Heaviest: Recomendado aos bangers que acompanham a cena nacional
Resenha - Nowhere - Heaviest
Por Fabio Reis
Postado em 04 de janeiro de 2016
Algumas pessoas tem uma certa intolerância quando a palavra MODERNO é mencionada em uma resenha de um disco de Heavy Metal. Concepções pra lá de equivocadas dão conta de que nada que soe moderno pode ser realmente bom. Isso ocorre por que grande parte dos Headbangers são extremamente conservadores e preferem não abandonar sua zona de conforto. Querem o mais tradicional, pois assim não precisam assimilar nenhum elemento novo, sabem o que esperar e assim, muitas vezes não dão chances a ótimos álbuns sem nem ao menos ouvir. Trata-se do famoso "Não ouvi e não gostei" adotado por um grande número de fãs de Metal.
O Heviest é a prova inconteste de que quem possui tal pensamento está totalmente equivocado. O grupo é formado pelo renomado vocalista Mario Pastore, Guto Mantesso (Guitarra), Marcio Eidt (Guitarra), Renato Dias (Baixo) e Vito Montanaro (Bateria). O quinteto aposta em um Heavy Metal bem pesado, com uma produção cristalina e diversas referências a grupos como Adrenaline Mob e Disturbed.
É claro que essas influências chegam acompanhadas de muita originalidade e uma identidade muito forte. Pastore mostra em "Nowhere", o primeiro álbum de estúdio da banda, uma nova faceta até então desconhecida por seus fãs. Os vocais estão super agressivos, técnicos como sempre e o Heavy apresentado trás em alguns momentos, riffs e linhas de guitarra que chegam até mesmo lembrar o Pantera, tamanho o peso e o groove despendido na construção das faixas.
Se você acha que por isso, vai escutar uma coleção de canções cheias de invencionices e flertes com sonoridades duvidosas, tremendo engano. "Nowhere" trás composições grudentas, com refrões espetaculares e muito feeling. Os músicos são todos ótimos e se destacam sem tentar soar virtuosos e o MODERNO aqui, se torna sinônimo de Heavy Metal competente, empolgante, inspirado e o principal, livre de clichês.
Cito como destaque, algumas faixas que me conquistaram logo nas primeiras audições. A trinca inicial formada por "Buried Alive", "Decisions" e Nowhere" é simplesmente fabulosa e resume muito bem o direcionamento musical do Heviest. "Crawling Back" e "Land Of Sin" primam pelo peso, possuem uma dose extra de agressividade e ambas são pontos altos do disco. Ainda menciono a ótima "Torment", com uma levada empolgante e um refrão pegajoso, mostra toda a versatilidade dos músicos. Apesar dos destaques individuais, vale salientar que o trabalho é bem homogêneo e deve ser conferido em sua totalidade.
Para divulgação do álbum, foram gravados dois vídeos, um para a faixa título "Nowhere" e outro para "Decisions". O disco foi lançado em sua versão nacional pela MS Metal e internacionalmente pela Power Prog, contendo duas faixas bônus, "The Mob Inside Me" e "Finding A Way" (Acoustic Version).
Recomendo este registro de estréia do Heviest a todos os Headbangers que acompanham a cena nacional e principalmente, para aqueles que possuem a mente aberta e não se influenciam com regras pré estabelecidas, mas sim, apreciam a boa música. Mais um grande lançamento de 2015, que sem dúvidas, figura entre os melhores do gênero.
Integrantes:
Mario Pastore (Vocal)
Guto Mantesso (Guitarra)
Marcio Eidt (Guitarra)
Renato Dias (Baixo)
Vito Montanaro (Bateria)
Faixas:
1.Buried Alive
2.Decisions
3.Nowhere
4.Betrayed
5.Crawling Back
6.Torment
7.Time
8.Resurrection
9.Finding A Way
10.Land Of Sin
Outras resenhas de Nowhere - Heaviest
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



Steve Morse diz que alguns membros do Deep Purple ficaram felizes com sua saída
Iron Maiden confirma segundo show da "Run For Your Lives Tour" em São Paulo
O melhor compositor de letras de todos os tempos, segundo Axl Rose do Guns N' Roses
Regis Tadeu explica se reunião do Barão Vermelho terá tanto sucesso como a dos Titãs
Bruce Dickinson revela os três vocalistas que criaram o estilo heavy metal de cantar
O álbum conceitual do Angra inspirado no fim do casamento de Rafael Bittencourt
A melhor música do Pink Floyd para Rob Halford, que lamenta muitos não compreenderem a letra
O disco que os Beatles chamaram de o maior álbum já feito; "imbatível em muitos sentidos"
A lendária banda de rock que Robert Plant considera muito "chata, óbvia e triste"
Thor da Marvel tenta tocar bateria com banda estourada de metalcore e dá ruim
Moonspell celebrará 30 anos de "Wolfheart" com show especial no Brasil
A banda clássica de rock em que Ozzy Osbourne era viciado: "Eles são como carne e batata"
Como um telefonema permitiu a participação do Twisted Sister no Bangers Open Air
A banda australiana que não vendia nada no próprio país e no Brasil fez show para 12 mil fãs
De Tony Iommi a Jim Martin, os guitarristas que Max Cavalera admira
Metallica: todos os álbuns da banda, do pior para o melhor
O clássico do rock que para Ronnie James Dio é "Uma das maiores canções de todos os tempos"
Nem Vanusa, nem John Entwistle: a possível verdadeira origem de "Sabbath Bloody Sabbath"

Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



