonte: Rock'N'Prosa
Postado em 30 de maio de 2017

Nota: 9 starstarstarstarstarstarstarstarstar

Após o lançamento do álbum Live in Amsterdam (2016), que capturou a performance do Pop Javali em um dos shows em sua turnê europeia, o ano de 2017 marca o lançamento do seu mais novo trabalho de estúdio, Resilient (2017). O álbum, lançado pela Voice Music, é o terceiro álbum da banda formada por Marcelo Frizzo (baixo e vocal), Loks Rasmussen (bateria) e Jaeder Menossi (guitarra).

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O instrumental A New Beginning abre o álbum, que dá logo lugar à cativante e pesada Hollow Man. Gostei muito da composição, os intrumentos estão todos muito bem coesos. O peso da guitarra, acompanhado do pedal duplo na bateria e da saturação no baixo unem velocidade e contrastam com um refrão mais lento. Drying the Memories possui introdução no baixo adicionada de um excelente riff na guitarra, no melhor estilo heavy metal anos 80. Além disso, a música varia bastante as melodias — característica que aparece muito no Resilient (2017).

Algo que chama muito a atenção são os timbres escolhidos para os instrumentos, principalmente a guitarra. É possível sentir o peso e mesmo assim entender tudo o que está sendo tocado.

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O Pop Javali, além do peso, explora também o lado mais clássico do rock em composições como Reasonable, Turn Around e Shooting Star. Tudo funcionou muito bem no álbum, as músicas mais lentas são contrastadas com músicas mais pesadas e velozes como We Had it Coming, além das já citadas no início do álbum. Um lado mais técnico é mostrado em Broken Leg Horse, lembrando um pouco o Judas Priest. Novamente, variações no andamento da música podem ser percebidas, com a inclusão de um excelente solo sob uma base veloz e pesada.

O Resilient (2017), na verdade, é o primeiro trabalho de estúdio que escuto do Pop Javali — o primeiro foi o Live in Amsterdam (2016). O que chamou a atenção na sonoridade é como a banda funciona bem executando músicas pesadas e melódicas. E já que fiz esse comentário, Undone é a composição que une muito bem esses dois elementos — ela balanceia peso e passagens melódicas. Essa música mostrou, de fato, que o Pop Javali não é qualquer coisa. O álbum é encerrado com a pesada Resilient, arrisco a dizer que possui uma linha quase "thrash", abrindo espaço até para um vocal mais agressivo de Marcelo; e com a calma Renew our Hopes.

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Na física, a resiliência descreve a capacidade de um material retomar ao seu formato original após ser submetido a uma deformação; já na psicologia, descreve um indivíduo capaz de suportar mudanças. Puxando o assunto para o álbum, temos músicas pesadas, leves, clássicas, melódicas, etc. Tudo em unidade, remetendo a um único formato, um álbum. Não achei o conceito forçado, traduziu bem o sentimento que ficou após concluir a audição do Resilient (2017).

O trabalho gráfico do álbum está à altura das músicas. A arte da capa é assinada por João Duarte e a gravação ocorreu no Busic Studio, em São Paulo/SP.

O Pop Javali pratica um heavy metal, mas também explora a vertente mais clássica do rock, algo como o Uriah Heep. As músicas conseguem se comunicar muito bem entre si — na unidade do álbum. As variações melódicas são evidentes nas composições, e isso é algo que levo bastante em consideração quando escuto um trabalho.

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#Tracklist:
1.A New Beginning
2.Hollow Man
3.Drying the Memories
4.Reasonable
5.We had it Coming
6.Shooting Star
7.Turn Around
8.Broken Leg Horse
9.Undone
10.Show you the Money
11.Resilient
12.Renew our Hopes

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Sobre Victor Freire

Professor universitário e mestre em Engenharia Mecânica pela UFRN. Nascido no deserto de Mossoró/RN. É fã e colecionador de itens relacionados ao rock'n'roll. Editor-chefe do blog Rock'N'Prosa e guitarrista do Godhound. Acessa o Whiplash! desde a infância e colabora com o site sempre que possível.
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