Thalion: Sim, os "moleques" eram bons músicos
Resenha - Another Sun - Thalion
Por Carlos Eduardo Garrido
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Pois bem, com essa resenha não pretendo levantar nenhum defunto, mas esses dias me peguei ouvindo este CD deles aqui em casa e me lembrei de toda essa polêmica que existiu em torno da banda, quando do lançamento deste "Another Sun". Um ano depois, nunca mais ouvi falar deles, não sei se continuaram na música ou se seguiram outros rumos. Mas o fato é que tinham talento e poderiam ter trilhado um belo caminho, se prosseguissem mesmo com as críticas, que na maioria das vezes eram infundadas.
O disco segue a linha do Metal Melódico, com algumas poucas passagens mais pesadas e progressivas e incursões de música clássica, mas no geral sem inventar muito. Até porque não dava para se esperar muito diferente disso de uma banda com integrantes tão jovens e seguindo um estilo, já na época, bastante saturado. Mas com o passar do tempo e com mais experiência poderiam seguir outros rumos e moldar um estilo próprio. Nunca saberemos. Ainda que sem fugir muito dos clichês do estilo, a seção instrumental era muito precisa e a dupla de guitarras era deveras afiada com riffs, melodias e solos muito bem encaixados. A voz de Alexandra Liambos tinha um tom bonito e diferenciado, porém, ainda tinha que ser mais bem lapidada para suprir eventuais deslizes. Nada que o tempo não pudesse resolver.
O disco abre com a veloz "Follow the Way", que sintetiza tudo aquilo que uma música de Power Metal deve ser, veloz, alegre, melódica e empolgante. Na sequencia uma alternância de faixas rápidas, como a excelente "Show me the Answers" e a boa "Wait for Tomorrow"; cadenciadas como a excelente e pesadona "The Journey" e a mediana faixa-título; e baladas como a bela "Life is a Poetry" e a sem sal "The Encouter" com participação do "Pagou, Eu Vou" Michael Kiske.
"Another Sun" é um bom disco de estreia, mesmo não sendo revolucionário ou espetacular, possuía faixas de grande qualidade, que exaltavam a qualidade dos músicos envolvidos e algumas outras medianas, que poderiam ser aprimoradas em futuras composições. A banda tinha um futuro promissor pela frente, mas sumiu sem deixar rastros, deixando vitoriosos aqueles que os criticavam. Como será que o THALION soaria hoje em dia, caso estivessem na ativa desde o lançamento de seu debut? Cumpriria a promessa de ser um dos grandes nomes do metal brazuca ou cairia no esquecimento da forma como aconteceu?
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