AC/DC: disco que definiu a música pesada dos anos 80
Resenha - Back In Black - AC/DC
Por Rodrigo Noé de Souza
Postado em 06 de julho de 2013
Nota: 10
Este é o disco que definiu a música pesada dos anos 80. Num ano em que o Led Zeppelin perdeu seu baterista John Bonham, o AC/DC também teve seu destino trágico quando Bon Scott morreu, sob as mesmas circunstâncias que Bonham sofreu, porém não tão brutal. Scott se afogou no próprio vômito e morreu dormindo no carro em 19 de fevereiro de 1980 (sete meses depois Bonham também apagaria a luz da vida, ao tomar 40 doses de vodka e comer três sanduíches de presunto). Apesar do duro golpe, a banda dos Young Brothers (Angus e Malcolm) resolveram continuar em frente e cumprir a promessa do seu finado colega.
Como se fosse um testamento de Bon, Brian Johnson foi chamado em um teste, quando cantou Nutbush City Limits (Ike & Tina Turner) e Whole Lotta Rosie do AC/DC, que, impressionada pelo desempenho do cara, contrataram-no. Antes de partir, Bon assistira a um show do Geordie, antiga de Brian, e ficou pasmo com o vocal e a pegada dele. Seria o Bon Scott que "escolheu" Brian Johnson para substituí-lo? Quem sabe...
Com o time completo, Angus, Malcolm, Brian, Cliff Willians e Phil Rudd voaram para Bahamas e gravou junto com Robert John "Mutt" Lange, o disco Back In Black. É aí que a história mudou de figura. Com o fim do Led Zeppelin, o AC/DC passou a ser a maior banda de arena do momento. Como um tributo ao Bon Scott, a capa é toda de preto, mostrando o nome da banda e o título do álbum. Seria uma espécie de Spinal Tap (apesar de o filme surgir em 1984)? Como soaria o som da banda com o vocal de Brian?
Anunciando um funeral simbólico, Hells Bells abre a festa regada a hedonismo, morte e muito Rock 'N Roll, cuja letra fala sobre a chegada ao inferno. Nos shows, Brian sobe na corda e toca seu sino gigante para o delírio da galera. Shoot To Thrill acelera a marcha com aquele riff que só o Malcolm sabe fazer (virou abertura do CQC).
Daria para fazer um capítulo sobre as faixas desse disco, pois todas são obrigatórias e marcantes. A faixa-título virou O Clássico, com seu riff ganchudo, a letra inspirada e a levada certeira. Além dela, You Shook Me All Night Long ganhou os Estados Unidos, virando tema central de vários eventos esportivos.
Let Me Put My Love Into You (Deixe que eu corte seu bolo com minha faca) tirou o comitê PMRC do sério, com sua letra pervertida, porém com a mesma cretinagem que só mesmo o AC/DC sabe como criar. Finalizando a fartura, Rock And Roll Ain't Noise Pollution virou um cala-a-boca dos críticos, que decretam a morte do Rock.
Back In Black foi lançado em 25 de Julho de 1980, conquistando a quarta posição na Billboard e o primeiro lugar na Inglaterra. Trinta e três anos depois virou o segundo disco mais vendido de todos os tempos, perdendo para Thriller (1982), do Michael Jackson. Estima-se que vendeu mais de 42 milhões de cópias, mesmo que as vendas continuem em alta. Mas o que não podemos deixar de negar é que o disco todo é uma trilha sonora perfeita para pegar a estrada, em direção ao infinito.
Ao contrário daquele disco que o Metallica lançou em 1991, Este é o Verdadeiro Black Album.
Formação:
Angus Young – guitarra
Malcolm Young – guitarra
Brian Johnson – vocal
Cliff Willians – baixo
Phil Rudd – bateria
Tracklist:
1-Hells Bells
2-Shoot To Thrill
3-What Do You Do For Money Honey
4-Giving The Dog A Bone
5-Let Me Put My Love Into You
6-Back In Black
7-You Shook Me All Night Long
8-Have A Drink On Me
9-Shake A Leg
10-Rock And Roll Ain't Noise Pollution
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