Skid Row: os anos 80 não ficaram para trás
Resenha - Revolutions Per Minute - Skid Row
Por Maurício Dehò
Postado em 11 de setembro de 2007
Nota: 8 ![]()
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Quem disse que os anos 80 ficaram para trás? E não me refiro a músicas como "I Remember You" ou "18 And Life", porque não é só de baladas que viveu o Hard Rock e certamente não é o que se encontrará em "Revolutions Per Minute", quinto álbum do Skid Row, segundo desde que Johnny Solinger assumiu os vocais, no lugar de Sebastian Bach.
Claro que os novos sons não podem ser simplesmente comparados com clássicos como os de "Slave to the Grind"(nostalgia é algo bom, mas há limites!). Mas o álbum tem algo que o Skid Row mostrou não ter perdido desde sua reformulação, que é atitude. A característica, aliás, é uma das fundamentais para qualquer banda, ainda mais uma que calca seu som no Hard e ainda tem uma grande influência do estilo Punk de ser. Além disso, os americanos, que tem no line-up os membros fundadores Rachel Bolan (baixo), Scotti Hill e Snake (guitarra), além do baterista Dave Gara e Solinger no vocal, não tiveram medo algum de assumir suas influências neste disco e de se "adequarem" às modernidades do Rock no século XXI.
Por modernidade, digo que o Skid Row, como a maioria das bandas de Hard Rock que seguem na ativa, encorporou o peso e as afinações mais baixas ao seu som, como não é diferente logo na abertura , "Disease". Cada vez mais à vontade como frontman, Solinger também é responsável pela banda não ter deixado apagar sua "chama", com sua voz agressiva e sem apostar nos agudos típicos de Bach. "Another Dick in the System" segue na mesma levada, com bons riffs de Snake e Hill, que ainda caem matando nos solos, numa linha mais despojada.
E se a atitude é Punk, a sonoridade tem de ser livre, não. Ouça então "When God Can’t Wait" e "You Lie". A primeira, é basicamente punk e country, enquanto a segunda parece ter saído diretamente do Velho Oeste dos Estados Unidos, ainda mais na versão que aparece como bônus, com direito a gaitas e lap steel. 99% country! As faixas parecem passar o clima de diversão que deve ter sido a gravação, como também em "White Trash".
Para quem não gostar da viajada dos americanos, não é necessário se preocupar, porque o Hard Rock ainda volta com tudo na veloz "Shut Up Baby, I Love You" e "Nothing". Quanto às letras, as revoluções do nome "Revolutions Per Minute" podiam ser trocadas facilmente por rebeliões ou coisa do tipo, tamanha a revolta do quinteto. Já a capa, com um tema simples, só intensifica toda a mensagem passada.
No fim das contas, o disco se apresenta até como uma grata surpresa, superando o anterior, "Thickskin". Claro que o Skid Row não faz o mesmo som daquele que o fez famoso e o levou a tocar à exaustão nas rádios e demais meios. Mas isso é até uma qualidade. Moderno e pesado, porém sem perder a energia e a atitude, "Revolutions Per Minute" mostra que a idade chega, mas não pesa para todos.
Skid Row – Revolutions Per Minute
2007 – Hellion Records – Nacional
Track List:
01. Disease
02. Another Dick In The System
03. Pulling My Heart Out From Under Me
04. When God Can't Wait
05. Shut Up Baby, I Love You
06. Strength
07. White Trash
08. You Lie
09. Nothing
10. Love Is Dead
11. Let It Ride
12. You Lie (com fed mix)
Formação:
Johnny Solinger – vocal
Snake – guitarra
Scotti Hill – guitarra
Rachel Bolan – baixo
Dave Gara – bateria
Outras resenhas de Revolutions Per Minute - Skid Row
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