Queensryche: comparação torna o Heavy Metal mais apaixonante
Resenha - Frequency Unknown - Queensryche
Por Luciano Piantonni
Postado em 16 de maio de 2013
Nota: 7
A "novela" Queensryche vem rendendo episódios bem bizarros, depois da briga que rolou nos bastidores do show com o Fates Warning, em junho do ano passado, em São Paulo. Geoff Tafe foi para um lado e o restante seguiu com a entrada do excelente vocalista Todd La Torre – que ao menos nas músicas antigas, parece ser um clone de Tate, quando esse ainda detonava.
O engraçado – ou não – disso,é que Tate e o resto dos integrantes, usam o nome Queensryche, criando a situação bizarra de termos "dois Queensryches" na ativa (até que isso seja resolvido a justiça!) e o de Tate acaba de lançar esse disco, Frequency Unknown.
Até a capa está sendo motivo de briga, uma vez que mostra uma mão fechada, como se fosse dar um soco, com as iniciais do título do disco e o logo da banda no meio. A quem garanta que o F.U., nada mais é do que um FUCK YOU, uma vez que Tate não se cansa de atacar seus ex-comoanheiros – o que fez com que o contido Todd La Torre, desse declarações de que Tate joga sujo, blá, blá, blá...
Analisando apenas o disco, a impressão que dá é que se trata de um – mais um – álbum solo de Tate, já que "esse Queensryche" traz inúmeros convidados, como Brad Gillis, Rudy Sarzo, Craig Locicero, Kelly Gray (sim, aquele que sempre estragou o Queensryche!), Dave Meniketti, Jason Slater, Robert Sarzo, Simon Wright, Randy Gane, Paul Bostaph, Evan Bautista, Chris Canella, Ty Tabor, KK Downing e Chris Polland, ou seja, dá pra chamar isso de banda?
Talvez esse tenha sido o maior erro do vocalista, pois continuar usando o nome da banda com todos esses convidados soa mais que bizarro.
Se você analisar como um álbum solo de Tate, aí sim, encontramos músicas bem legais, como Cold (que abre o disco e tem um refrão bem legal), Give It To You, Slave, In The Hands Of God, Life Without You, Everything e Fallen, que em alguns casos, lembra a fase Empire (90) e Promised Land (94) – que em minha opinião, foi o último grande álbum lançado pelo Queensryche.
The Weight Of The World é uma bela balada no melhor estilo das já feitas por ele.
Por incrível que pareça, Tate está cantando melhor que nos álbuns pós Promised Land – o que não é lá muito difícil...
Mas o erro maior vem como "bônus tracks"; alguém por favor falar pra ele que não se pode pegar clássicos irretocáveis e regravar com uma banda meia boca (nas quatro versões bônus, Tate foi acompanhado de outros músicos, que não os citados!). As músicas escolhidas para essa chacina, foram I Don't Believe In Love, Empire, Jet City Woman e Silent Lucidity, que estão com um instrumental bem abaixo das versões originais e os vocais de Tate soando cansados e inexpressivos.
Agora é aguardar o disco do "outro" Queensryche, que sai dentro de alguns dias, e assim, coloca o Queensryhe no hall das curiosidades do mundo da música tendo dois discos lançados quase que simultaneamente, com bandas completamente diferentes – algo que dará muita discussão, comparação e é o que torna o Heavy Metal tão apaixonante!
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