Amaranthe: Saindo da mesmice e marasmo do Heavy Metal
Resenha - Amaranthe - Amaranthe
Por Renato Trevisan
Fonte: ocaralhoa4.blogspot.com
Postado em 16 de abril de 2011
Nota: 10 ![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
![]()
Se as críticas que eu recebi não tivessem surtido efeito, hoje, esse post estaria inundado por palavras de baixo escalão, visto a qualidade suprema desse primeiro full-length do Amaranthe. A banda sueca/dinamarquesa foi formada por integrantes de renomadas bandas europeias que, juntos, montaram uma super-banda que realmente faz jus ao adjetivo "super". Em 2009, o grupo lançou um EP que deixou meio mundo de queixo caído, visto a qualidade e a nova forma de fazer Metal que a banda explorou. De lá pra cá, o grupo lançou mais duas demos até que, finalmente, nesse mês, liberaram o seu primeiro full-length.

O disco auto intitulado foi lançado oficialmente dia 13 de abril, pela Spinefarm Records. Aqui, a banda apresenta uma mescla incrível de mais poderoso Power Metal e do mais agressivo Death Metal Melódico. Aliado a isso, o grupo conseguiu colocar influências eletrônicas, do Metalcore e de pop music nas canções, logo, criaram uma atmosfera futurística, apocalíptica e envolvente que permanece perene em torno de todo o álbum. Indo nessa onda futurística, o instrumental é de outro planeta. Sempre muito moderno, pesado e agressivo (logo, esses serão os adjetivos mais citados durante a resenha), mas, ao mesmo tempo, que consegue ser melódico. Bases de guitarra muito pesadas e agressivas aliadas a uma cozinha de dar inveja em muita banda de Brutal, tamanha sua agressividade e peso. Já os teclados parecem ser uma das principais características do som do grupo, sempre dando um clima bem moderno e sendo os responsáveis pelas atmosferas.
Os vocalistas merecem um parágrafo a parte, já que não são 1 ou 2, mas sim 3! Você não leu errado, são 3 vocalistas mesmo. E o mais incrível de tudo: são totalmente distintos entre si. Logo, é incrível a quantidade de variações vocais que ouvimos durante a audição. Temos Elize Ryd dando conta dos vocais femininos, Jake E Berg com vocais limpos e Andy Solveström com guturais. Mas não se enganem... Eles não tocam nada, os 3 são vocalistas MESMO. Às vezes alternando, às vezes cantando os três ao mesmo tempo, às vezes apenas dois e assim vai. Enfim, a matemática se faz necessária para podermos ter uma ideia do tamanho do leque de opções e tamanha maleabilidade que todos os 3 vocalistas dão às linhas vocais das canções.
Até o momento, esse se mostrou um dos melhores álbuns do ano. Digno de todas as honras possíveis a um disco. Um som que consegue misturar algo bonito, pesado, veloz e moderno. Que sai da mesmice e do marasmo em que boa parte do Heavy Metal se encontrava. Que mostra que ainda existem vertentes e caminhos a serem explorados dentro da música pesada (tanto, que foi um sacrifício conseguir classificar o som do grupo) e que revela uma das bandas mais promissoras do mundo. Sem mais, a nota pra tamanha grandiosidade não podia ser outra a não ser 10!
Olof Morck (NIGHTRAGE, DRAGONLAND) - Guitar, Keyboards;
Elize Ryd - Female Vocals;
Jake E (ex-DREAM EVIL, DREAMLAND) - Clean Vocals;
Andy Solvestrom (WITHIN Y, EVILDOER, CIPHER SYSTEM) - Screams;
Morten Lowe Sorensen (THE ARCANE ORDER, SUBMISSION) - Drums;
Johan Andreassen (ex-ENGEL) - Bass.
1. Leave Everything Behind - 03:16
2. Hunger - 03:11
3. 1.000.000 Lightyears - 03:14
4. Automatic - 03:24
5. My Transition - 03:47
6. Amaranthine -03:28
7. Rain - 03:42
8. Call Out My Name - 03:15
9. Enter The Maze - 04:03
10. Director's Cut - 04:47
11. Act Of Desperation - 03:02
12. Serendipity - 03:25
Outras resenhas de Amaranthe - Amaranthe
Receba novidades do Whiplash.NetWhatsAppTelegramFacebookInstagramTwitterYouTubeGoogle NewsE-MailApps



A banda que Slash considera o auge do heavy metal; "obrigatória em qualquer coleção"
Jimmy Page faz post e comenta atual opinião sobre show do Led Zeppelin em 2007
As duas músicas do Iron Maiden que nunca foram tocadas no Brasil - e podem estrear em 2026
Steve Harris não descarta um grandioso show de despedida do Iron Maiden
Titãs anuncia primeiras datas da turnê que celebra os 40 anos de "Cabeça Dinossauro"
E se cada estado do Brasil fosse representado por uma banda de metal?
A mensagem curta e simbólica sobre o Sepultura que Iggor Cavalera compartilhou no Instagram
Os ícones do heavy metal que são os heróis de Chuck Billy, vocalista do Testament
"Opus Mortis", do Outlaw, é um dos melhores discos de black metal lançados este ano
O hit do Led Zeppelin que Jimmy Page fez para provocar um Beatle - e citou a canção dele
Battle Beast anuncia a saída da vocalista Noora Louhimo
Dee Snider defende o Kiss por ter aceitado homenagem de Donald Trump
A canção com rock no nome que Rick Rubin considera a mais influente da história
As cinco músicas dos Beatles que soam muito à frente de seu tempo
A banda que vendeu muito, mas deixou Ronnie James Dio sem ver a cor do dinheiro
O álbum perdido que o Metallica enterrou e seus integrantes nunca mais querem ouvir
Cinco sugestões para quem só reclama do Rock In Rio não passar raiva na próxima edição
A lenda do hard rock que não odeia o grunge e até sente orgulho do movimento


Edguy - O Retorno de "Rocket Ride" e a "The Singles" questionam - fim da linha ou fim da pausa?
Com muito peso e groove, Malevolence estreia no Brasil com seu novo disco
Antrvm: reivindicando sua posição de destaque no cenário nacional
"Fuck The System", último disco de inéditas do Exploited relançado no Brasil
Giant - A reafirmação grandiosa de um nome histórico do melodic rock
"Live And Electric", do veterano Diamond Head, é um discaço ao vivo
Slaves of Time - Um estoque de ideias insaturáveis.
Com seu segundo disco, The Damnnation vira nome referência do metal feminino nacional



